Farah Jorge Farah

Médico e criminoso homicida brasileiro

Farah Jorge Farah (São Paulo, 11 de março de 1949São Paulo, 22 de setembro de 2017) foi um médico e criminoso brasileiro.[1]

Farah Jorge Farah
Data de nascimento11 de março de 1949
Local de nascimentoSão Paulo, SP
Data de morte22 de setembro de 2017 (68 anos)
Local de morteSão Paulo, SP
Nacionalidade(s)brasileiro
Crime(s)homicídio duplamente qualificado, ocultação e destruição de cadáver
Situaçãomorto

O crime

Clínico geral, foi formalmente acusado e condenado em primeira instância por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e não dar chance de defesa à vítima) e ocultação e destruição de cadáver.[1] O crime, cometido no dia 24 de janeiro de 2003, com requintes de crueldade, foi praticado contra sua paciente Maria do Carmo Alves, na época com 46 anos. A fim de dificultar a identificação do cadáver, Farah removeu cirurgicamente as peles faciais, das mãos e pés da vítima, desapareceu com suas vísceras e guardou os restos mortais em sacos plásticos no porta-malas de seu veículo.[2] Após o crime, Farah confessou à sobrinha o que tinha feito e deu a chave do carro para que ela verificasse o conteúdo do porta-malas. Ela chegou à garagem onde o veículo estava estacionado e, apesar do cheiro que exalava no local, certificou-se da veracidade dos fatos, acionando a polícia em seguida.[3][4]

O exame psicológico realizado em Farah através do teste de Rorschach o considerou como um não psicopata e a psiquiatra, com Ph.D., que realizou o teste o classificou como "uma pessoa boa e calma".[5]

Farah foi condenado em 2014 a uma pena de 16 anos de reclusão em regime fechado pelo assassinato e esquartejamento de Maria do Carmo Alves.[6] A imprensa brasileira noticiou que ambos eram amantes. No entanto, a polícia não corrobora esta versão amplamente divulgada e atesta que o motivo da insistência da vítima em contatar o médico devia-se ao sofrimento que lhe fora causado, assim como a outras pacientes, por cirurgias plásticas feitas irregularmente, sistematicamente e de maneira mal feita, especialidade que fugia das atribuições de Farah.[7] Apesar disso, uma decisão de 2007 do Supremo Tribunal Federal (STF) permitiu que ele recorresse à sentença em liberdade.[8] Farah chegou a ingressar no curso de filosofia da Universidade Federal de São Paulo (campus Guarulhos) e Universidade Paulista.[9]

Em agosto de 2017, o relator do caso, ministro Nefi Cordeiro, atendeu a um pedido do Ministério Público (MP) de São Paulo e votou pela imediata prisão do ex-médico. Em consonância, sua licença médica foi cassada após a primeira condenação.[10] No entanto, houve um pedido de vistas do ministro Sebastião Reis Júnior, que levou a conclusão do julgamento para o dia 21 de setembro de 2017. Sebastião decidiu acompanhar o voto de Nefi Cordeiro. O STJ também negou recurso da defesa de Jorge Farah, que pedia anulação do último júri.[11]

Após tomar conhecimento da decisão do STJ, que determinou seu retorno à prisão, a polícia foi à casa do ex-médico para prendê-lo. Ao chegar ao local a polícia encontrou o ex-médico morto. A perícia confirmou que a causa da morte foi suicídio, após o corte nas veias femorais. A polícia informou que ele vestia roupas femininas e escutava música fúnebre. O corpo de Farah foi enterrado na manhã de sábado, 23 de setembro de 2017, no Cemitério Vila Mariana, na Zona Sul de São Paulo.[12]

Referências

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