Valina

composto químico
L-Valine
Alerta sobre risco à saúde
Nome IUPAC(S)-2-amino-3-methyl-butanoic acid
Identificadores
Número CAS72-18-4
PubChem1182
SMILES
Propriedades
Fórmula químicaC5H11NO2
Massa molar117.14 g mol-1
Compostos relacionados
Aminoácidos relacionadosÁcido alfa-aminobutírico
Norvalina (2-aminopentanoico)
Isoleucina (2-amino-3-metil-pentanoico)
Compostos relacionadosÁcido isovalérico (3-metil-butanoico)
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedadesn, εr, etc.
Dados termodinâmicosPhase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectraisUV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.


A valina (VAL ou V [1]) é um α-aminoácido de cadeia ramificada usado para a biossíntese de proteínas [2]. Contém um grupamento α-amino e um grupamento ácido α-carboxílico, os quais em pH fisiológico se encontram ionizados, respectivamente, nas formas de NH3+ e COO-, o que lhe confere propriedades anfotéricas, podendo então atuar tanto como um ácido, bem como uma base. Contém ainda uma cadeia lateral hidrocarbonada alifática formada por um grupamento isopropil, caracterizando este aminoácido como apolar[3]. É codificada através de códons iniciados por GU, ou seja, GUA, GUC, GUG e GUU. A fórmula estrutural da valina está demostrada abaixo.

Estrutura não ionizada do aminoácido Valina. Fonte: wikipedia.
Estrutura ionizada do aminoácido Valina. Fonte: Wikipedia

Metabolismo

Biossíntese e síntese

Faz parte dos aminoácidos ditos essenciais, não sintetizados por humanos, sendo adquirido através da reposição por dieta, por ser comumente produzida por plantas e microrganismos a partir do ácido pirúvico, fruto da degradação de carboidratos[3].

A valina racêmica de origem química, pode ser sintetizada por bromação do ácido isovalérico seguido por aminação do derivado α-bromo[4].

HO2CCH2CH(CH3)2 + Br2 → HO2CCHBrCH(CH3)2 + HBr

HO2CCHBrCH(CH3)2 + 2 NH3 → HO2CCH(NH2)CH(CH3)2 + NH4Br

Degradação

Como os demais aminoácidos de cadeia ramificada, a degradação da valina tem seu início com uma etapa de transaminação para a remoção do grupamento α-amino, gerando o α-cetoisovalerato, que por sua vez será convertido em isobutiril-CoA. Este, em seguida irá ser oxidado e rearranjado em succinil-CoA, que poderá participar do ciclo do ácido cítrico[5].

Doenças metabólicas

A degradação da valina é perturbada nas seguintes doenças metabólicas:

Histórico

A valina foi primeiramente isolada a partir da caseína pelo químico alemão, Hermann Emil Fisher (1852-1919), em 1901[6].

Importância médica

A valina, juntamente com a leucina e a Isoleucina, são conhecidas como BCAA (do Inglês: Branched-Chain Amino Acids) e apresentam importantes papéis na fisiologia. Ela apresenta atividade de caráter estimulante. Promove o crescimento muscular e o reparo tecidual, além de ser um precursor na via biosintética da penicilina. A deficiência de valina é marcada por danos neurológicos no cérebro. Há também casos de doenças associadas a valina, como na doença falciforme, onde a valina substitui o aminoácido hidrofílico do ácido glutâmico na hemoglobina. Então, como a valina é hidrofóbica, a hemoglobina não dobra corretamente[3].

Referências

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