Guerra Civil do Iêmen do Norte

 Nota: Se procura pela guerra civil de 1994 no Iêmen, veja Guerra Civil do Iêmen de 1994.

A Guerra Civil do Iêmen do Norte foi travada no Iêmen do Norte, de 1962 a 1970, entre os monarquistas do Reino do Iêmen e os partidários da República Árabe do Iémen. O conflito foi desencadeado após um golpe de Estado realizado por revolucionários republicanos, liderados por Abdullah as-Sallal, que depôs o recém-coroado Imã Muhammad al-Badr e proclamou a república, sob a presidência de Sallal, em 1962. O imã fugiu para a fronteira da Arábia Saudita, onde obteve apoio das tribos xiitas zaiditas do Iêmen do Norte para organizar a resistência ao golpe e retomar o poder. Logo os confrontos entre monarquistas e republicanos evoluiriam para uma prolongada guerra civil.

Guerra Civil do Iêmen do Norte
Guerra Fria

Forças iemenitas realistas tentam repelir um ataque blindado egípcio
Data1962 – 1970
LocalIêmen
DesfechoRetirada do Egito (1967)
Vitória republicana e criação da República Árabe do Iêmen (1970)
Beligerantes
Realistas:
Reino do Iêmen
 Arábia Saudita
 Jordânia
Mercenários
Republicanos:
República Árabe do Iêmen República Árabe do Iêmen
República Árabe Unida (Egito)
Comandantes
Muhammad al-Badr
Bruce Conde
Abdel Aziz al Saud
Gamal Abdel Nasser
Abdel Hakim Amer
República Árabe do Iêmen Abdullah as-Sallal
República Árabe do Iêmen Ali Qasim Almoayad
Forças
Forças em 1965:
20 000 semi-regulares[1]
200 000 milicianos tribais[1]
Centenas de mercenários[2]
70 000 egípcios (1965)[3]
República Árabe do Iêmen 3 000 soldados iemenitas (1964)[4]
Baixas
100 000 mortos[5]26 000 mortos[6]

Durante o conflito, os republicanos formaram a República Árabe do Iémen, um Estado pan-árabe, que tinha fortes ligações com o regime de Nasser no Egito, que na época era conhecido como República Árabe Unida). As forças leais ao Imã Muhammad al-Badr, conhecidas como "realistas", receberam apoio diplomático da Grã-Bretanha e ajuda militar da Jordânia e da Arábia Saudita, que enviou soldados mercenários europeus para reforçar as forças realistas. Já os republicanos foram apoiados pelo Egito e, aparentemente, teriam recebido aviões de guerra da União Soviética.[7] Tanto tropas estrangeiras irregulares quanto tropas convencionais estiveram envolvidas. O presidente egípcio, Gamal Abdel Nasser, apoiou os republicanos com até 70.000 soldados. Apesar de vários movimentos militares e conferências de paz, a guerra afundou-se em um impasse. Mais tarde, Nasser perceberia que seria difícil manter a participação do exército egípcio e começou a retirar suas tropas. O comprometimento do Egito na guerra é considerado como tendo sido prejudicial ao seu desempenho na Guerra dos Seis Dias de junho de 1967

Em 1970, o Rei Faisal da Arábia Saudita, reconheceu a república, e uma trégua foi assinada. Historiadores e militares egípcios referem-se à guerra como Vietnã do Iêmen,[8] em referência à Guerra do Vietnã. Já o historiador Michael Oren (atual embaixador de Israel nos EUA) escreveu que a aventura militar do Egito no Iêmen foi tão desastrosa que "a iminente Guerra do Vietnã poderia facilmente ter sido apelidada de Iêmen Americano."[9]

Referências

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