Milton Zuanazzi

político brasileiro

Milton Sérgio Silveira Zuanazzi (Bom Jesus, 1956) é um engenheiro mecânico e político brasileiro.

Milton Zuanazzi
Milton Zuanazzi
Em 11 de junho de 2008, O ex-diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, fala na Comissão de Serviços de Infra-Estrutura do Senado. Foto:Wilson Dias/ABr
Diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil do  Brasil
Período20 de março de 2006
até 31 de outubro de 2007
Antecessor(a)
Sucessor(a)Solange Paiva Vieira
Dados pessoais
Nascimento1956 (67–68 anos)[1]
Bom Jesus, RS
PartidoPDT (1999)
PT (1999-presente)
ProfissãoEngenheiro mecânico

É pós-graduado em sociologia e especializou-se em análise política.[2]

Carreira política

Início

Começou sua carreira política no PDT. Em 1999, após o rompimento da aliança entre o PDT e o PT que elegeu Olívio Dutra para o governo do Rio Grande do Sul, filiou-se ao PT.[3] Também foi secretário de estado de Turismo, Esporte e Lazer,[3] vereador em Porto Alegre e presidente da Companhia Riograndense de Telecomunicações (CRT).[2]

Ministério do Turismo

De 2003 a 2006, ocupou o cargo de secretário nacional de Políticas de Turismo. Foi ministro interino do Turismo e coordenou a elaboração e execução do Plano Nacional de Turismo. Ainda como secretário-executivo do Conselho Nacional de Turismo, representou o Brasil na Reunião Especializada de Turismo do Mercosul e no comitê de finanças da Organização Mundial do Turismo.[2]

Agência Nacional de Aviação Civil

De 20 de março de 2006[5] a 31 de outubro de 2007,[6] foi o diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

O objetivo da criação da Anac foi passar o comando da aviação civil, até então feito pelo Departamento de Aviação Civil (DAC) subordinado à Aeronáutica, da área militar para a civil. A Anac sofreu críticas após a nomeação da diretoria, pois alegava-se que muitos deles tinham perfil político e não eram especializados no setor aéreo. A justificativa do governo foi de que a diretoria era formada por uma equipe multidisciplinar e que o somatório dos conhecimentos de seus 5 integrantes agiriam em pró da aviação nacional: Zuanazzi com seu currículo no setor de turismo; Cel Velozo, aviador, 16 anos de serviços ao DAC; Leur Lomanto, 7 mandatos de Deputado Federal, sendo o relator da Lei que criou a ANAC e nos últimos 3 anos assessorava a Diretoria da Infraero; Denise Abreu, Procuradora Pública do Estado de São Paulo; Josef Barat, Doutor em transporte público com livros publicados no setor.

No entanto, a gestão foi marcada por fatos como o plano de contingência para tentar salvar a Varig da falência e a Crise no setor aéreo brasileiro, originada após o acidente do voo Gol 1907, em setembro de 2006.

No contexto da crise, em Novembro os atrasos atingiram 34,8% dos voos no país,[7] se tornando recorrentes. Em sua maioria, ocorriam devido às greves dos controladores de voos, que após terem colegas indiciados pela queda do voo 1907 da gol decidiram protestar contra o baixo contingente da categoria, assim como a falta de uma carreira de controlador de vôo junto à Força Aérea Brasileira. A resolução do problema incidia a época, principalmente, sobre a aeronáutica, pois os controladores eram em maioria militares. Após esse episódio as greves dos controladores continuaram gerando atrasos nos meses seguintes.[8][9]

No começo de 2007, diversos episódios marcaram o decorrer da crise: em Fevereiro, o comandante da Aeronáutica, Tenente-brigadeiro Luiz Carlos da Silva Bueno é substituído pelo Tenente-brigadeiro Juniti Saito, em maio é criada a CPI do Apagão Aéreo[10] e em junho o ministro da Defesa, Waldir Pires, é substituído por Nelson Jobim.

No entanto, com a queda do voo TAM 3054, em julho de 2007, a crise se acentua. Em agosto, ocorre a troca no comando da Infraero. Sai o brigadeiro José Carlos Pereira e assume o então presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Sergio Gaudenzi,[11] e os diretores da Anac Jorge Luiz Veloso e Denise Abreu renunciam.[12] Em setembro foi a vez do diretor da Anac Leur Lomanto renunciar ao cargo,[13] seguido pelo diretor Josef Barat. Em outubro, Zuanazzi renuncia, justificando em carta, após sua renuncia, ter permanecido sozinho à frente da agencia devido ao fato de não poder deixa-la acéfala, ponderando que o novo Ministro da Defesa, Nelson Jobim, demorou meses para remeter os nomes substitutos ao crivo do Senado federal, o que complicaria ainda mais a situação do setor aéreo no país.

Em Fevereiro de 2014 Zuanazzi Não está entre os indiciados pelo Ministério Público Federal na tragédia do voo 3054,[14] o que o torna livre de culpa pelo acidente.

Ver também

Referências


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Ligações externas

Precedido por
Diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil do Brasil
20062007
Sucedido por
Solange Paiva Vieira