Pedro Passos Coelho

Ex- Primeiro-ministro de Portugal

Pedro Manuel Mamede Passos Coelho mais conhecido por Pedro Passos Coelho (Coimbra, 24 de julho de 1964) é um gestor, político e professor universitário português. Foi presidente do Partido Social Democrata (PSD) e primeiro-ministro de Portugal entre 2011 e 2015 durante o XIX e XX Governo Constitucional.[3]

Pedro Passos Coelho
Pedro Passos Coelho
Pedro Passos Coelho em 2012
117.º Primeiro-Ministro de Portugal
Período21 de junho de 2011
a 26 de novembro de 2015
PresidenteAníbal Cavaco Silva
Antecessor(a)José Sócrates
Sucessor(a)António Costa
Presidente do Partido Social Democrata
Período9 de abril de 2010
a 16 de fevereiro de 2018[1]
Antecessor(a)Manuela Ferreira Leite
Sucessor(a)Rui Rio
Presidente da Juventude Social Democrata
Períodomarço de 1990
a dezembro de 1995
Antecessor(a)Carlos Coelho
Sucessor(a)Jorge Moreira da Silva
Dados pessoais
Nascimento24 de julho de 1964 (59 anos)
Sé Nova, Coimbra
NacionalidadePortuguesa
Alma materUniversidade Lusíada de Lisboa (BEc)
CônjugeFátima Padinha (1985 – div. 2003)
Laura Ferreira (2004 – 2020†)[2]
PartidoPSD
ReligiãoCatolicismo
ProfissãoGestor e Professor Universitário
AssinaturaAssinatura de Pedro Passos Coelho

Passos Coelho iniciou a sua vida política na Juventude Social Democrata da qual foi presidente de 1990 a 1995. .[4] Nessa época notabilizou-se pela adopção de causas progressistas fraturantes. Eleito deputado na Assembleia da República em 1991, viria a liderar o PSD em 2010, sucedendo a Manuela Ferreira Leite e liderando a oposição ao Partido Socialista de José Sócrates.

Em 2011 toma posse como Primeiro-Ministro de Portugal, depois de vencer as eleições legislativas portuguesas de 2011 e de assinar um acordo de coligação pós-eleitoral com o CDS-PP de Paulo Portas. Este governo ficou com a incumbência de cumprir o memorando da Troika e o resgate financeiro de Portugal, no rescaldo da crise financeira de 2008. Devido às medidas de austeridade que foram tomadas, o seu governo passou por várias vagas de contestação social. Apesar disso, a coligação PSD-CDS, venceu as eleições legislativas portuguesas de 2015, mas sem obter uma maioria qualificada no parlamento, o que permitiu aos partidos de esquerda apoiarem uma solução governativa do PS de António Costa qua acabaria por formar governo. A “Crise do Irrevogável” os chumbos do Tribunal Constitucional a algumas medidas de austeridade e a queda do BES foram os momentos mais marcantes do seu governo.

Passos Coelho liderou a oposição ao governo socialista até Fevereiro de 2018, altura em que abandona a liderança do PSD depois de um fraco resultado nas eleições autárquicas de 2017 e é sucedido por Rui Rio.

Passos Coelho é hoje docente universitário e uma presença de enorme impacto mediático em Portugal. Nos últimos anos, tem-se aproximado à direita conservadora portuguesa, apadrinhando várias iniciativas no seio da sociedade civil ligadas a grupos de defesa da vida e da família. Passos Coelho tem sido também vocal na necessidade de entendimentos entre os partidos da direita.

Biografia

Vida pessoal

Nasceu na freguesia da Sé Nova, em Coimbra, filho de António Passos Coelho (Vila Real, Vale de Nogueiras, 31 de maio de 1926 – 4 de fevereiro de 2019), médico, e de Maria Rodrigues dos Santos Mamede (Ourique, Santana da Serra, c. 1930 – Vila Pouca de Aguiar, 3 de outubro de 2022), enfermeira.[5] É o mais novo de quatro irmãos e irmãs (incluindo Miguel, que sofre de paralisia cerebral, e Maria Teresa, médica como o seu pai).[6]

Passou a infância em Angola, onde o pai exercia medicina, vivendo em Silva Porto e em Luanda. Regressou a Portugal após a Revolução de 25 de Abril de 1974, tendo ido viver com a família para Vale de Nogueiras, concelho de Vila Real, de onde o seu pai é originário. Concluiu o ensino secundário na Escola Secundária Camilo Castelo Branco, no mesmo concelho. Em 1982/1983, lecionou a disciplina de matemática numa escola secundária de Vila Pouca de Aguiar. Ingressou na licenciatura de matemática na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, mas acabou por não prosseguir esse curso. Licenciou-se em Economia em 2001, na Universidade Lusíada de Lisboa.[7]

Atualmente, vive entre Massamá e Lisboa, é viúvo e tem três filhas.

