Lesbos

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Lesbos (em grego: Λέσβος; romaniz.: Lésvos; em turco: Midilli Adası) é uma ilha grega localizada no nordeste do mar Egeu. É a terceira maior ilha grega e a sétima maior do Mediterrâneo.[2] Possui uma área de 1 630 km² com 320 quilômetros de litoral. Sua população é de aproximadamente 90 000 habitantes, conhecidos como "Λεσβιοι/Lesvioi", em portugues "lesbios", um terço dos quais vive em sua capital, Mitilene, no sudeste da ilha. A população restante é distribuída em pequenas cidades e aldeias. As maiores cidades são Caloni, Gera, Plomari, Ayassos, Eresos e Mólivos, a antiga Metímna. Mitilene foi fundada no século XI a.C. pela família Pentilida, que chegou da Tessália e governou até a revolta popular (590−580 a.C.) comandada por Pítaco.

Lesbos

A ilha de Lesbos mostrada na costa da península anatoliana (Turquia asiática), ao noroeste de Esmirna
39° 10' N 26° 20' E
Geografia física
País Grécia
LocalizaçãoMar Egeu
Ponto culminante968 m
Área1632,819  km²
Gentílicolesbiano, lésbico[1]

Imagem de satélite de Lesbos (1995).

De acordo com autores como o historiador romano Plínio o Velho, e o geógrafo grego Estrabão, a ilha de Lesbos, já foi chamada ao longo do tempo pelos nomes de : Himerte,Pelasgia, Lasia, Étiopia, Aegira, até ser finalmente nomeada como Lesbos, em homenagem ao príncipe Lesbos da Tessalia, que movido por um oráculo, guiou um grupo de colonos tessalianos, para colonizar a ilha.[3][4]

É interessante notar que os nomes refletem a mudança de poder na ilha, pois foi chamada de Pelasgia, quando era habitada pelos pelasgos, de Macaria, quando foi governada por Macar e Lesbos quando foi colonizada por ele.

Mitologia

Segundo a mitologia grega clássica, a ilha foi primeiro habitada por Xanto, filho de Triopas, rei dos pelasgos de Argos; Xanto havia conquistado uma parta da Lícia, e dividiu Lesbos entre seu povo.[5]

Sete gerações depois, após o dilúvio de Deucalião haver feito boa parte da humanidade perecer, a ilha encontrava-se de novo desabitada.[6] Macareu, um nativo de Olenus e filho de Crinacus, filho de Zeus, tomou posse da ilha com seu povo, em maior parte formada de jônios.[7]

Em seguida chegou Lesbos, filho de Lápites, filho de Éolo, filho de Hipotes, que se casou com Metímna, filha de Macareu, e mudou o nome da ilha para Lesbos.[8]

Outra filha de Macareu se chamava Mitilene, que deu nome à cidade de Mitilene.[9]

Geografia

A ilha é montanhosa. Dois picos — "Lepetímnos" (967 M) e "Olimpo", de altura parecida — dominam suas seções norte e central. A origem vulcânica da ilha é manifestada em várias nascentes quentes. A ilha é verde, competentemente chamada "Ilha Esmeralda", com uma variedade de flora que camufla sua proporção. Oliveiras — onze milhões delas — cobrem 40% da ilha juntamente com árvores de outros frutos. Florestas de pinheiros e alguns carvalhos ocupam 20% e o resto é arbustos, pastos e urbano. Na parte oeste da ilha está a segunda maior floresta petrificada do mundo de sequoias.

Sua economia é essencialmente agricultural. O azeite proveniente das suas oliveiras é a principal origem de renda. O turismo em Mitilene, encorajado por seu aeroporto internacional, e as cidades costeiras de Petra, Plomari, Mólivos e Eresos contribuem substancialmente para a economia da ilha. A pesca e a manufatura de sabonete e ouzo — o licor nacional grego — são as origens restantes de renda.

Unidade regional

Lesbos é uma unidade regional da Grécia, localizada na região do Egeu Setentrional. Foi criada a partir da reforma administrativa instituída pelo Plano Calícrates de 2011, a partir da divisão da antiga prefeitura de Lesbos. É subdividida em apenas 1 município,[10] de mesmo nome, criado a partir da fusão de 13 antigos municípios na ilha, entre eles Mitilene, Metímna e Polichnitos.

Turismo LGBT

Um significado da palavra Lésbica deriva dos poemas de Safo, que nasceu em Lesbos e escreveu poemas de cunho emocional direcionado para outras mulheres. Devido a essa associação, Lesbos e em especial a cidade de Eresos, é frequentemente visitada por turistas LGBT.[11] Em 2008, um grupo da população de Lesbos solicitou o banimento judicial do termo "lésbica" para designar mulheres homossexuais, com a justificativa de que seus direitos humanos estariam sendo "insultados" e envergonhados ao redor do mundo.[12] O grupo de três residentes apelou à justiça, mas perdeu o processo judicial contra a comunidade LGBT da Grécia, tendo que arcar com as despesas judiciais de €230.[13]

Ver também

Referências