En attendant Godot

peça de teatro de Samuel Beckett
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En attendant Godot (no original em francês) ou Waiting for Godot, em inglês (À Espera de Godot em Portugal; Esperando Godot no Brasil), é uma peça de teatro escrita pelo dramaturgo irlandês Samuel Beckett (1906-1989). Escrita originalmente em francês, foi publicada pela primeira vez em 1952 e apresentada no pequeno Théâtre Babylone em Paris, com direção de Roger Blin (1907-1984). É considerado um dos principais textos do teatro do absurdo e a principal obra de Samuel Beckett.[1]

En attendant Godot
À Espera de Godot (PT)
Esperando Godot (BR)

Esperando Godot, encenação de Otomar Krejca, Festival de Avignon, 1978
Autor(es)Samuel Beckett
Idiomalíngua francesa
PaísFrança França
EditoraÉditions de Minuit
Lançamento1952
Edição portuguesa
EditoraPortugália
Lançamento196?
Páginas233
Edição brasileira
TraduçãoFábio de Souza Andrade
EditoraCosac Naify
Lançamento2006
ISBN8575034588

Beckett escreveu a peça em 1949 e só veio a publicá-la no ano de 1952, em francês. Em 1955, Beckett recriou sua obra em língua inglesa. A peça é dividida em dois atos. Nos dois atos, inicialmente contracenam dois personagens: Vladimir (Didi) e Estragon (Gogo). Durante cada um dos atos, que são bem semelhantes, surgem dois novos personagens: Pozzo e Lucky. Além destes, entra em cena no final de cada ato um garoto.[1]

A primeira encenação deu-se em 23 de janeiro de 1953, no Theatro da Babilônia, em Paris, tendo no elenco Roger Blin (também diretor), Pierre Latour, Lucien Raimbourg, Jean Martin e Serge Lecointe. Em língua inglesa, a peça estreou em agosto de 1955, no Teatro de Artes (Arts Theatre), em Londres, dirigida por Peter Hall.[1]

Enredo

As personagens Vladimir e Estragon durante uma encenação da peça na Índia.

A rubrica inicial define: Estrada, árvore, à noite (Route à la campagne, avec arbre. Soir). Em cena Estragon e Vladimir. Aparentemente esperam um sujeito de nome Godot. Nada é esclarecido a respeito de quem é Godot ou o que eles desejam dele. Os dois iniciam longo diálogo, só interrompido quando da entrada de Pozzo e Lucky. Lucky carrega uma pesada mala que não larga um só instante. O segundo ato desenvolve a mesma dinâmica. O cenário é o mesmo, apenas a árvore está um pouco diferente, agora com algumas folhas. Estragon e Vladimir iniciam sua jornada na espera de Godot. Surgem novamente Pozzo e Lucky. Pozzo está cego e Lucky mudo. Após a partida destes, aparece novamente um garoto anunciando novamente que Godot não virá, talvez amanhã. O diálogo final, que encerra o ato e a peça é o seguinte:[carece de fontes?]

Vladimir: Então, devemos partir? (Alors, on y va?) (Well, shall we go?)
Estragon: Sim, vamos. (allons-y.) (Yes, let's go.)
Eles não se movem. (Ils ne bougent pas.) (They do not move.)

Encenações no Brasil

No Brasil, as duas primeiras montagens de "Esperando Godot" foram amadoras: uma pela Escola de Arte Dramática - EAD, em 1955, com direção de Alfredo Mesquita e a outra, com direção de Luiz Carlos Maciel, em Porto Alegre, no ano de 1959.[carece de fontes?]

Cacilda Becker, junto com seu marido Walmor Chagas, aceitaram o convite de Flávio Rangel para realizar, no primeiro semestre de 1969, a primeira montagem profissional do já conhecido texto de Beckett. Ela no papel de Estragon e Walmor no de Vladimir. O espetáculo foi encenado no Teatro Cacilda Becker - TCB; foi também apresentado em São Carlos, em abril de 1969, quando da inauguração oficial do Teatro Municipal de São Carlos e do lançamento do primeiro Festival Nacional de Teatro Amador daquela cidade.[2][3][4][5] Durante uma apresentação diurna para uma assistência de estudantes, no dia 6 de maio, Cacilda Becker sentiu-se mal e foi imediatamente levada para o hospital, ainda em trajes do espetáculo. Foi diagnosticado derrame cerebral. Após permanecer em coma por 38 dias, ela morreu em 14 de junho de 1969.

Em 1976, Antunes Filho dirigiu a primeira montagem brasileira com um elenco apenas de mulheres: Eva Wilma, Lilian Lemmertz, Lélia Abramo, Maria Yuma e Vera Lima. Em 2006, por ocasião do I Centenário de nascimento de Samuel Beckett, Gabriel Villela, também com um elenco feminino, estreou sua versão da obra, no SESC Belenzinho, em São Paulo.[6]

É uma das peças mais encenadas no Brasil. Levaram aos palcos montagens: o Armazém Cia de Teatro,[7] a Boa Companhia,[8] o grupo Máskara de Goiás,[9] entre outros.

Ver também

Referências

Ligações externas

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