Hoplocercus spinosus
O lagarto-rabo-de-abacaxi (Hoplocercus spinosus) é uma espécie de réptil escamado encontrada apenas em áreas abertas do Cerrado e de áreas de transição entre tal bioma e outros adjacentes, como a Amazônia. Uma característica bastante marcante desse animal é posse de uma de uma cauda curta e achatada dotada de escamas espinhosas.[1][2][3][4] Seu dorso exibe uma coloração amarelo escuro e seu comprimento é inferior a 15 cm.[2] Esse vertebrado pertence a um gênero monotípico, isto é, que engloba uma única espécie.
Lagarto-rabo-de-abacaxi | |||||||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Estado de conservação | |||||||||||||||||||
![]() | |||||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||||
| |||||||||||||||||||
Nome binomial | |||||||||||||||||||
Hoplocercus spinosus Fitzinger, 1843 |
Etimologia
O significado de seu nome científico remete à língua grega. Nesse idioma, hoplon significa "armadura", "escudo"; enquanto kerkos significa "cauda".[3]
Nomes populares
Além da nomenclatura vulgar "lagarto-rabo-de-abacaxi", o H. spinosus pode receber outras denominações populares, como truíra-peva, lagarto-pitoco e jacarezinho-da-chapada.[2][5]
Comportamento
Trata-se de uma espécie de hábitos noturnos. Durante o dia, são encontrados em pequenas tocas na superfície, deixando a cauda aparente para fora. Quando se sentem ameaçados, inflam o corpo, de modo a pressionar as paredes de seus esconderijos. A dieta desse animal é composta por cupins, besouros, aranhas, escorpiões, gafanhotos, centopeias e formigas e atingem até 105 mm de comprimento do corpo.[1][4]
Ameaças à espécie
A devastação do Cerrado põe em xeque a perpetuação das populações locais. Embora a distribuição desses animais seja abrangente nesse bioma, o que reduz a probabilidade de extinção da espécie, a rápida transformação do Cerrado em Minas Gerais eleva as chances de desaparecimento do H. spinosus.[4]
Com o intuito de preservar a espécie, demanda-se trabalhos de campo no território mineiro, os quais propiciariam a obtenção de informações mais aprofundadas acerca do lagarto-pitoco. Não há confirmação da presença desse réptil em unidades de conservação no estado.[4]