Luís de Sttau Monteiro

escritor português (1926-1993)

Luís Infante de Lacerda de Sttau Monteiro GOSE (Lisboa, 3 de Abril de 1926 – Lisboa, 23 de Julho de 1993) foi um escritor português do século XX.

Luís de Sttau Monteiro
Nome completoLuís Infante de Lacerda de Sttau Monteiro
Pseudónimo(s)Manuel Pedrosa
Nascimento3 de abril de 1926
Lisboa, Portugal
Morte23 de julho de 1993 (67 anos)
Lisboa, Portugal
Nacionalidadeportuguês
Alma materUniversidade de Lisboa
OcupaçãoEscritor, jornalista
Magnum opusFelizmente Há Luar!

Biografia

Luís de Sttau Monteiro nasceu a 3 de Abril de 1926, em Lisboa.[1]

Com dez anos de idade mudou-se para Londres com seu pai, Armindo Rodrigues de Sttau Monteiro,[2] embaixador de Portugal, e sua mãe Lúcia Rebelo Cancela Infante de Lacerda (São Tomé e Príncipe, 2 de Agosto de 1903 - Lisboa, 8 de Junho de 1980), sobrinha-bisneta do 1.º Barão de Sabroso e do 2.º Barão de Sabroso. Em 1943, seu pai foi demitido do seu cargo por Salazar, o que levou a família a regressar a Portugal.[1]

Já em Lisboa, licenciou-se em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, tendo trabalhado como advogado por um curto período de tempo dedicando-se, depois de nova passagem pelo Reino Unido, ao jornalismo.[1]

A sua estadia em Inglaterra, durante a juventude, colocou Sttau Monteiro em contacto com alguns movimentos de vanguarda da literatura anglo-saxónica. Na sua obra narrativa retratou ironicamente certos estratos da burguesia lisboeta e aspectos da sociedade portuguesa contemporânea.[3]

Ao regressar a Portugal colaborou em diversas publicações, destacando-se a revista Almanaque (onde usou o pseudónimo Manuel Pedrosa) e o suplemento A Mosca, do Diário de Lisboa. Neste último, criou a secção Guidinha.[1]

Sttau Monteiro estreou-se nas publicações em 1960, com Um Homem não Chora, a que se seguiu Angústia Para o Jantar (1961).[1]

Como dramaturgo, destaca-se logo em 1961 com o drama narrativo histórico Felizmente há Luar!, uma peça situada na linha do teatro épico.[1] Esta obra foi galardoada com o Grande Prémio de Teatro atribuído pela Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais Portugueses (actual SPA) mas a sua representação foi, no entanto, proibida pela censura.[1]

Sttau Monteiro foi preso por suspeita de ter colaborado na "Intentona de Beja", de 1962, o que o levou a que voltasse a viver, entre 1962 e 1967, em Inglaterra. Regressado a Portugal, foi preso pela PIDE em 1967, pelas críticas à ditadura vigente e à guerra colonial incluídas nas suas peças satíricas A Guerra Santa (1967) e A Estátua (1967).[1]

Só após a Revolução do 25 de Abril, a sua peça Felizmente há Luar! foi apresentada nos palcos nacionais. A sua representação aconteceu primeiro, em 1975, pelo TEB - Teatro Ensaio do Barreiro, seguindo-se, em 1978, pela companhia do Teatro Nacional D. Maria II.[4]

Sttau Monteiro foi ainda colaborador de semanários como o Se7e, O Jornal ou Expresso.[4]

Em 1985, o seu romance inédito Agarra o Verão, Guida, Agarra o Verão serviu de argumento à telenovela Chuva na Areia.[5][6]

Luís de Sttau Monteiro morreu a 23 de Julho de 1993, em Lisboa.[1] Está enterrado no Cemitério de Loures[7].

A 9 de Junho de 1994 foi feito Grande-Oficial da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico a título póstumo.[8]

Obras

Ficção

  • 1960 - Um Homem não Chora [1] (Lisboa: Ática) OCLC 65784035 (inclui a novela Por-do-Sol no Areeiro)[9]
  • 1961 - Angústia para o Jantar [1] (Lisboa: Ática) OCLC 7288411
  • 1966 - E se for Rapariga Chama-se Custódia [1] (Lisboa: Movimento) OCLC 463087920
  • 1971 - Redacções da Guidinha (Lisboa: Ática)
  • 1985† - Agarra o Verão, Guida, Agarra o Verão († romance inacabado inédito)[5][6]

Teatro

Adaptações teatrais
Traduções teatrais

Telenovela

Referências

Ligações externas

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