Tobias Warchavski

Tobias Warchavski (Rio de Janeiro, 1917 – Rio de Janeiro, 17 de outubro de 1934) foi um carioca militante da Juventude Comunista.[1]

Tobias Warchavski
Nome completoTobias Warchavski
Nascimento1917
Rio de Janeiro, Brasil
Morte17 de outubro de 1934 (17 anos)
Rio de Janeiro, Brasil
OcupaçãoEstudante e ativista político

Biografia

Tobias Warchavski, filho de família judia de classe média, foi estudante talentoso do Colégio Pedro II, da Escola Nacional de Belas Artes e cartunista do jornal A Pátria. Filiou-se aos 17 anos ao PCB, abandonando os estudos e a casa materna para dedicar-se a militância jovem do partido. Assumiu, então, o nome de Carlos Ferreira. Passou a residir com o amigo Walter Fernandes da Silva — também militante da Juventude Comunista — e que usava a identidade falsa de Euclides Santos.[2]

As suspeitas do PCB

Tobias foi considerado pela esquerda um provocador e, por estar em liberdade enquanto outros camaradas permaneciam presos após o conflito com a polícia política no Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis do Rio de Janeiro, tornou-se suspeito, no PCB, de colaborar com agentes federais, o que não é verdade.[3]

Atribuíram-lhe a autoria da denúncia contra o "companheiro" Adelino Deycola dos Santos, o Tampinha, que com ele fora preso no dia 14 de outubro de 1934.[4] Descontente com essas suspeitas, Tobias decidiu abandonar a militância.[5]

O assassinato

Um tribunal clandestino, formado pelos comunistas Honório de Freitas Guimarães, Pascácio Rio de Souza, Vicente Santos e Jan Jolles, julgou o jovem Tobias Warchavski, baseando-se nas suspeitas, declarou-o culpado e o condenou à morte[2]. Jolles, um agente alemão enviado para o Brasil e que atendia pelo codinome de Macário, foi quem decidiu o assassinato de Tobias para, segundo ele, servir de exemplo aos demais militantes que tentassem romper laços ou trair o partido[1].

Aprovada por todos, a sentença foi cumprida em 17 de outubro de 1934. Tobias tornou-se vitima de uma emboscada, sendo morto a tiros pelo comunista Adolfo Barbosa Bastos. Em 1.º de novembro, o corpo do jovem foi encontrado no Morro dos Macacos, na estrada da Gávea. Estava desfigurado, com a cabeça decepada e em decomposição.[6] Espalhou-se pelo país a notícia de que a polícia política fora a responsável. Tal teoria sobreviveu até o ano de 1992.[7]

Literatura

  • Abrahão, Miguel M. – A Escola - 2007. várias páginas – Ed. Espaço Jurídico
  • Morel, Edmar – Histórias de um Repórter – 1999 - pg. 41 – Ed. Record
  • Waak, William – Camaradas - 1993. pg. 297 – Ed. Companhia das Letras

Referências