Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto

movimento sociopolítico brasileiro

O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) é um movimento de caráter social, político e popular fundado em 1997 que advoga principalmente pelo direito à moradia, pela reforma urbana e pela diminuição da desigualdade social.[2] Inicialmente organizado como um setor urbano do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) numa época em que a população brasileira se concentrava cada vez mais nas cidades, o MTST surgiu em decorrência das dificuldades encontradas com a falta de moradia adequada nas periferias dos grandes centros urbanos.[3] Sua forma de atuação principal é a ação direta através da ocupação de bens imóveis[2] que não atendem à sua função social[4], tendo também consolidado seu protagonismo entre os movimentos sociais através de manifestações e protestos a partir das Jornadas de Junho.[3] Atualmente o movimento organiza 55 mil famílias em 14 estados do Brasil.[5]

Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto
(MTST)
MTST-logo

Militantes do MTST em protesto para reivindicar moradias populares, no vão livre do MASP, na Avenida Paulista.[1]
TipoMovimento social
Fundação1997
Estado legalAtivo
PropósitoDireito à moradia e reforma urbana
Línguas oficiaisPortuguês
OrganizaçãoGuilherme Boulos
Sítio oficialmtst.org
Família na Ocupação Nova Palestina, do MTST, em São Paulo (SP)

Há uma divergência sobre a legalidade das ocupações, muitas vezes sendo classificadas como "invasões" pela grande mídia e algumas autoridades.[6] O movimento sofreu repressão em diversos momentos durante sua trajetória, como em 2003 durante a ocupação de um terreno da Volkswagen em São Bernardo do Campo[7][8] e na desocupação do Pinheirinho onde um dos coordenadores nacionais do MTST foi espancado e detido pela GMC.[9]

A coordenação do movimento criticou o desempenho do governo Temer no programa Minha Casa, Minha Vida em 2017 que deixou de cumprir a meta de entrega de 170 mil casas.[10]

Em abril de 2018, o MTST ocupou o tríplex que a Operação Lava-Jato supunha ser do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Guarujá. A ocupação visava a mostrar que o imóvel não lhe pertencia.[11] Quatro anos depois, o caso contra Lula foi arquivado, uma vez que as provas foram consideradas nulas após a demonstração de parcialidade do juiz Sérgio Moro.[12]

Referências

Ver também

Ligações externas