Saíde Huceine ibne Ali,[1][2]GCB (حسین بن علی; Ḥusayn bin'Alī) (Istambul, 1854 – Amã, 4 de junho de 1931) foi um líder árabe do clã Banu Haxime que era o Sharif e o Emir de Meca de 1908 e, após proclamar a Grande Revolta Árabe contra o Império Otomano, Rei do Hejaz de 1916 a 1924. No final de seu reinado, ele também reivindicou brevemente o cargo de Califa. Ele era um descendente direto da 37.ª geração de Maomé, pois ele pertence à família haxemita.
Membro do clã Awn dos emires catádidas de Meca, ele foi percebido como tendo inclinações rebeldes e em 1893 foi convocado para Constantinopla, onde foi mantido no Conselho de Estado. Em 1908, logo após a Revolução dos Jovens Turcos, foi nomeado Emir de Meca pelo Sultão Abdulamide II. Em 1916, com a promessa de apoio britânico à independência árabe, ele proclamou a Revolta Árabe contra o Império Otomano, acusando o Comitê de União e Progresso de violar princípios do Islã e limitar o poder do sultão-califa. Pouco depois da eclosão da revolta, Hussein declarou-se 'Rei dos Países Árabes'. No entanto, suas aspirações pan-árabes não foram aceitas pelos Aliados, que o reconheceram apenas como Rei do Hejaz.[3]
Após a Primeira Guerra Mundial, Hussein recusou-se a ratificar o Tratado de Versalhes, em protesto contra a Declaração de Balfour e o estabelecimento dos mandatos britânico e francês na Síria, Iraque e Palestina. Mais tarde, ele se recusou a assinar o Tratado Anglo-Haxemita e, portanto, privou-se do apoio britânico quando seu reino foi invadido por ibne Saúde. Em março de 1924, quando o califado otomano foi abolido, Hussein se autoproclamou califa de todos os muçulmanos. Em outubro de 1924, enfrentando a derrota de ibne Saúde, ele abdicou e foi sucedido como rei por seu filho mais velho, Ali do Hejaz. Seus filhos Faiçal e Abdullah se tornaram governantes do Iraque e da Transjordânia, respectivamente, em 1921.[3]