Carreira profissional e política

Integrou no Conselho Nacional da Juventude Social Democrata (JSD) e foi representante no Conselho Nacional do Partido Social Democrata. Foi, ainda, co-autor de Juventude: Que Futuro em Portugal, publicado em 1981, pelo Instituto Sá Carneiro. No final da década de 1980, integra a vice-presidência da JSD, tendo posteriormente assumido a sua presidência. Em 1991, ingressa na Assembleia da República na qualidade de deputado, tendo desempenhado funções de vice-presidente do Grupo Parlamentar e porta-voz do Partido Social Democrata. Exerceu o cargo de vereador sem pelouro na Câmara Municipal da Amadora entre 1997 e 2001, altura em que fundou o Movimento Pensar Portugal.

Iniciou também, em 2001, o desempenho de vários cargos profissionais enquanto consultor e gestor, exercendo funções em várias empresas, a maioria na área do meio ambiente. No ano de 2004, assume a direção financeira da Fomentinvest, SGPS, S.A., e o cargo de administrador executivo da mesma em 2007, função esta que mantém, a par com a presidência de várias empresas do grupo.

Em 2005, foi eleito presidente da Assembleia Municipal de Vila Real pelo PSD. Em 2008, fundou a Plataforma de Reflexão Estratégica – Construir Ideias, uma plataforma de análise e debate dos temas da agenda do país. Também em 2008, assume-se como candidato à presidência do PSD nas eleições diretas de maio desse ano, tendo sido eleito membro do Conselho Nacional do PSD no mês seguinte.[8]

Tendo aderido à Juventude Social Democrata em 1978, chegou a presidente da sua Comissão Política Nacional, em 1990, cargo que ocupou até 1995. Foi deputado à Assembleia da República, pelo círculo eleitoral de Lisboa, entre 1991 e 1999. Integrou a Assembleia Parlamentar da OTAN, até 1995, e foi vice-presidente do grupo parlamentar do PSD, de 1996 a 1999. Foi candidato a presidente da Câmara Municipal da Amadora, em 1997, exercendo o cargo de vereador até 2001.

É licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade Lusíada de Lisboa, desde 2001. Anteriormente, já tinha trabalhado na Quimibro, empresa que se dedica ao trading nos mercados de metais, de José Bento dos Santos, entre 1987 e 1989, e iniciado a sua atividade de consultor na Tecnoforma, em 2000. Em 2001, tornou-se colaborador da LDN Consultores, até 2004. Dirigiu o Departamento de Formação da URBE — Núcleos Urbanos de Pesquisa e Intervenção, entre 2003 e 2004. Em 2004, Ângelo Correia convida-o para ingressar no Grupo Fomentinvest, onde será diretor financeiro, até 2006, e administrador executivo, entre 2007 e 2009. Foi também presidente do Conselho de Administração das participadas Ribtejo e da HLC Tejo, a partir de 2005 e 2007, respetivamente. Entre 2007 e 2010, lecionou no Instituto Superior de Ciências Educativas.

Passos Coelho com o antigo primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero

Foi co-fundador do Movimento Pensar Portugal, em 2001, vice-presidente da Comissão Política Nacional do PSD, na direção de Luís Marques Mendes, de 2005 a 2006, e presidente da Assembleia Municipal de Vila Real. Em maio de 2008, candidatou-se, pela primeira vez, à presidência do PSD, propondo uma revisão programática de orientação liberal. Derrotado por Manuela Ferreira Leite, fundou, com um conjunto de apoiantes, o think tank Construir Ideias. Já em janeiro de 2010, lançou o livro Mudar e assumiu-se, de novo, candidato às eleições diretas de março desse ano. Eleito presidente do PSD a 26 de março de 2010, foi o líder do maior partido da oposição, viabilizando no parlamento o segundo de três Programas de Estabilidade e Crescimento (PEC) apresentados pelo PS. Tendo o PEC I sido viabilizado pelo PSD antes de Passos ser eleito e o PEC III passado com a abstenção do PSD e votos contra da restante oposição. A recusa de apoio a um quarto PEC, em sintonia com toda a restante oposição parlamentar, e a necessidade de Portugal recorrer à ajuda externa (do FMI, do BCE e da UE) face à incapacidade autónoma de travar o défice das contas públicas portuguesas induziram o primeiro-ministro socialista, José Sócrates, a demitir-se do cargo de primeiro-ministro e obrigaram o Presidente Aníbal Cavaco Silva a convocar eleições antecipadas para 5 de junho de 2011.

