568 do I.N.A.P. e da A.I.T.
O 568 do Instituto nacional americano de padrões (I.N.A.P.) e da Associação da indústria de telecomunicações (A.I.T.)[a] é um padrão técnico para cabeamento [en] para produtos e serviços de telecomunicações de edifícios comerciais. O título do padrão é Padrão de cabeamento de telecomunicações para edifícios comerciais [b] e é publicado pela Associação da indústria de telecomunicações (A.I.T.)[c], órgão credenciado pelo Instituto nacional americano de padrões (I.N.A.P.)[d].
A partir de 2020, o estado da revisão do padrão é o D do 568 do I.N.A.P. e da A.I.T.[e], publicado em 2015, que substituiu a revisão C (de 2009), a revisão B (de 2001), a revisão A (de 1995) e a edição inicial (de 1991) do 568 da Associação da indústria de telecomunicações (A.I.T.) e da Associação/Aliança das indústrias eletrônicas (A.I.E.)[f], que agora estão obsoletas.[1][2]
Os recursos mais conhecidos, do 568 do I.N.A.P. e da A.I.T.[a], talvez sejam as atribuições de pinos e pares para o cabeamento de par trançado balanceado de 100 ohms e oito condutores. Essas atribuições são denominadas como T568A e T568B.
História
O 568 do I.N.A.P. e da A.I.T.[a] foi desenvolvido através dos esforços de mais de 60 organizações colaboradoras, incluindo fabricantes, usuários finais e consultores. O trabalho no padrão começou com a Associação/Aliança das indústrias eletrônicas (A.I.E.), para definir os padrões para o cabeamento de sistemas de telecomunicações. A Associação/Aliança das indústrias eletrônicas (A.I.E.) concordou em desenvolver um conjunto de padrões e formou o comitê TR-42,[3] com nove subcomitês para realizar o trabalho. O trabalho continua sendo mantido pela TR-42 dentro da Associação da indústria de telecomunicações (A.I.T.). A Associação/Aliança das indústrias eletrônicas (A.I.E.) não existe mais, portanto "A.I.E." [g] foi removido do nome.
A primeira versão do padrão, 568 do I.N.A.P. e da A.I.T.[a], foi lançada em 1991. O padrão foi atualizado para a revisão A em 1995. As demandas impostas aos sistemas de fiação comercial aumentaram dramaticamente nesse período devido à adoção de redes de computadores pessoais e comunicação de dados e avanços nessas tecnologias. O desenvolvimento do cabeamento de par trançado de alto desempenho e a popularização dos cabos de fibra ótica também levaram a mudanças significativas nos padrões. Essas alterações foram lançadas pela primeira vez em uma revisão C (em 2009), que foi posteriormente substituída pela revisão D (denominada D do 568 do I.N.A.P. e da A.I.T.[e]).[4]
Objetivos
O 568 do I.N.A.P. e da A.I.T.[a] define os padrões dos sistemas de cabeamento estruturado para edifícios comerciais e entre edifícios em ambientes de campus. A maior parte dos padrões define os tipos de cabeamento, as distâncias, os conectores, as arquiteturas dos sistemas de cabos, os padrões das terminações [en] dos cabos e as características de desempenho, os requisitos de instalação dos cabos e os métodos de testes dos cabos instalados. O padrão principal, a revisão D do 568 do I.N.A.P. e da A.I.T.[e], define os requisitos gerais enquanto a parte 2 da revisão C do 568 do I.N.A.P. e da A.I.T.[h] se concentra nos componentes dos sistemas de cabos de par trançado balanceados. A parte 3 da revisão D do 568 do I.N.A.P. e da A.I.T.[i] aborda os componentes dos sistemas de cabos de fibra ótica e a parte 4 da revisão C do 568 do I.N.A.P. e da A.I.T.[j] aborda os componentes do cabeamento coaxial.[5]
A intenção desses padrões é fornecer as práticas recomendadas para o projeto e a instalação dos sistemas de cabeamento que darão suporte a uma ampla variedade de serviços existentes e futuros. Os desenvolvedores esperam que os padrões forneçam uma vida útil de mais de dez anos para os sistemas de cabeamento comerciais. Esse esforço foi amplamente bem-sucedido, como evidenciado pela definição de cabeamento de categoria 5 (de 1991), [carece de fontes] um padrão de cabeamento que atendeu principalmente aos requisitos de cabeamento para 1000BASE-T (lançado em 1999). Assim, pode-se razoavelmente dizer que, o processo de padronização forneceu uma vida útil de pelo menos nove anos para o cabeamento das instalações e, sem dúvida, uma vida útil mais longa.
