Myriam Portela

política brasileira

Myriam Nogueira Portela Nunes (Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 1932Teresina, 7 de abril de 2020), foi uma advogada e política brasileira. Em 1986, foi a primeira mulher a ser eleita deputada federal pelo estado do Piauí, além de ex-primeira-dama do estado piauiense.[1][2]

Myriam Portela
Primeira-dama do Piauí
Período15 de março de 1979
até 15 de março de 1983
GovernadorLucídio Portela
Antecessor(a)Eutália Veloso
Sucessor(a)Tânia Napoleão
Deputada federal pelo Piauí
Período1 de fevereiro de 1987
até 1 de fevereiro de 1991
Segunda-dama do Piauí
Período15 de março de 1987
até 15 de março de 1991
Vice-governadorLucídio Portela
Antecessor(a)Helena Medeiros
Sucessor(a)Isa Madeira
Dados pessoais
Nome completoMyriam Nogueira Portela Nunes
Nascimento15 de dezembro de 1932
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Morte7 de abril de 2020 (87 anos)
Teresina, Piauí
Nacionalidadebrasileira
CônjugeLucídio Portela
PartidoPDS (1980-1990)
PSDB (1990-2020)
Profissãoadvogada

Dados biográficos

Assinatura de Myriam Portela, a última de cima para baixo, como constituinte na Constituição 1988. Arquivo Nacional

Filha de Olavo Nogueira e Iracema Azevedo. Advogada, formada pela Universidade Federal do Piauí em 1978 e funcionária do Tribunal Regional Eleitoral no respectivo estado. Presidente da Federação das Bandeirantes do Brasil, foi primeira-dama do Piauí durante o governo de Lucídio Portela presidindo a Comissão de Assistência Comunitária (CAC), precursora do Serviço Social do Estado (SERSE) e da Secretaria de Ação Social e Cidadania. Disputou sua primeira eleição como candidata à prefeitura de Teresina pelo, PDS 1985, ficando em terceiro lugar.[3]

Em 1986, Myriam Portela viu seu marido ser eleito vice-governador do estado na chapa de Alberto Silva e ela própria foi eleita deputada federal[4] com cerca de setenta por cento de sua votação oriunda de Teresina, o que não impediu uma nova derrota na disputa pela prefeitura da cidade em 1988, quando inicialmente cotada para ser vice-prefeita na chapa de Heráclito Fortes, terminou novamente na terceira posição.[5][6] Pouco antes das eleições presidenciais de 1989, anunciou seu apoio à candidatura do senador Mário Covas e se filiou ao PSDB, onde foi eleita suplente de deputado federal em 1990 e perdeu a eleição para vereadora de Teresina em 1992. Nomeada secretária da Criança e do Adolescente, na terceira administração Wall Ferraz, em 1993, permaneceu no cargo por oito anos abrangendo também as administrações de Francisco Gerardo e a primeira administração Firmino Filho. Presidiu também o PSDB Mulher no estado do Piauí.

Sogra do senador Ciro Nogueira e mãe da deputada federal Iracema Portela.

Pioneirismo

Myriam Portela, figura entre as pioneiras femininas na política do estado, pois foi a primeira mulher a obter o mandato de deputado federal pelo Piauí [2] em 15 de novembro de 1986, com 27.490 votos, dos quais 18.803 (68,40%) obtidos em Teresina, sendo que a primeira deputada estadual do Piauí foi a professora Josefina Costa, eleita pela ARENA em 1970.[2] Desde então, o eleitorado piauiense sufragou o nome de mais duas deputadas federais e dez deputadas estaduais,[6] sendo que o recorde de votação absoluta para a Assembleia Legislativa do Piauí foi estabelecido por Lilian Martins com 66.529 votos (3,99% do total) em 2010.[6]

Museu do Piauí

Em 1981, como primeira-dama do estado, se engajou na criação da Associação de Amigos do Museu do Piauí juntamente com a professora Lourdinha Brandão, esposa do então secretário de Cultura do estado, Wilson de Andrade Brandão.[7]

Referências