Foi assim candidato nas eleições legislativas de 2011,[9] vencidas pelo PSD, tendo deixado em segundo lugar o Partido Socialista, liderado por José Sócrates, primeiro-ministro demissionário e candidato a um novo mandato.

Primeiro-ministro de Portugal

Pedro Passos Coelho numa visita oficial à Base Aérea das Lajes, em 2014, ao lado do anterior comandante da BA4, o coronel Faria.

Foi primeiro-ministro de Portugal, liderando um Governo de coligação PPD/PSD.CDS-PP, que tomou posse a 21 de junho de 2011[10].

No discurso de tomada de posse,[11] afirmou que procuraria que o Estado desse "exemplo de rigor e contenção para que haja recursos para os que mais necessitam; e o [...] Governo será o líder desse exemplo, como de resto a decisão de não nomear novos governadores civis já sinaliza".[12] Na mesma intervenção, apontou as tarefas prioritárias do Governo: estabilizar as finanças, socorrer os mais necessitados e fazer crescer a economia e o emprego, e prometeu: ″Ninguém pode ser deixado para trás. Não queremos uma sociedade que abandona os seus pobres, que ignora as pessoas com deficiência, que não socorre os seus aflitos, que esquece os seus emigrantes, que rejeita os que procuram o nosso País para trabalhar e viver, que desampara os seus idosos, que se fecha aos seus desempregados.″.[11]

Este período ficou marcado pela aplicação do pacote de austeridade aprovado[13] pelo governo de José Sócrates.

Após ser eleito primeiro-ministro de Portugal, o então ministro das finanças Teixeira dos Santos afirmou[14] que o país só tinha dinheiro para pagar salários e pensões até ao final de maio de 2011.

A "receita económica" do seu governo passou por uma redução da despesa primária e pelo estímulo das exportações nacionais[15].

Concluiu o pacote económico-financeiro em 2014 e recusou todos mecanismos de apoio, preferindo uma "saída limpa"[16], garantindo ter reservas suficientes para enfrentar quaisquer possíveis turbulências[17]. No entanto, no fim do seu primeiro mandato, a dívida pública subiu para 132%, registando um aumento percentual de 18%[18] e a taxa de desemprego subiu de 13.4% para 14.8%, entre 2011 e 2014.[19]

Tendo sido também durante o seu mandato que foi atingido o valor mais elevado de sempre de Portugueses emigrados, com 134.624 pessoas registadas com residência permanente no estrangeiro em 2014.[20][21]

Portugal foi distinguido como o único país do Sul da Europa a sair da crise com menos disparidade entre os salários mais altos e os salários mais baixos[22]. As autoras do estudo atribuem este resultado à "progressividade" na distribuição dos cortes (e a subida das exportações), sublinhando que a desigualdade em Portugal teve o seu valor mais baixo em 2004.[22]

Foi novamente empossado como primeiro-ministro do XX Governo Constitucional a 30 de outubro de 2015, na sequência da vitória da coligação Portugal à Frente (PàF) nas eleições legislativas de 2015. No entanto, em 10 de novembro de 2015, uma moção de rejeição ao programa do Governo foi aprovada com os votos do PS, BE, PCP, PEV e PAN, obrigando à queda do governo[23] e regressando assim ao posto de líder da oposição.

Na sequência das eleições autárquicas de 2017, em que o PSD teve um fraco resultado eleitoral, anunciou a intenção de não se recandidatar à presidência do partido nas eleições diretas de 2018.[24] As eleições foram ganhas por Rui Rio, seu sucessor no 37.º congresso do PSD em fevereiro de 2018.

Em Setembro de 2018, Pedro Passos Coelho recusou ser condecorado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo pelo Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa.[25]

Condecorações[26]

Professor Universitário

Em 2018 tornou-se professor universitário, dando aulas em áreas económicas e de administração pública no Instituto Superior de Ciências Sociais e Politicas[27] e na Universidade Lusíada[28].

Leciona em conjunto com o seu professor e secretário de estado dos assuntos fiscais Hélder Reis nas áreas relacionadas com a macroeconomia no curso de Administração Pública do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas.

