Operação Dragão (Polícia Federal)

Operação Dragão foi uma operação policial brasileira deflagrada pela Polícia Federal, em 10 de novembro de 2016, que representou a 36ª fase da Operação Lava Jato.

O nome é uma referência aos registros na contabilidade de um dos investigados que chamava de “operação dragão” os negócios fechados para disponibilizar recursos ilegais no Brasil a partir de pagamentos realizados no exterior.[1][2][3]

A operação buscou cumprir 18 mandados judiciais, sendo 16 de busca e apreensão e dois de prisão preventiva e abrangeu as cidades de Jaguaruana, no Ceará; Barueri, Santana de Parnaíba e capital de São Paulo; Curitiba e Londrina, no Paraná.[1][2] Entre os crimes investigados estavam corrupção, manutenção não declarada de valores no exterior e lavagem de dinheiro.[1]

Dois importantes operadores financeiros eram responsáveis pela movimentação de recursos de origem ilegal, oriundos de relações criminosas entre empreiteiras e empresas sediadas no Brasil com executivos e funcionários da Petrobras.[2] Os registros são das planilhas do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht.[2]

Foram alvos o lobista Adir Assad (condenado na Operação Que País é esse[4] e preso na Operação Saqueador[5]) e Rodrico Tacla Duran, responsáveis pela lavagem de 50 milhões de reais.[2][3] Segundo o MPF, as empreiteiras UTC Engenharia e Mendes Júnior usaram empresas de Duran para realizar os pagamentos de propina, repassando respectivamente, 9,1 e 25,5 milhões de reais a Duran entre 2011 e 2013.[3] Assad teria repassado também 2,9 milhões de reais.[3] Duran trabalhou por dois anos no setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, administrando mais de doze contas fora do país.[6]

Ver também

Referências

Ligações externas