Quinto Múcio Cévola (cônsul em 117 a.C.)

 Nota: Para outros significados, veja Quinto Múcio Cévola.

Quinto Múcio Cévola Áugure (m. 88 a.C.; em latim: Quintus Mucius Scaevola Augur) foi um político da gente Múcia da República Romana eleito cônsul em 117 a.C. com Lúcio Cecílio Metelo Diademado. É lembrado principalmente por ter sido uma grandes autoridades no direito romano em sua época. Ele é conhecido como "Áugure" para distingui-lo de seu sobrinho, Quinto Múcio Cévola, cônsul em 95 a.C., dito "o Pontífice".

Quinto Múcio Cévola
Cônsul da República Romana
Consulado117 a.C.
Morte88 a.C.

Primeiros anos

Cévola foi instruído no direito por Quinto Múcio Cévola, seu pai[1] e cônsul em 174 a.C., e em filosofia pelo estoico Panécio de Rodes. Entre seus primeiros cargos estão o de tribuno da plebe (128 a.C.), edil (125 a.C.) e pretor (121 a.C.), recebendo o governo da Ásia como propretor em 120 a.C.. Ao regressar a Roma deste posto, teve que enfrentar acusações de extorsão feitas pelo tribuno Tito Albúcio (provavelmente por algum motivo pessoal) e conseguiu defender-se com sucesso.[2] Nesta época, Cévola declarou-se contrário às reformas de Caio Graco.

Em 117 a.C., foi eleito cônsul com Lúcio Cecílio Metelo Diademado[3]. Por causa de erros no calendário romano[a], os dois tomaram posse no dia 1 de janeiro do calendário, correspondende ao dia 5 de setembro do calendário juliano proléptico[1][b].

Anos finais

Em sua velhice, já um áugure, seguia demonstrando grande interesse pelo estudo das leis e demais assuntos de Roma. Cícero[4] conta que, durante a Guerra Social (90 a.C.), apesar de já muito idoso e com a saúde precária, Áugure estava sempre disposto a dar sua opinião aos que queriam ouvi-lo e durante toda a sua vida foi o primeiro a chegar até a Cúria.

Valério Máximo[5] afirma que Cévola defendeu Caio Mário contra a moção de Lúcio Cornélio Sula para declará-lo inimigo público de Roma alegando que não se poderia jamais odiar o homem que havia salvado os romanos dos bárbaros germânicos.

Cícero, por sua vez, utilizou o velho mestre como um interlocutor em três de seus trabalhos: De Oratore, De amicitia e De republica.

Morte

Em 100 a.C., foi um dos adversários do tribuno da plebe Lúcio Apuleio Saturnino. Deduz-se da obra de Cícero[6] que Áugure viveu pelo menos até o tribunato de Públio Sulpício Rufo (88 a.C.). Cícero, que nasceu em 106 a.C., conta que, depois de vestir sua toga viril, seu pai o levou até Cévola, que já era muito idoso, e que aproveitou para estar sempre perto dele para aproveitar seus conhecimentos da lei.[6] Não parece que ele tenha sobrevivido muito além de 88 a.C., o primeiro ano da guerra civil entre Mário e Sula.

Família

Cévola casou-se com Lélia, filha de Caio Lélio Sapiente, cônsul em 140 a.C. e grande amigo de Cipião Emiliano,[7] com quem teve duas filhas. Uma delas (provavelmente Múcia Menor) casou-se com o famoso orador Lúcio Licínio Crasso Orador,[8] com quem teve duas filhas. As filhas e netas de Áugure eram conhecidas em Roma na época pela pureza de seu latim.

Os pontífices máximos Públio Licínio Crasso Dives Muciano e Quinto Múcio Cévola eram seus primos. O primeiro era pai de Licínia, a esposa do polêmico tribuno Caio Graco.

Ver também

Cônsul da República Romana
Precedido por:
Quinto Márcio Rex

com Marco Pórcio Catão

Lúcio Cecílio Metelo Diademado
117 a.C.

com Quinto Múcio Cévola

Sucedido por:
Quinto Fábio Máximo Eburno

com Caio Licínio Geta


Notas

Referências

Bibliografia

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