Histerossonossalpingografia

aplicação da ultrassonografia médica aos órgãos pélvicos femininos

A histerossonossalpingografia é um procedimento médico realizado para avaliar a saúde do útero e das trompas de falópio de uma mulher.[1] Ele é frequentemente usado para diagnosticar possíveis problemas, como obstruções nas trompas de falópio ou anormalidades uterinas.

Histerossonossalpingografia
Histerossonossalpingografia
Classificação e recursos externos
CIE-9-MC88.76, 88.79
OPS-3013-05d

Etimologia

A etimologia da palavra histerossonossalpingografia arraiga em (ὑστέρα : ‘histeria’ : útero) + ‘sono’(fazendo relação aos ultrasonidos) + (σάλπιγξ : ‘salpinx’ : trompa) + (σάλπιγξ : ‘grafós’ : escrever).

Procedimento

Primeiro, um espéculo é colocado na vagina, o que permite localizar o pescoço. Em seguida, é desinfetado com um anti-séptico (betadina vaginal ou cloherxidina). Uma cânula é introduzida através do orifício cervical na cavidade uterina e o espéculo é removido. Subsequentemente, uma sonda de ultrassom transvaginal é introduzida na vagina. Através da cânula dentro do útero, é injetada uma solução ou gel visível ao ultrassom. Esta solução pode variar, utilizando soro fisiológico estéril, meio salino ou Echovist. Finalmente, a passagem da referida solução ou gel da cavidade uterina para as trompas é visualizada por ultrassom, bem como é verificada a passagem do referido gel ou solução das trompas para a cavidade abdominal. No caso de obstrução tubária, essa passagem de líquido para a cavidade abdominal não podia ser visualizada.

Indicações

As indicações principais da histerossonossalpingografia são:[2]

  1. Determinação de causa de infertilidade.
  2. Estudo de mulheres com distúrbios menstruais.
  3. Estudo clínico do sangrado do útero.
  4. Interrupções involuntárias de gravidez de forma repetida.[3]
  5. Estudo de gravidez ectópica.[3]
  6. Decisão sobre a técnica de reprodução assistida com maior probabilidade de sucesso.
  7. Estudo de mulheres com dor pélvica ou tumores e malformações congênitas.[3][4]
  8. Verificação do sucesso de uma laqueadura tubária.

Fatores detectados pela histerossonossalpingografia

Principalmente, as imagens ultrassonográficas obtidas por uma histerossonossalpingografia podem mostrar anomalias uterinas ou tubárias, tanto do ponto de vista morfológico quanto fisiológico.[5]

Riscos de uma histerossonossalpingografia

Neste caso, os riscos são menores se compararmos com uma histerossalpingografia. Principalmente, dois se destacam:

  1. Risco de infecção (doença inflamatória pélvica)
  2. Risco de reacção vagal pela manipulação do pescoço uterino

Referências