Manuais KUBARK

Manuais KUBARK é nome oficial dos chamados "Manuais de Tortura" usados pela CIA e pelas forças militares americanas. O KUBARK geralmente é relacionado com práticas e métodos de Tortura. Usa muitas técnicas que foram objeto de experiências em seres humanos feitas através do Projeto MKULTRA e que são transmitidas pela Escola das Américas.[1][2]

Foto tirada em Guantanamo em Janeiro de 2002 dos prisioneiros em poder dos Americanos.

Origens do Nome

Bandeira da CIA.

KUBARK era um codinome, usado pela CIA para se referir a si mesma.‎ O codinome KUBARK aparece no título de documentos da CIA de 1963 que descreve técnicas de interrogatório incluindo o que a CIA chamou de "técnicas coercivas" (texto em Inglês - KUBARK Counterintelligence Interrogatory) descreve técnicas de interrogatório abusivas incluindo o uso de Choques elétricos [3] São controversos manuais usados no treinamento militar americano que foram liberados para o público em 1996. Em 1997 mais dois manuais foram liberados após pedido através do Freedom of Information Act (FOIA) pelo jornal The Baltimore Sun. Os manuais são conhecidos como "Manuais de Tortura".[4][5][6]

Técnicas de Tortura

Tortura.

Os Manuais recomendam que as pessoas sejam aprisionadas bem cedo na parte da madrugada para serem pegas desprevenidas e o choque poder ser usado para submissão do indivíduo, recomendam que a pessoa seja imediatamente vendada e que suas roupas sejam tiradas expondo a pessoa nua e sem possibilidade de ver.

Tortura pelo Exército Americano em Abu Ghraib.

Também instruem a que as pessoas sejam colocadas em isolamento sendo impedidas de dormir e comer e que suas rotinas de comer e dormir sejam drasticamente perturbadas. Os manuais determinam que as salas de interrogação não tenham janelas, sejam a prova de som, escuras e sem banheiros. As técnicas do KUBARK têm estreita ligação com os experimentos em seres humanos feitos em várias pesquisas incluindo as do Projeto MKULTRA. Recomendam também ameaças de aplicação de dor física, hipnose, uso de drogas alucinógenas.

Tortura pelo Exercito Americano em Abu Ghraib.

[7]

Manuais Militares e da CIA na América do Sul e Latina

[8] Notoriamente, David Addington e o vice presidente americano Dick Cheney guardaram cópias dos manuais de tortura para si.[9] Os Manuais foram preparados pelo Exército americano e amplamente utilizados na Escola das Américas tendo sido utilizado durante os anos das ditaduras na America Latina. ( Ver Dan Mitrione).[10] Parte do material dos manuais é também utilizada pela CIA. Os manuais são também amplamente distribuidos para militares treinados na Escola das Américas e para Serviços de Inteligência da América Latina e do Sul. Praticamente todos os países da América do Sul e Latina enviaram pessoal para treinamento na chamada Escola de Assassinos. Em tempos mais recentes, vários continuam mandando pessoal para treinamento na Escola . Entre eles: Colombia, Equador, El Salvador, Guatemala, Peru.[11][12][13][14][15][16]

Documentação do Programa de Tortura americano

Documentos do Programa de Tortura americano cuja existência foi revelada apenas após o escândalo de Abu Ghraib estão sendo arquivados, conforme são revelados, pelo projeto The National Security Archive, sob o título em inglês "Torture Archive".[17]

Documentários

  • Documentário "Escadrons de la mort, l'école française" de 2003 (original em francês com legendas em espanhol) . Em portugues:"Os Esquadrões da morte: A escola francesa"- O documentário que trata da transferência das tecnicas francesas de tortura pelo Serviço secreto francês para os sistemas de tortura de outros paises, incluindo os paises latinos - da documentarista francesa Marie-Monique Robin.[18]

Ver também

Bibliografia

  • Manual de Contra inteligencia (1963), Escuela de las Américas. Disponível em SOAW.org.

Ligações Externas

Documentos do Governo Americano (em inglês)

Vídeo Documentário - Escola das Américas

Ver referências adicionais (em inglês)

Jornal The Baltimore Sun:

Referências

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