É colega universitário de António José Seguro (Líder de oposição do XIX Governo Constitucional) no ISCSP.

Vida privada

Foi casado em primeiras núpcias com Fátima Padinha, uma das quatro vocalistas do grupo musical Doce, com quem teve duas filhas, Joana e Catarina.[29]

Casou-se em segundas núpcias com Laura Maria Garcês Ferreira,[30] uma fisioterapeuta natural de Bissau, filha de Tomás Ferreira e de sua mulher Domitília Garcês, tendo com esta uma filha, nascida em 2007, e uma enteada, nascida em 1994 do primeiro casamento de sua segunda mulher. Laura Ferreira faleceu a 25 de fevereiro de 2020, vítima de doença prolongada.[31]

História eleitoral

Liderança do PSD, 31 de maio de 2008

Resumo das Eleições Diretas de 2008
PartidoCandidatoVotosVotos (%)
 PSDManuela Ferreira Leite17 224
 
37,9%
 PSDPedro Passos Coelho14 134
 
31,1%
 PSDPedro Santana Lopes13 427
 
29,55%
 PSDPatinha Antão308
 
0,68%
Totais45 093 
Votos em Branco2540,56%
Votos Nulos970,21%
Participação45 44458,95%
Fonte: Resultados Oficiais

Liderança do PSD, 26 de março de 2010

Resumo das Eleições Diretas de 2010
PartidoCandidatoVotosVotos (%)
 PSDPedro Passos Coelho31 671
 
61,2%
 PSDPaulo Rangel17 821
 
34,44%
 PSDJosé Pedro Aguiar-Branco1 769
 
3,42%
 PSDCastanheira Barros138
 
0,27%
Totais51 399 
Votos em Branco2410,47%
Votos Nulos1080,21%
Participação51 74866,26%
Fonte: Resultados Oficiais

Eleições Legislativas de 2011

A tabela seguinte indica o total de votos obtidos por cada um dos partidos e coligações nas eleições legislativas portuguesas de 2011.

Resumo das Eleições Legislativas Portuguesas de 2011
PartidoCandidatoVotosVotos (%) Votos (±) AssentosAssentos
(%)
Assentos
(±)
 PPD/PSDPedro Passos Coelho2 159 181
 
38,66%
+9,55%10846,96%+27
 PSJosé Sócrates1 566 347
 
28,05%
−8,51%7432,17%−23
 CDS–PPPaulo Portas653 888
 
11,71%
+1,28%2410,43%+3
 PCP–PEV(a)Jerónimo de Sousa441 147
 
7,9%
+0,04%166,96%+1
 B.E.Francisco Louçã288 923
 
5,17%
−4,64%83,48%−8
 PCTP/MRPPGarcia Pereira62 610
 
1,12%
+0,19%00%0
 PANPaulo Borges57 995
 
1,04%
+1,04%00%0
 MPTPedro Quartin Graça22 705
 
0,41%
+0,35%00%0
 MEPRui Marques21 942
 
0,39%
−0,06%00%0
 P.N.R.José Pinto Coelho17 548
 
0,31%
+0,11%00%0
 PTPAmândio Madaleno16 895
 
0,3%
+0,21%00%0
 PPMPaulo Estêvão14 687
 
0,26%
−0,01%00%0
 PND-11 806
 
0,21%
−0,18%00%0
 PPVLuís Botelho Ribeiro8 209
 
0,15%
−0%00%0
 POUSCarmelinda Pereira4 572
 
0,08%
+0%00%0
 PDAPedro Batista4 569
 
0,08%
+0,08%00%0
 P.H.Manuela Magno3 588
 
0,06%
+0,06%00%0
Totais5 356 612 230 
Votos em Branco148 6182,66%+0,92% 
Votos Nulos79 3991,42%+0,07% 
Participação5 584 62958,03%−1,65% 
↑(a) Partido Comunista Português (14 deputados) e "Os Verdes" (2 deputados) concorreram em coligação
Fonte: Comissão Nacional de Eleições, Assembleia da República - Resultados Eleitorais

Eleições Legislativas de 2015

A tabela seguinte indica o total de votos obtidos por cada um dos partidos e coligações nas eleições legislativas portuguesas de 2015.