Todos esses documentos acompanham os padrões relacionados que definem as vias e os espaços comerciais (parte 1 da revisão C do 568 da A.I.T.[k], fevereiro de 2013), o cabeamento residencial (revisão C do 570 do I.N.N.P. e da A.I.T.[l], agosto de 2012), os padrões de administração (revisão B do 606 do I.N.A.P e da A.I.T.[m] , dezembro de 2015), o aterramento e a ligação (revisão C do 607 da A.I.T.[n], novembro de 2015) e o cabeamento externo da planta (revisão B do 758 da A.I.T[o], abril de 2012).
Categorias de cabos
O padrão define as categorias dos sistemas de cabos de pares trançados que são blindados e que não são blindados, com diferentes níveis de desempenho nas larguras de banda dos sinais, perdas de inserção e diafonia. Os números das categorias, geralmente crescentes, correspondem a sistemas de cabos adequados para taxas de transmissões de dados mais altas. Os cabos da categoria 3 [en] eram adequados para circuitos telefônicos e taxas transmissões de dados de até 16 milhões de bits por segundo. Os cabos da categoria 5 [en], com mais restrições de atenuação e diafonia, tem uma largura de banda de 100 MHz.[6] A edição de 1995 do padrão definiu as categorias 3, 4 e 5. As categorias 1 e 2 foram excluídas do padrão, pois essas categorias eram usadas apenas para circuitos de voz, não para dados.[7] A revisão atual inclui a categoria 5e (100 MHz), a categoria 6 (250 MHz), a categoria 6A (500 MHz) e a categoria 8 (2.000 MHz). A categoria 7 e a categoria 7A não foram oficialmente reconhecidas pela A.I.T. e geralmente eram usadas apenas fora dos Estados Unidos da América. A categoria 8 foi publicada com a parte 2-1 da revisão C do 568 do I.N.A.P e da A.I.T.[p] (em junho de 2016)[8] para atender à especificação de desempenho pretendida pela categoria 7.
Topologias dos sistemas de cabos estruturados
A revisão D do 568 do I.N.A.P. e da A.I.T.[e] define uma arquitetura hierárquica para os sistemas de cabos, na qual uma conexão cruzada principal (C.C.P.)[q] é conectada por meio de uma topologia em estrela através do cabeamento do suporte/eixo principal [r] para conexões cruzadas intermediárias (C.C.I.)[s] e conexões cruzadas horizontais (C.C.H.)[t]. As tradições dos projetos[u] de telecomunicações utilizavam uma topologia semelhante. Muitas pessoas se referem às conexões cruzadas por seus nomes de telecomunicações: "quadros de distribuição" (com as várias hierarquias chamadas quadros de distribuição principais (Q.D.P.)[v] [en], quadros intermediários de distribuição (Q.I.D.)[w] [en] e armários de fiações). O cabeamento do suporte/eixo principal [r] também é usado para interconectar instalações de entrada [en] (como pontos de demarcação [en] de telecomunicações) à conexão cruzada principal.
As conexões cruzadas horizontais fornecem um ponto para a consolidação de todo o cabeamento horizontal, que se estende em uma topologia em estrela para áreas de trabalho individuais, como cubículos e escritórios. De acordo com a revisão B do 568 da A.I.T e da A.I.E.[x], a distância horizontal máxima permitida do cabo é de 90 metros de cabeamento de par trançado instalado, com 100 metros de comprimento total máximo, incluindo cabos de emendas[y]. Nenhum cabo de emenda deve ter mais de 5 metros. Pontos de consolidação opcionais são permitidos em cabos horizontais, geralmente apropriados para as disposições[z] de escritórios de plano aberto, onde pontos de consolidação ou conversores de mídia podem conectar os cabos a várias mesas ou por meio de partições.
Na área de trabalho, o equipamento é conectado por cabos de emendas[y] ao cabeamento horizontal terminado em pontos de tomadas.
O 568 da A.I.T. e da A.I.E.[f] também define características e requisitos de cabeamento para instalações de entrada [en], salas de equipamentos e salas de telecomunicações.
