Editorial Presença

uma editora portuguesa

A Editorial Presença foi fundada a 30 de maio de 1960 por Francisco da Conceição Espadinha (30 de junho de 1934-3 de setembo de 2020), um leitor apaixonado e compulsivo, decidido a construir uma editora. Frequentador assíduo da Livraria Barata associa o livreiro António Barata ao seu projeto.

Editorial Presença
Editorial Presença
Razão socialEditorial Presença, Lda.
Privada
SloganO gosto pela leitura
Fundação1960 (64 anos)
SedeQueluz de Baixo, Portugal
Produtoslivros
Website oficialwww.presenca.pt

Em 1973, Francisco da Conceição Espadinha convida Manuel Aquino para integrar a Presença, vindo a tornar-se seu sócio e Administrador do Grupo.

O nome da editora surgiu a partir de uma inspiração que o fundador considerou apropriada por evocar o universo literário, devido ao movimento cultural dos presencistas, em torno da revista Presença.

A década inaugural de 1960 foi marcada pela publicação de teatro e de ensaio. A imagem da editora fica ligada a essa vertente inovadora. O primeiro livro a ser publicado foi Kean, uma peça de teatro, do filósofo francês Jean-Paul Sartre. Samuel Beckett foi também lançado nessa época.

Nos anos 60 e 70, a Presença publicou sobretudo ensaios de autores como Umberto Eco, Norberto Bobbio, Deleuze, Durkheim, Max Weber, Marcel Prelot, Eric J. Hobsbawm, Nicola Abbagnano, Anthony Giddens, Kafka e Friedrich Engels, privilegiando também a ensaística portuguesa, através de autores como Eduardo Lourenço, Vasco Graça Moura e Hernâni Cidade. Nessa altura, a Presença também publicou poesia portuguesa do século XX, com livros de Ruy Belo, João Miguel Fernandes Jorge, Daniel Filipe e Ruy Cinatti.

Na década de 1980 dá-se o aparecimento de autores portugueses com grande aceitação junto do público, como Oliveira Marques, Magalhães Godinho, António Alçada Baptista, com a publicação de Os Nós e Os Laços, e David Mourão-Ferreira, com o seu célebre romance Um Amor Feliz.

A partir da década de 90 observou-se uma viragem na orientação editorial da editora passando a publicar sobretudo ficção, entre outros géneros literários. Em 1995 foi criada a coleção «Grandes Narrativas», que se iniciou com O Mundo de Sofia, de Jostein Gaarder.

Hoje apresenta um catálogo variado, com um leque de autores de referência, como J.K. Rowling, Ken Follett e Suzanne Collins, entre nomes vencedores do Prémio Nobel, tais como Orhan Pamuk; Doris Lessing; Imre Kertesz; Günter Grass; Nadine Gordimer; Octávio Paz; Jean Paul Sartre; François Mauriac e Luigi Pirandello.

A Editorial Presença destaca-se entre as principais editoras nacionais, com mais de 100 novos títulos por ano. O sólido compromisso com a difusão da literatura é uma das razões por que tem vindo a publicar alguns dos mais notáveis autores contemporâneos, apostando também na divulgação de novos valores da ficção portuguesa.

O trabalho que tem vindo a desenvolver com parceiros internacionais, numa permanente concretização de projetos inovadores, inclui, no âmbito da ficção, obras que vão desde o romance, à literatura policial, fantasia, e à literatura infantojuvenil. Na área da não-ficção, destaca-se o ensaio, as obras de orientação pedagógica e os guias práticos.

O selo de identidade e independência reconhecido a Francisco da Conceição Espadinha pelos seus pares e a capacidade de adaptação explicam a longevidade da editora fundada em 1960 (64 anos).

A Presença cresceu por via de um esforço coletivo e é hoje um grupo editorial, composto pelas chancelas Editorial Presença, Marcador, Manuscrito e Jacarandá, ocupando uma posição cimeira no mercado editorial. Com mais de 4000 títulos disponíveis no seu diversificado catálogo, o objetivo último desta editora é contribuir para o enriquecimento cultural dos portugueses e fomentar «o gosto pela leitura».

Publicações

Ligações externas

Este artigo sobre uma empresa é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.