Línguas semíticas meridionais

Semítico meridional é uma das três-macro-classificações da linguística semítica, juntamente com o semítico oriental (por exemplo, o acadiano) e o semítico ocidental (por exemplo, o árabe, o aramaico e o hebraico). O próprio semítico é considerado um ramo da família linguística afro-asiática, encontrada, como indica o próprio nome, na África (tanto na setentrional quanto na meridional) e na Ásia (sudoeste).[1]

O semítico meridional, por sua vez, divide-se em dois principais ramos: o arábico meridional, falado na costa sul da península Arábica, e o semítico etiópico, encontrado do outro lado do mar Vermelho, no Chifre da África, principalmente nas atuais Etiópia e Eritreia. Os idiomas semíticos etiópicos têm o maior número de falantes atualmente; as principais línguas da Eritreia são o tigrínia e o tigré, línguas etiópicas setentrionais, enquanto o amárico (etiópico meridional) é a principal língua falada na Etiópia, juntamente com o tigrínia, que é falado na província setentrional de Tigré. As línguas arábicas meridionais definharam diante da expansão do árabe em si, mais dominante, ao longo de mais de um milênio. O Ethnologue lista seis membros atuais no ramo arábico meridional e 14 do ramo etiópico.

A "terra natal" das línguas semíticas meridionais é motivo de amplo debate, porém não se acredita mais que tenha sido o norte da Etiópia e a Eritreia, nem tampouco o sudoeste da península Arábica; a presença moderna histórica das línguas semíticas meridionais etiópicas (e da escrita etiópica) na África é tida como tendo sido ocasionada por uma migração de falantes do arábico meridional do Iêmen nos últimos milhares de anos - fazendo assim o caminho "inverso" do que teria sido feito pelo proto-semita, que foi levado originalmente da África para o Oriente Médio. Pesquisas mais antigas, como A. Murtonen (1967) e Lionel Bender (1997),[2] que sugeriram que o semítico poderia ter se originado na Etiópia, foram desacreditadas por pesquisas mais recentes de pesquisadores que haviam apoiado inicialmente esta teoria.[3]

Lista

Semíticas meridionais ocidentais

  • Línguas arábicas meridionais antigas—possivelmente extintas, tidas anteriormente como as ancestrais linguísticas das atuais línguas semíticas arábicas meridionais, atualmente são classificadas como semíticas meridionais orientais
    • Língua sabeíta—extinta
    • Língua minéia—extinta
    • Língua catabanense—extinta
    • Língua hadramáutica—extinta
    • Lingua faifi - é possivel que descenda das línguas deste subgrupo[4]
    • Lingua razihi - é possivel que descenda das línguas deste subgrupo[4]
  • Línguas etiópicas (etio-semíticas, semíticas etíopes):
    • Setentrionais
    • Meridionais
      • Transversal
        • Amárico-Argobba
        • Harari-Gurage Oriental
          • Língua harari
          • Gurage Oriental
            • Língua selti (também grafada silt'e)
            • Língua zway (também chamada de zay)
            • Língua ulbare
            • Língua wolane
            • Língua inneqor
        • Exterior
          • grupo-n:
            • Língua gafat—extinta
            • Língua soddo (também chamada de kistane)
            • Língua goggot
          • grupo-tt:
            • Língua mesmes - extinta
            • Língua muher
            • Língua gurage ocidental
              • Língua masqan (também grafada mesqan)
                • Gurage ocidental centro-periférico
                  • Gurage central ocidental
                  • Gurage ocidental periférico:
                    • Língua gyeto
                    • Língua ennemor (também chamada de Inor)
                    • Língua endegen

Semíticas meridionais orientais

Estas línguas são faladas principalmente por pequenas populações minoritárias na península Arábica (no Iêmen e no Omã).

Referências

Ligações externas

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