Campeonato de Fórmula E de 2018–19
O Campeonato de Fórmula E de 2018–19 foi a quinta temporada do campeonato de automobilismo para veículos elétricos reconhecido pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), como a categoria mais alta entre as competições de monopostos elétricos. Teve início no dia 15 de dezembro de 2018 no inédito ePrix de Daria (Arábia Saudita) e terminou na corrida dupla de Nova Iorque (Estados Unidos) em 14 de julho de 2019.
Fórmula E de 2018–19 | |
---|---|
Depois de um ciclo de quatro temporadas, o anterior chassi da Fórmula E, o Spark-Renault SRT_01E, que foi usado pelo campeonato desde a sua temporada inaugural, foi substituído por um novo.[1] O novo chassi, que também foi desenvolvido pela Spark Racing Technology, é conhecido como Spark SRT05e e evita o design convencional de ter uma asa traseira em favor da incorporação de elementos aerodinâmicos no chassi e no assoalho, que apresenta avanços tecnológicos significativos sobre o anterior chassi Spark-Renault SRT_01E — com potência de 200kW a 250kW e velocidades máximas que chegam a 280km/h (174mph). A chegada do carro Gen2 também marcou o fim da troca de carros durante a corrida.[2]
Jean-Éric Vergne iniciou a temporada defendendo o título de campeão de pilotos depois de garantir sua primeira conquista na primeira corrida do ePrix de Nova Iorque de 2018.[3] A Audi Sport ABT Schaeffler, começou a temporada como a equipe campeã, tendo conquistado seu primeiro título na segunda corrida do mesmo evento.[4]
O piloto da DS Techeetah, Jean-Éric Vergne, tornou-se o primeiro piloto a defender o título com sucesso na categoria, sagrando-se campeão com 136 pontos,[5] superando Sébastien Buemi e Lucas Di Grassi. A DS Techeetah venceu o seu primeiro Campeonato de Equipes, derrotando a Audi Sport ABT Schaeffler por uma margem de dezenove pontos.[6]
Pilotos e equipes
Os três primeiros colocados da temporada de 2018–19:
Campeão | Vice-campeão | Terceiro lugar |
---|---|---|
Jean-Éric Vergne | Sébastien Buemi | Lucas Di Grassi |
DS Techeetah | Nissan e.dams | Audi Sport ABT Schaeffler |
Os seguintes pilotos e equipes participaram do Campeonato de Fórmula E de 2018–19:
Mudanças nas equipes
- A BMW passou a competir na Fórmula E como fabricante, em parceria com a Andretti.[45][46]
- A HWA, empresa parceira da Mercedes-Benz, estabeleceu uma parceria técnica com a Venturi e entrou na categoria com equipe própria. O acordo estabeleceu que a HWA receba trens de força para a temporada de 2018–19, servindo como precursor para a entrada da Mercedes-Benz como uma equipe de fábrica na temporada 2019–20.[26]
- A Nissan entrou no campeonato como fabricante substituta da empresa irmã Renault na sua parceria com a DAMS.[47] A Renault citou o desejo de se concentrar em seu programa de Fórmula 1 como motivo para deixar a Fórmula E.[34]
- A Techeetah passou a usar trens de força da DS Automobiles, que substituiu a Renault que forneceu para a equipe chinesa em suas duas primeiras temporadas, tornando-se parceira da DS Performance.[15][16] Enquanto isso, a Envision Virgin Racing passou a usar trens de força da Audi.[48]
Calendário
As seguintes corridas foram realizadas como parte do Campeonato de Fórmula E de 2018–19:
Mudanças no calendário
- O campeonato iria ser disputado pela primeira vez em São Paulo. A corrida foi originalmente incluída no calendário da temporada de 2017-18 da Fórmula E, antes de ser adiada por um ano e substituída pelo ePrix de Punta del Este.[56] No entanto, a corrida de São Paulo não foi incluída no calendário provisório publicado em junho de 2018 e a corrida de Punta del Este foi retirada do cronograma.[55]
- A Fórmula E fez sua estreia na Arábia Saudita em uma corrida realizada num circuito de rua no distrito de Daria, em Riade.[49][57] O evento substituiu o ePrix de Hong Kong como a etapa de abertura do campeonato.
- O ePrix de Santiago mudou sua localização do Parque Florestal para um circuito sob medida no Parque O'Higgins. A mudança foi feita após reclamações dos moradores do Barrio Lastarria, que argumentaram contra o layout original da pista de 2017–18.[50]
- Um novo ePrix na China foi adicionado ao calendário, com a cidade resort de Sanya, localizada na província de Ainão, sendo selecionada como o local.[58] A categoria já havia corrido em Pequim.[59]
- A competição retornou a Mônaco, com o ePrix de Mônaco sendo realizado como um evento bianual que alterna com o Grande Prêmio Histórico de Mônaco. A corrida usaria o traçado completo do circuito de Mônaco, mas a FIA se opôs a ideia, pelos gastos de modificar o traçado.[60][61]
- O evento da Suíça foi transferido de Zurique para Berna depois que as autoridades da cidade expressaram preocupação com a capacidade da infraestrutura da cidade para lidar com uma série de eventos de grande escala em rápida sucessão. Os organizadores têm a opção de retornar a Zurique em temporadas futuras.[62]
Mudanças no regulamento
Regulamentações técnicas
- As equipes passaram a ter permissão para usar apenas um carro por corrida, o que significa que a carga da bateria tem que durar a corrida completa em vez de metade da distância.[63]
- A potência máxima dos carros aumentou para 250KW.[64]
Resultados e classificações
ePrix
Sistema de pontuação
Os pontos eram concedidos para os dez primeiros colocados em cada corrida, para o pole position e, também, para o piloto, entre os dez primeiros, que marcava a volta mais rápida, usando o seguinte sistema:
1º | 2º | 3º | 4º | 5º | 6º | 7º | 8º | 9º | 10º | P | V |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
25 | 18 | 15 | 12 | 10 | 8 | 6 | 4 | 2 | 1 | 3 | 1 |
Classificação do Campeonato de Pilotos
|
Negrito – Pole position |
† – O piloto não terminou o ePrix, mas foi classificado por ter completado mais de 90% da distância da corrida.
Classificação do Campeonato de Equipes
|
Negrito – Pole position |