Zef

Zef é um movimento Sul Africano de contra cultura.

Origem do termo

A palavra "Zef" é uma gíria Africâner, que pode ser traduzida grosseiramente como "simplório". Em uma entrevista Jack Parrow, descreveu o movimento como "Parecido com o Posh, mas com significado oposto."[1] Yolandi Visser do Die Antwoord diz que, "Zef é associado a pessoas que equipam seus carros, enfeitam com ouro e etc. Ser Zef é ser pobre mas extravagante, ser pobre mas ser sexy, significa ter estilo."[2][3][4]

O conceito "Zef" tem origem nas décadas de 60 e 70, como uma forma depreciativa de se referir a classe trabalhadora branca, incluindo residentes de estacionamentos de trailers.[5] "Zef" é uma abreviação de Ford Zephyr, um carro popular mundialmente dos anos 50 aos anos 70. Na Africa do Sul, esses carros eram largamente customizados com motores mais potentes, pneus e rodas extravagantes.[6] Geralmente pertencentes a pessoas da classe-operaria, em geral o dono de um Zephyr, vivia bem finaceiramente durante os anos 70, mas eram em sua maioria pessoas pouco escolarizadas e de baixa educacao, a "elite" Sul-Africana passou a chama-los depreciativamente de "zef" (Zephyr owner). Frikkie Lombard, editor do Woordeboek van die Afrikaanse Taal, explica zef como "Algo que normalmente é considerado simplório, mas hoje em dia possui credibilidade."[6]

Cultura e música Zef

Os Rappers do Die Antwoord se auto intitulam "Zef Style". Em uma entrevista de Janeiro de 2011, Ninja do Die Antwoord disse que o estilo Zef representa a Africa do Sul.[7] Seus críticos dizem que seu estilo representa apenas os Sul Africanos brancos. Ninja disse que "racismo é algo obsoleto, uma coisa do passado para os Sul Africanos." Na mesma entrevista, ninja descreve Zef como um estilo musical e uma subcultura, comparando-o ao Hip Hop e seu papel na sociedade. Num anúncio para o papel do Die Antwoord no filme Chappie, Ninja diz que zef significa "que você literalmente não se importa com o que qualquer outro pense de você; tipo, você se representa na sua música, em como você se veste, em como pensa, em como fala."[8]

Em 2013, um blog satírico originalmente intitulado "Zef Kinners" rapidamente se tornou um sucesso na Africa do Sul (e, em seguida, enfrentou acoes judiciais) postando fotos de pessoas que o blog considerava o exemplo de Zef. O criador do blog comentou, "Jack Parow e Die Antwood não são Zef. Eles são uma versão leve de um Zef. Os Zef são sujos."[9]

Os Autores Russ Truscott e Maria Brock definem a "ascensão da cultura zef" como uma forma de auto-parodia aparte da melancolia nacional pós apartheid, a revista de sátiras Bitterkomix, e a banda de rock alternativa Fokofpolisiekar.[10][11] Da mesma forma, o dramaturgo Anton Krueger postulou que o "abraço da vulgaridade encarnado por Zef" é em parte uma "saída" para um "sentimento de vergonha" pós-apartheid.[5]

Outros expoentes zef são Voëlvry leader Koos Kombuis,[12] os comediantes Corné and Twakkie (Louw Venter and Rob van Vuuren) do The Most Amazing Show, e o grupo de comédia Zef Sketse, mais conhecidos pela série de tv Kompleks.[5]

Artistas Associados

Referências