Terminações T568A e T568B
Talvez o recurso mais amplamente conhecido e discutido do 568 do I.N.A.P. e da A.I.T.[a] seja a definição das atribuições dos pinos em pares, ou pinagem [en], entre os pinos em um conector (um plugue ou um soquete) e os fios em um cabo. As pinagens são importantes porque os cabos não funcionam se as pinagens em suas duas extremidades não forem combinadas corretamente.
O padrão especifica como conectar o cabeamento de pares trançados balanceados [en] de 100 ohms de oito condutores, como o cabo da categoria 5 [en], a conectores modulares 8P8C [en] (muitas vezes chamados, incorretamente, de conectores RJ–45). O padrão define duas pinagens alternativas: a T568A e a T568B.
O 568 do I.N.A.P. e da A.I.T.[a] recomenda a pinagem T568A para cabos horizontais. A vantagem desta pinagem é que ela é compatível com as pinagens de 1 par e 2 pares dis Códigos universais de ordem de serviço ([aa]). O governo dos Estados Unidos da América exige isso em contratos federais.[carece de fontes] O padrão também permite, apenas em certas circunstâncias, a pinagem T568B "se necessária para acomodar certos sistemas de cabeamento de 8 pinos", ou seja, quando, e somente quando, adicionar a uma instalação existente que usava o padrão de fiação T568B antes dele ser definido, sendo aquelas que eram anteriores ao 568 do I.N.A.P. e da A.I.T.[a] e usavam o padrão 258A da Telefonia e telégrafos americanos[ab] (Systimax) anterior. Na década de 1990, quando o 568 da A.I.T da A.I.E.[f] original foi publicado, o padrão de fiação mais amplamente instalado na infraestrutura de cabeamento de pares trançados que não são blindados[ac] era o 258A da Telefonia e telégrafos americanos[ab] (Systimax), daí a inclusão do mesmo padrão de fiação (como T568B) como opção secundária para uso em tais instalações. Muitas organizações ainda usam o T568B por inércia.
As cores dos pares de fios no cabo, em ordem, são: azul (para o par 1 na T568A e na T568B), laranja (para o par 2 na T568A e 3 na T568B) , verde (para o par 3 na T568A e 2 na T568B) e marrom (para o par 4 na T568A e naT568B). Cada par consiste de um condutor de cor sólida e um segundo condutor branco com uma listra da outra cor (a sólida do par). A diferença entre as pinagens T568A e T568B é que os pares de fios laranja e verde são trocados.
Fiação
Pino | par no T568A | par no T568B | 10BASE-T / 100BASE-TX[9] | ID do sinal 1000BASE-T[10] | fio | cor no T568A | cor no T568B | pinos na face do plugue |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | 3 | 2 | TX+ | DA+ | ponta | ![]() branco com listra verde | ![]() branco com listra laranja | ![]() |
2 | TX− | DA− | anel | ![]() green solid | ![]() laranja sólido | |||
3 | 2 | 3 | RX+ | DB+ | ponta | ![]() branco com listra laranja | ![]() branco com listra verde | |
4 | 1 | não usado | DC+ | anel | ![]() azul sólido | |||
5 | não usado | DC− | ponta | ![]() branco com listra azul | ||||
6 | 2 | 3 | RX− | DB− | anel | ![]() laranja sólido | ![]() verde sólido | |
7 | 4 | não usado | DD+ | ponta | ![]() branco com listra marrom | |||
8 | não usado | DD− | anel | ![]() marrom sólido |
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/31/Commercial_RJ45_wall_socket_internals.jpg/170px-Commercial_RJ45_wall_socket_internals.jpg)
Observe que a única diferença entre as pinagens T568A e T568B é que os pares 2 e 3 (laranja e verde, respectivamente) são trocados. Ambas as configurações conectam os pinos "diretamente", ou seja, os pinos de 1 a 8 em uma extremidade são conectados aos pinos de 1 a 8 na outra extremidade.[11] Além disso, os mesmos conjuntos de pinos se conectam às extremidades opostas que são emparelhadas em ambas as configurações: pinos 1 e 2 formam um par, assim como 3 e 6, 4 e 5 e 7 e 8. Pode-se usar cabos conectados de acordo com configuração na mesma instalação sem problemas significativos, desde que as conexões sejam as mesmas em ambas as extremidades.
