Relações entre Albânia e Kosovo

Relações bilaterais


As relações entre Albânia e Kosovo (em albanês: Marrëdhëniet Shqiptaro-Kosovare) referem-se às relações atuais, culturais e históricas entre as duas nações. A Albânia tem uma embaixada em Pristina e Kosovo possui uma embaixada em Tirana. Atualmente, há cerca 1,8 milhão de albaneses vivendo em Kosovo - oficialmente, 92,93% de toda a população da nação - sendo que a língua albanesa é considerada como língua oficial e nacional de Kosovo.[1][2] Da mesma forma, os povos dos dois países compartilham costumes e tradições em comuns.

Relações entre Albânia e Kosovo
Bandeira {{{preposição1}}} Albânia   Bandeira {{{preposição2}}} Kosovo
Mapa indicando localização {{{preposição1}}} Albânia e {{{preposição2}}} Kosovo.
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  Kosovo

Como membro de pleno direito da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a Albânia apoia Kosovo em sua candidatura para ingressão na OTAN.[3] 

História

Antecedentes

Em 22 de outubro de 1991, a Albânia foi o único país cujo parlamento votou favoravelmente para reconhecer a República de Kosova, que havia sido proclamada independente naquele ano.[4] O apoio oficial limitou-se à declaração. Em 1994, quando o conflito na Bósnia se agravou, a Albânia deu um passo atrás ao reconhecer as fronteiras da Iugoslávia, que incluíam Kosovo.[5]

Independência

Os primeiros-ministros Hashim Thaçi do Kosovo e Sali Berisha da Albânia na abertura do túnel Kalimash.

Quando Kosovo declarou sua independência da Sérvia em 17 de fevereiro de 2008, a Albânia se tornou um dos primeiros países a anunciar oficialmente seu reconhecimento da República de Kosovo. Relações diplomáticas foram estabelecidas no dia seguinte.

Sobre as relações entre Albânia e Kosovo, em 18 de agosto de 2009, o primeiro-ministro albanês, Sali Berisha, ficou marcado como autor da frase: "Não deve haver barreiras alfandegária entre os dois países. Não devemos de forma alguma permitir que a Albânia e o Kosovo se vejam como países estrangeiros”. Tal comentário causou indignação à Sérvia.[6]

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Albânia, numa nota de esclarecimento à Sérvia, afirmou: "Nosso país considera o Estado independente do Kosovo como um fator de paz e estabilidade para a região dos Balcãs, enquanto a sua independência é considerada um passo claro ao serviço do povo, da estabilidade e da perspectiva da Europa sobre a região". Os albaneses ainda expuseram que sua política externa "Assenta em objetivos comuns de integração euro-atlântica do país, da República do Kosovo e de toda a região".[7]

Terremoto na Albânia em 2019

Em 26 de novembro de 2019, um terremoto atingiu a Albânia. Cerca 500.000 euros foram enviados pelo governo de Kosovo e mais de 3.500.000 euros foram arrecadados pela população kosovar. Também foram enviados 110 operadores especializados da polícia kosovar, bem como 40 membros das Unidades de Busca e Resgate Urbano da Força de Segurança do Kosovo.[8] O presidente Hashim Thaçi fez parte de uma delegação presidencial que visitou o epicentro do terremoto e formalizou suas condolências à Albânia em nome de Kosovo.[9] Nos dias seguintes, o primeiro-ministro de Kosovo, Ramush Haradinaj, e seu possível sucessor, Albin Kurti, visitaram a cidade albanesa de Durrës para avaliar os danos e expressar o compromisso de Kosovo com os esforços de socorros e a necessidade de cooperação institucional entre os dois países.[10][11] Cidadãos da Albânia que ficaram desabrigados após o desastre foram realocadas para Kosovo, num campo de ajuda social da cidade de Prizren, que foi estabelecido pelo governo kosovar.[12][13]

A população albanesa residente em Kosovo reagiu a tragédia com sentimentos e solidariedades por meio de iniciativas de arrecadação de fundos e doações de dinheiro, alimentos, roupas e abrigos.[14] Voluntários de ajuda humanitária se deslocaram de Kosovo para Albânia em caminhões, ônibus e centenas de carros, para ajudar os atingidos. Enquanto isso, muitos albaneses de Kosovo abriram suas casas para as pessoas desabrigadas pelo terremoto.[15]

Relações internacionais

Cultura e Educação

Em outubro de 2011, foi feito um acordo entre o Ministério da Cultura de Kosovo e o da Albânia, sobre o uso comum de embaixadas e serviços consulares.[6] Em maio do ano seguinte, uma cartilha comum para o ano acadêmico de estudantes foi aprovado por ambos os governos.[16]

Economia

Em 2008, indústrias albanesas formularam um projeto para a criação de um mercado comum albanês, no qual, Kosovo acabaria sendo incluído em pacto governamental mútuo em 2011.[17]

Tal acordo foi extremamente elogiado pelo presidente kosovar, Behgjet Pacolli, em alguns de seus discursos na Albânia. Ele afirmou que a união econômica aumentaria a competição com a UE.[18] As ideias de Pacolli foram endossadas pelo movimento albanês do Partido pela Justiça, Integração e Unidade (PDIU).[19]

Ver também

Referências