Pascale Cossart

Bacteriologista francesa

Pascale Cossart (Cambrai, 21 de março de 1948) é uma bacteriologista francesa. É professora no Instituto Pasteur e autoridade mundial na bactéria Listeria monocytogenes, responsável por várias doenças como a meningite, encefalite, gastroenterite entre outras.[2]

Pascale Cossart
Pascale Cossart
Pascale Cossart em 2013
Nascimento21 de março de 1948 (76 anos)
Cambrai, França
Nacionalidadefrancesa
CidadaniaFrança
Alma mater
Ocupaçãobióloga, química, bacteriologista
Prêmios
Empregador(a)Instituto Pasteur
InstituiçõesInstituto Pasteur
Campo(s)bacteriologia

Biografia

Pascale nasceu na cidade de Cambrai, em 1948. Graduou-se pela Université Lille Nord de France em 1968, com mestrado em química pela Universidade de Georgetown em 1971 e doutorado em bioquímica pelo Instituto Pasteur e pela Universidade de Paris em 1977.[3][4] Seu pós-doutorado foi no Instituto Pasteur.[3]

Em 1998 recebeu dois prêmios, o Prêmio Richard Lounsbery e o Prêmio L'Oréal-UNESCO para mulheres na ciência por suas contribuições à medicina e à área da bacteriologia. Em 2013 recebeu o Prêmio Balzan para Doenças Infecciosas.[5]

Carreira

A pesquisa de Pascale se concentra na infecção bacteriana intracelular, em especial o agente Listeria monocytogenes.[3][4] A Listeria é uma bactéria causadora de intoxicações alimentares responsável por um grande número de doenças, com mortalidade em torno de 30%. A bactéria é um dos melhores modelos de parasitismo intracelular, pois é bastante resistente, capaz de sobreviver em uma grande variedade de células, atravessando várias barreiras, espalhando-se através da proteína indutora de montagem de actina, proteína responsável pela mobilidade baseada em actina.[6]

O trabalho de Pascale foi essencial para se desvendar os processos genéticos e bioquímicos que tornam a Listeria tão efetiva e letal, identificando o gene bsh, os mecanismos reguladores, como um termo-sensor de RNA que controla a expressão dos genes de virulência, como o bsh, e as maneiras pelas quais a "Listeria" entra nas células e atravessa barreiras fisiológicas, como a barreira hematoencefálica, a barreira intestinal e a barreira placentária. A descoberta de seu laboratório sobre a interação entre a proteína internalina, da L. monocytogenes' e seu receptor celular, o E-caderina, foi o primeiro estudo a demonstrar com sucesso o mecanismo molecular que permite que um agente bacteriano atravesse a barreira placentária.[3][4]

Uma parte de seu trabalho também desenvolveu importantes ferramentas biológicas, incluindo o rato transgênico, o primeiro animal a apresentar resistência a um tipo específico de bactérias. O rato carregava uma variação humana de um receptor celular da membrana do L. monocytogenes em suas células.[3][4]

Em 2010 foi eleita membro estrangeiro da Royal Society.[4]

Referências