Resumo das Eleições Legislativas Portuguesas de 2015
PartidoCandidatoVotosVotos (%) Votos (±) AssentosAssentos
(%)
Assentos
(±)
 PàF(a)Pedro Passos Coelho1 993 921
 
36,86%
−10,97%10244,35%−22
 PSAntónio Costa1 747 685
 
32,31%
+4,26%8637,39%+12
 BECatarina Martins550 892
 
10,19%
+5,02%198,26%+11
 PCP–PEV(b)Jerónimo de Sousa445 980
 
8,25%
+0,35%177,39%+1
 PPD/PSD(c)Pedro Passos Coelho81 054
 
1,5%
+1,5%52,17%−2
 PANAndré Lourenço e Silva75 140
 
1,39%
+0,35%10,43%+1
 PDRAntónio Marinho e Pinto61 632
 
1,14%
+1,14%00%0
 PCTP/MRPPGarcia Pereira59 955
 
1,11%
−0,01%00%0
 L/TDARui Tavares39 340
 
0,73%
+0,73%00%0
 PNRJosé Pinto Coelho27 269
 
0,5%
+0,19%00%0
 MPTJosé Manuel Silva Ramos22 596
 
0,42%
+0,01%00%0
 NCMendo Castro Henriques21 439
 
0,4%
+0,4%00%0
 AGIR!(d)Joana Amaral Dias20 749
 
0,38%
+0,38%00%0
 PPM(e)Gonçalo da Câmara Pereira14 897
 
0,28%
+0,02%00%0
 JPPNuno Moreira14 285
 
0,26%
+0,26%00%0
 PURPAntónio Mateus Dias13 979
 
0,26%
+0,26%00%0
 CDS–PP(f)Paulo Portas7 536
 
0,14%
+0,14%00%−1
 AA(g)-3 654
 
0,07%
+0,07%00%0
 PPV/CDCTânia Avillez2 659
 
0,05%
−0,1%00%0
 PTP(h)-1 748
 
0,03%
−0,06%00%0
Totais5 206 410 230 
Votos em Branco112 8512,09%−0,57% 
Votos Nulos89 5441,66%+0,24% 
Participação5 408 80555,86%−2,17% 
↑(a) Partido Social Democrata (84 deputados) e CDS – Partido Popular (18 deputados) concorreram em coligação nos círculos de Portugal
Continental, Europa e Fora da Europa
↑(b) Partido Comunista Português (15 deputados) e "Os Verdes" (2 deputados) concorreram em coligação
↑(c) Partido Social Democrata (5 deputados) concorreu sozinho nos círculos da Madeira e dos Açores
↑(d) Partido Trabalhista Português e Movimento Alternativa Socialista concorreram em coligação nos círculos de Portugal Continental, Açores,
Europa e Fora da Europa
↑(e) Partido Popular Monárquico concorreu sozinho nos círculos de Portugal Continental, Madeira, Europa e Fora da Europa
↑(f) CDS – Partido Popular concorreu sozinho no círculo da Madeira
↑(g) CDS – Partido Popular e Partido Popular Monárquico concorreram em coligação no círculo dos Açores
↑(h) Partido Trabalhista Português concorreu sozinho no círculo da Madeira
Fonte: Legislativas 2015

Controvérsias

No inicio de 2015, torna-se do conhecimento público que, tal como 107 mil outros Portugueses, não pagou à Segurança Social a sua contribuição enquanto trabalhador independente, antes de ser nomeado primeiro-ministro, situação que aconteceu durante a Governação do Partido Socialista. À data, a dívida encontrava-se prescrita, mas optou por ainda assim pagar o valor em dívida.[32]

As suas primeiras declarações foram no sentido de que não pagou a dívida por desconhecimento de que o deveria fazer, uma vez que nunca havia sido informado para o fazer.[33] Posteriormente, surgem indicativos que este pediu esclarecimentos sobre a sua situação fiscal, já quando ocupava o cargo de primeiro-ministro, tendo então intenção de pagar a dívida, já prescrita, quando o seu mandato terminasse.[34] A polémica gerada em torno do caso foi categorizada pelo então Presidente da República, Cavaco Silva, como campanha eleitoral.[35] A Autoridade Tributária e Aduaneira instaurou processos disciplinares aos funcionários que consultaram os dados fiscais de Passos Coelho, e de outros contribuintes, por alegada quebra de sigilo fiscal.[36]

Em 2017, a empresa Tecnoforma, da qual foi consultor e administrador, foi investigada pelo gabinete Antifraude da União Europeia.[37] Nesse mesmo ano é o próprio Ministério Público que arquiva o processo, considerando não ter existido crime na atividade da empresa.[38]

Referências

Ligações externas

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XIX e XX Governos Constitucionais
2011 — 2015
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