Serifa
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Na tipografia, as serifas são os pequenos traços e prolongamentos que ocorrem no fim das hastes das letras.[1] As famílias tipográficas sem serifas são conhecidas como sans-serif (do francês "sem serifa"), também chamadas grotescas (de francês grotesque ou do alemão grotesk) ou gothik.[2] A classificação dos tipos (também chamados de fontes) em serifados e não-serifados é considerado o principal sistema de diferenciação de letras.
Tradicionalmente, os textos serifados são utilizados em blocos longos, enquanto textos sem-serifa caem em textos mais curtos.
No alfabeto romano, as serifas originaram-se do talhar das letras em pedra na antiga Itália. Os artesãos entalhariam um pequeno espaço extra no fim de cada traço das letras a fim de prevenir o acúmulo de cascalho e poeira no encave. Além disso, são consideradas uma herança da caligrafia manual na imprensa iniciada por Gutenberg. As serifas servem também para "ligar" umas palavras às outras, tornando a sua leitura mais simples.
A etimologia de "serifa" é obscura, mas não parece ser muito antiga. Aparentemente a expressão surgiu simultaneamente aos primeiros tipos sem-serifa (meados do século XIX). A mais antiga citação para sans-serif em língua inglesa é encontrada no Oxford English Dictionary em 1841. O Dicionário Webster busca a origem da palavra na holandesa schreiben e na latina scribere, ambas significando "escrever".
O primeiro tipo sem serifa, porém, foi publicado por William Caslon IV em meados de 1816. O tipo somente tinha caixas altas (capitais) e não se sabe claramente como surgiram suas formas inusitadas para o período. Considera-se hoje que como desenho esta sans serif tinha pouco valor.