Lúcia Filippini
Lúcia Filippini (Corneto-Tarquinia, 13 de janeiro de 1672 – Montefiascone, 25 de março de 1732) foi uma religiosa italiana e fundadora do instituto das Mestras Pias, cujo carisma é conhecido sobretudo por visar a educação de meninas.[1] É considerada a pioneira da educação feminina na atual Itália, tendo fundado várias escolas para este fim.[2]
Santa Lúcia Filippini | |
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Religiosa e fundadora | |
Nascimento | 13 de janeiro de 1672 Corneto-Tarquinia, Estados Papais |
Morte | 25 de março de 1732 (60 anos) Montefiascone, Estados Papais |
Veneração por | Igreja Católica |
Beatificação | 13 de junho de 1926 Basílica de São Pedro, Reino da Itália por Papa Pio XI |
Canonização | 22 de junho de 1930 Basílica de São Pedro, Vaticano por Papa Pio XI |
Principal templo | Catedral de Montefiascone, Montefiascone, Itália |
Festa litúrgica | 26 de março |
Atribuições | Hábito religioso, crucifixo, livro |
Padroeira | da educação feminina, das Mestras Pias Filippini |
Portal dos Santos |
Biografia
Lúcia Filippini nasceu em 13 de janeiro de 1672, em Corneto-Tarquinia, sendo a caçula dos cinco filhos do casal Filippo Filippini e Maddalena Picchi.[3] Com seis anos de idade jovem ficou órfã, ficando sob os cuidados tios aristocráticos, estes que confiaram sua educação e formação religiosa às Irmãs Beneditinas de Santa Lúcia, recebendo ali o catecismo e a primeira comunhão.[4]
A sua vida consagrada começou sob o patrocínio do cardeal Marcantonio Barbarigo, que lhe confiou o trabalho de fundar escolas para jovens mulheres, especialmente as pobres.[5] Na companhia de Santa Rosa Venerini, ela começou a formação de professores escolares para este fim.[6] Com a ajuda do cardeal Barbarigo, ela fundou as Mestras Pias, uma congregação feminina dedicado à educação das jovens italianas.[7] Em Montefiascone, suas alunas aprenderam artes domésticas, tecelagem, bordado, leitura e também sobre a fé católica.[8] Doze anos depois, o cardeal elaborou um conjunto de regras para orientar Lúcia e suas seguidoras na vida religiosa.[9]
Em 1707, o Papa Clemente XI, admirado com seu trabalho, chamou Lúcia à Roma para fundar escolas, colocando-as sob os cuidados de sua congregação.[10] Ao todo, cinquenta e duas escolas foram fundadas em vida por Lúcia Filippini.[11] Faleceu em Montefiascone no dia 25 de março de 1732, aos 60 anos, vítima de câncer de mama, estando sepultada na catedral da cidade.[12]
Após sua morte, as Mestras Pias continuaram seu legado de formação e evangelização dos jovens italianos, expandindo a obra posteriormente para os Estados Unidos, Inglaterra, Etiópia, Eritreia, Índia, Albânia e, por recomendação do Papa João XXIII, o Brasil, tendo a obra iniciado seus trabalhos na cidade de São Paulo em meados de maio de 1962.[13]
Veneração
Lúcia Filippini foi beatificada em 13 de junho de 1926 e canonizada em 22 de junho de 1930 pelo Papa Pio XI.[14][15] Uma estátua em sua homenagem pode ser vista no primeiro nicho superior da entrada principal, no lado esquerdo da nave da Basílica de São Pedro, no Vaticano.[16] Ela é comemorada pela Igreja Católica no dia 26 de março.[17]