Um cabo terminado de acordo com a painagem T568A em uma extremidade e a T568B na outra é um cabo cruzado quando usado com os padrões Ethernet de pares trançados anteriores que usam apenas dois dos pares, porque os pares usados são os pares 2 e 3, os mesmos pares nos quais a T568A e a T568B diferem. Os cabos cruzados são ocasionalmente necessários para Ethernet em 10BASE-T e 100BASE-TX.
Trocar dois fios entre pares diferentes causa diafonia, anulando um dos propósitos de trançar os fios em pares.[12]
Uso na conectividade T1
No serviço de Sinal digital 1 (T1), são usados os pares 1 e 3 (da pinagem T568A), e o conector C.O.P.U.-8[ad] é conectado de acordo com a especificação Conector registrado 48 C (C.R.48C)[ae] [en]. O soquete de terminação geralmente é conectado de acordo com a especificação Conector registrado 48 X (C.R.48X)[af] [en], que fornece um circuito de retorno de transmissão para recepção quando o plugue é retirado.
Os cabos dos fornecedores geralmente são conectados com ponta e anel [en] invertidos - ou seja, os pinos 1 e 2 invertidos, ou os pinos 4 e 5 invertidos. Isso não afeta a qualidade do sinal de T1, que é totalmente diferencial e usa o esquema de sinalização de inversão de marca alternativa (I.M.A.)[ag] [en].
Compatibilidade com versões anteriores
Como o par 1 se conecta aos pinos centrais (4 e 5) do conector 8P8C tanto na T568A e quanto na T568B, ambos os padrões são compatíveis com a primeira linha de conectores registrados C.R.11, C.R.14, C.R.25[ah] [en] e C.R.61 [en], todos com o primeiro par nos pinos centrais desses conectores.
Se a segunda linha de um plugue C.R.14, C.R.25 ou C.R.61[ai] for usada, ele se conecta ao par 2 (laranja/branco com listra laranja) dos conectores conectados na pinagem T568A, mas ao par 3 (verde/branco com listra verde) dos conectores conectados na pinagem T568B. Isso torna a pinagem T568B potencialmente confusa em aplicações telefônicas.
Devido aos diferentes pareamentos dos pinos, os plugues C.R.25 e C.R.61[aj] não podem captar as linhas 3 ou 4 da pinagem T568A ou da pinagem T568B sem separar/dividir os pares. Isso provavelmente resultaria em níveis inaceitáveis de zumbido, diafonia e ruído.
Teoria
A ideia original na fiação de conectores modulares, como visto nos conectores registrados, era que o primeiro par iria nas posições centrais, o próximo par nos próximos mais internos e assim por diante. Além disso, a blindagem do sinal seria otimizada alternando os pinos energizados e aterrados de cada par. As terminações divergem um pouco desse conceito porque no conector de oito posições o arranjo resultante dos condutores separaria o par mais externo, prejudicando demais o desempenho da linha balanceada para atender aos requisitos elétricos dos protocolos de rede de área local (R.A.L.)[ak] de alta velocidade.
Padrões
- 568.0 do I.N.A.P. e da A.I.T.[al] Cabeamentos genéricos de telecomunicações para instalações dos clientes
- 568.1 do I.N.A.P. e da A.I.T.[am] Padrão das infraestruturas de telecomunicações para edifícios comerciais
- 568.2 do I.N.A.P. e da A.I.T.[an] Padrão dos cabeamentos e componentes de pares trançados balanceados
- 568.3 do I.N.A.P. e da A.I.T.[ao] Padrão dos componentes e cabeamentos de fibras ópticas
- 568.4 do I.N.A.P. e da A.I.T.[ap] Padrão dos componentes e cabeamentos coaxiais de banda larga
- 568.5 do I.N.A.P. e da A.I.T.[aq] Padrão dos componentes e cabeamentos de pares trançados únicos balanceados de telecomunicações
Ver também
- 11801 da Organização internacional de padronização (O.I.P.) e da Comissão eletrotécnica internacional (C.E.I.)[ar]
- Ethernet sobre par trançado [en]
Notas
Referências
Fontes
- «Recomendação para telecomunicações federais do Sistema nacional de comunicações» (em inglês). 1090–1997. Consultado em 14 de abril de 2014
- TR-42.7 Sistemas de cabeamento de cobre (em inglês) – fevereiro de 2021