Merops apiaster

O abelharuco-comum, abelharuco-europeu[1] ou simplesmente abelharuco,[2] (Merops apiaster) é uma ave da família Meropidae, migratória, com duas populações indistinguíveis em aspecto, mas diferenciadas pela distribuição geográfica.[3]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaAbelharuco-comum


Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1)
Classificação científica
Reino:Animalia
Filo:Chordata
Classe:Aves
Ordem:Coraciiformes
Família:Meropidae
Género:Merops
Espécie:M. apiaster
Nome binomial
Merops apiaster
Linnaeus, 1758
Distribuição geográfica
laranja: com reprodução, amarelo: sem reprodução, verde: residente
laranja: com reprodução, amarelo: sem reprodução, verde: residente
Merops apiaster

A primeira destas populações nidifica na Europa até ao Sul da Rússia e Norte de África, migrando para o Sul deste continente. A segunda população, exclusivamente africana, nidifica na região do Cabo, migrando para Norte até à África central. [4]

Nomes comuns

O abelharuco dá ainda pelos nomes comuns de abelheiro,[5] abelhuco,[6] alrute,[7] barranqueiro,[8] barroqueiro,[9] pita-barranqueira,[10] gralho,[11] melharuco[12]e milheirós[13] (também grafado melheirós[14]).

Descrição

Entrada de um ninho
Merops apiaster

O abelharuco-comum é uma ave de médio porte, com 25 a 30 cm de comprimento. É muito colorido, com plumagem de cores muito distintas: o dorso é castanho escuro na zona da cabeça, com gradação para amarelo para a área posterior e asas; a garganta é amarela, com uma bordadura fina de negro; o peito e zona ventral é azul claro; as asas são verdes com uma mancha central castanha-clara; tem uma máscara negra em torno dos olhos.[15] Em África, distingue-se dos restantes abelharucos pelas costas castanhas.

Esta ave habita bosques e zonas de floresta temperada (na Europa) e savanas (em África). Tem hábitos gregários e pode ser encontrada em grupos de até 150 indivíduos. O abelharuco-comum alimenta-se de insectos, principalmente de abelhas, vespas, térmitas e gafanhotos, capturando-os em voo, frequentemente bastante alto.[15]

A época de reprodução decorre entre Setembro e Dezembro, em ambas as populações, que convergem para o sul de África (na Europa, a reprodução ocorre em Maio e Junho).[15] O ninho é construído num túnel, que pode atingir 2 metros de comprimento, escavado pelo casal no solo ou em bancos arenosos de rios. O túnel é forrado com folhas ou restos de insectos. A postura tem 2 a 6 ovos, incubados ao longo de cerca de 20 dias por macho e fêmea. Os juvenis são alimentados por ambos os progenitores durante cerca de um mês, no ninho, e permanecem mais ou menos dependentes por mais três semanas fora do ninho.

Subespécies

A espécie é monotípica (não são reconhecidas subespécies).

Referências

Fontes

  • Maclean, G.L., 1993. Robert’s Birds of Southern Africa. 6th Edition. John Voelcker Bird Book Fund
  • Frieder Sauer (1982). Aves Terrestres 2ª ed. [S.l.]: Circulo dos Leitores. p. 130 

Ligações externas

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