OSX

Indústria petrolífera por equipamentos e serviços integrados para atuar na indústria naval

OSX Brasil (B3OSXB3) é uma empresa do Grupo EBX criada em 2009 que atua nas áreas de construção naval, leasing, serviços operacionais de navios e gestão de áreas arrendadas no Porto do Açu.

OSX
OSX
Razão socialOSX Brasil S.A.
Empresa de capital aberto
CotaçãoB3OSXB3
AtividadeNaval
GêneroSociedade anônima
Fundação6 de outubro de 2009 (14 anos)
Fundador(es)Eike Batista
SedeRio de Janeiro, RJ,  Brasil
Proprietário(s)Grupo EBX
ProdutosFPSO, TLWP, Plataforma fixa, Navio-sonda, Navio-tanque
ServiçosConstrução naval
Leasing
Serviços operacionais
SubsidiáriasOSX Brasil – Porto do Açu S.A. (OSX Açu)
Website oficialosx.com.br

História

A OSX foi criada em 2009 pelo empresário Eike Batista para fornecer plataformas de petróleo e serviços navais para a OGX (atual Dommo Energia), empresa de exploração de petróleo que pertencia então ao Grupo EBX.[1] Para sua criação, Batista recorreu ao ex-executivo da Petrobrás por 26 anos e amigo pessoal Rodolfo Landim,[2] em troca do cargo de diretoria executiva e participação de ações no grupo EBX.[3]

Em 2010, a Hyundai Heavy Industries anunciou um acordo de compra de 10% das ações da empresa por valor não revelado.[4] Além de aporte financeiro, o acordo previa transferência de tecnologia e a construção de um centro de pesquisas e formação no Rio de Janeiro ou Santa Catarina.[5][6][7] No mesmo ano, abriu seu capital na Bolsa de Valores de São Paulo, obtendo R$ 2,82 bilhões.[8]

O primeiro estaleiro da OSX originalmente foi proposto para a cidade de Biguaçu, em Santa Catarina, com perspectivas de investimentos de 2,5 bilhões de reais e geração de 5 mil empregos diretos e indiretos.[9] Apesar de grande apoio inicial, questões judiciais acerca da fauna e flora e o início das construções do Superporto do Açu, fizeram Batista optar pelo Rio de Janeiro como cidade do primeiro estaleiro da OSX.[10][11]

Plataforma TLWP semelhante à produzida pela OSX para exploração de petróleo em alto mar.

Em 2011, a Comissão Estadual de Controle Ambiental do Rio de Janeiro, concedeu a licença prévia ambiental para construção do estaleiro denominado "Unidade de Construção Naval de Açu" ou "UCN Açu" no Superporto do Açu.[12] De acordo com os planos iniciais, o UCN Açu seria o maior estaleiro das Américas com 2.400 metros de expansão (podendo ser ampliado para até 3.500 metros) e construir simultaneamente até onze FPSOs e oito plataformas fixas.[13] Em Julho do mesmo ano as obras foram inciadas com um orçamento estimado de R$ 3 bilhões e a geração de 3,5 mil empregos durante a fase de construção.[13] Em Setembro de 2012 as obras atingiram 25% de conclusão.[14]

Recuperação Judicial

Por conta dos problemas financeiros e do cancelamento de encomendas da OGX em 2013, a OSX entrou em recuperação judicial com dívidas de mais de R$ 4,5 bilhões.[15] O plano de recuperação judicial apresentado pela empresa foi homologado e aprovado em 2013.[16] O plano aprovado previa o parcelamento das dívidas em 25 anos, a redução e a devolução de parte da área concedida pela LLX no Superporto do Açu, a redução da participação de Eike Batista na empresa e a cessão das operações do UCN Açu para a Prumo Logística.[17][18]

A recuperação judicial foi encerrada em novembro de 2020. Houve uma reorientação dos negócios da empresa, com foco no aluguel e desenvolvimento de projetos por meio de sua subsidiária OSX Açu em áreas arrendadas pela OSX no porto do Açu.[19][20]

No final de 2023, a empresa pediu nova recuperação judicial após a Prumo, controladora do Porto do Açu, cobrar dívida de 400 milhões de reais.[21] Em janeiro de 2024, a justiça aceitou o pedido, a companhia tenta se recuperar de dívidas que somam cerca de 8 bilhões de reais.[21][22]

Críticas e controvérsias

A licença de instalação do UCN Açu foi concedida pouco tempo depois do empréstimo de aeronaves de Eike Batista ao ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral para viagens pessoais, e também viagens relacionadas à candidatura da cidade para os Jogos Olímpicos de Verão de 2016.[23] Fato que foi descoberto após a queda de um helicóptero que transportava a namorada do filho de Cabral.[24] Uma audiência no Senado Federal foi realizada sobre o caso, em que Eike negou ligação entre seus negócios e a relação pessoal com o ex-governador.[25]

Em audiência pública no processo de Eike Batista, Ivo Dworschak Filho (ex-executivo da empresa) afirmou que eram praticadas diversas práticas "inaceitáveis" na OSX, principalmente no ano de 2013, incluindo uma suposta venda de plataformas para a Maersk de forma irregular.[26] O ex-gerente-geral da área Internacional da Petrobrás e delator da Operação Lava Jato, Eduardo Musa afirmou que a empresa fez parte do esquema de cartelização e pagamentos de propinas na Petrobras para disputar licitações na diretoria Internacional da estatal petrolífera.[27]

Ver também

Referências

Ligações externas