Território da Capital Australiana

Os povos indígenas australianos há muito tempo habitam a área.^[10] As evidências indicam habitação que remonta há pelo menos 25 000 anos.^[11] É possível que a área tenha sido habitada por muito mais tempo, com evidências de uma presença aborígine no lago Mungo, no sudoeste de Nova Gales do Sul, que remonta a cerca de 40 000 anos.^[12] O principal grupo que ocupava a região era o povo ngunnawal.^[13]

Após o assentamento europeu, o crescimento da nova colônia de Nova Gales do Sul levou a uma crescente demanda por terras aráveis.^[13] O governador Lachlan Macquarie apoiou expedições para abrir novas terras ao sul de Sydney.^[14] A década de 1820 viu uma exploração adicional na área de Camberra associada à construção de uma estrada de Sydney para as planícies de Goulburn. Enquanto trabalhava no projeto, Charles Throsby soube de um lago e rio próximos dos povos indígenas locais e, portanto, enviou Wild para liderar um pequeno grupo para investigar o local. A busca não teve êxito, mas eles descobriram o rio Yass e supõe-se que eles teriam posto os pés em parte do futuro território.^[15]

Uma segunda expedição foi montada pouco tempo depois e eles se tornaram os primeiros europeus a acampar perto dos rios Molonglo e Queanbeyan.^[10] No entanto, eles não conseguiram encontrar o rio Murrumbidgee.^[15] A questão do Murrumbidgee foi resolvida em 1821, quando Throsby montou uma terceira expedição e alcançou com sucesso o curso de água, fornecendo o primeiro relato detalhado da terra onde Camberra se encontra atualmente. A última expedição na região antes do assentamento foi realizada por Allan Cunningham em 1824.^[10] Ele relatou que a região era adequada para pastagem e o assentamento das planícies de pedra calcária se seguiu imediatamente depois.^[16]

A primeira concessão de terras na região foi feita a Joshua John Moore em 1823 e o assentamento europeu na área começou em 1824 com a construção de uma fazenda pelos seus fazendeiros no que hoje é a Península de Acton.^[14] Moore comprou formalmente a área em 1826 e nomeou a propriedade como Canberry ou Canberra.^[10]

Um afluxo significativo de população e atividade econômica ocorreu por volta das corridas do ouro da década de 1850.^[17] Os caçadores de ouro levaram ao estabelecimento de comunicação entre Sydney e a região por meio dos ônibus da Cobb & Co, que transportavam correio e passageiros.^[18] Os primeiros correios foram abertos em Ginninderra em 1859 e em Lanyon em 1860.^[14]

Durante os tempos coloniais, as comunidades europeias de Ginninderra, Molonglo e Tuggeranong estabeleceram e cultivaram a terra circundante. A região também foi chamada de distrito de Queanbeyan-Yass, depois das duas maiores cidades da região. As aldeias de Ginninderra e Tharwa foram desenvolvidas para atender as comunidades agrárias locais.

Durante os primeiros vinte anos de assentamento, houve apenas um contato limitado entre os colonos e os aborígines. Nos anos seguintes, Ngunnawal e outros povos indígenas locais deixaram de existir efetivamente como comunidades coesas e independentes, aderindo aos seus modos de vida tradicionais.^[14] Aqueles que não sucumbiram à doença e outras predações dispersaram-se para os assentamentos locais ou foram transferidos para reservas aborígines mais distantes criadas pelo governo de Nova Gales do Sul na última parte do século XIX.

O Território da Capital Australiana é o menor território continental (além do Território da Baía Jervis) e cobre uma área total de 2 280 quilômetros quadrados.

O território tem um clima continental relativamente seco, com verões de mornos a quentes e invernos de frescos a frios.^[19] Segundo a classificação climática de Köppen-Geiger, o território tem um clima oceânico (Cfb).^[20]

Janeiro é o mês mais quente com uma máxima média de 27,7 °C.^[19] Julho é o mês mais frio em que a máxima média cai para 11,2 °C. A temperatura máxima mais alta já registrada no território foi de 44,0 °C em 4 de janeiro de 2020.^[19] A temperatura mínima mais baixa foi de −10 °C em 11 de julho de 1971.^[19]

As chuvas variam significativamente em todo o território.^[19] Níveis de chuva muito mais elevados caem nas montanhas a oeste de Camberra em comparação ao leste.^[19] As montanhas agem como uma barreira durante o inverno, com a cidade recebendo menos chuvas.^[19] A precipitação média anual no território é de 629 milímetros e há uma média de 108 dias de chuva por ano.^[19] O mês mais chuvoso é outubro com uma precipitação média de 65,3 milímetros. E o mês mais seco é junho com uma média de 39,6 milímetros.^[19]

Frost é comum nos meses de inverno. A neve é rara no centro da cidade de Camberra, mas as áreas circundantes recebem neve anualmente durante o inverno e muitas vezes as montanhas cobertas de neve podem ser vistas da cidade. A última queda de neve significativa no centro da cidade foi em 1968.^[19]

A neblina de fumaça tornou-se sinônimo do verão australiano de 2019/2020. Em 1 de janeiro de 2020, Camberra apresentava a pior qualidade do ar de qualquer cidade importante do mundo, com um índice de qualidade do ar (IQA) em 7700.^[21]

País de origem (2016)[24]
Local [nota 1]	População
Austrália	269 682
Inglaterra	12 739
China	11 334
Índia	10 405
Nova Zelândia	4 722
Filipinas	3 789
Vietname	3 340
Estados Unidos	2 775
Sri Lanka	2 774
Malásia	2 431
Coreia do Sul	2 283

No censo australiano de 2016, as ancestralidades mais comumente nomeadas foram: ^{[nota 2]}

Um porcentagem de 32% da população nasceu no exterior, de acordo com o censo de 2016. Os cinco maiores grupos de nascidos no exterior foram da Inglaterra, China continental, Índia, Nova Zelândia e Filipinas.^[24][25]

Cerca de 1,6% da população, ou 6 476 pessoas, se identificaram como indígenas australianos, o que inclui aborígenes e nativos do Estreito de Torres.^[24][25]

No censo de 2016, 72,7% dos habitantes falavam apenas o inglês em casa, com os seguintes idiomas sendo comuns foram o mandarim (3,1%), vietnamita (1,1%), cantonesa (1%), hindi (0,9%) e espanhol (0,8%).^[24][25]

No censo de 2016, as denominações mais comuns foram sem religião (36,2%), seguida do catolicismo (22,3%) e anglicanismo (10,8%). Não declarado (9,2%) e hinduísmo (2,6%). No Território da Capital Australiana, o cristianismo foi o maior grupo religioso relatado no geral (49,9%).^[24][25]

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