Diarreia do viajante

Diarreia do viajante é uma infeção do estômago e dos intestinos caracterizada pela passagem de fezes líquidas ao viajar.[1][2] Pode ser acompanhada de cólicas abdominais, náuseas, febre e distensão abdominal.[2] Em alguns casos pode ocorrer diarreia com sangue.[5] A maior parte dos viajantes recupera ao fim de quatro dias, mesmo sem tratamento ou com tratamento mínimo.[2] Em cerca de 10% dos casos os sintomas prolongam-se por uma semana.[2] Os sintomas têm geralmente início 12 a 72 horas após a ingestão de água ou alimentos contaminados.[3]

Diarreia do viajante
Diarreia do viajante
Bactéria E. coli, a causa mais comum de diarreia do viajante
Especialidadeinfecciologia
SintomasFezes líquidas em viagem, febre, cólicas abdominais[1][2]
Início habitual12-72 horas após exposição[3]
DuraçãoGeralmente menos de 5 dias[2]
CausasBactérias, vírus ou parasitas[2]
PrevençãoComer apenas alimentos preparados, beber água engarrafada, lavar frequentemente as mãos[4]
TratamentoTerapia de reidratação oral, antibióticos, loperamida[2][4]
Frequência~35% dos viajantes para países em vias de desenvolvimento[2]
Classificação e recursos externos
A Wikipédia não é um consultório médico. Leia o aviso médico 

Mais de metade dos casos são causados por bactérias.[2] As bactéria mais comum é a Escherichia colienterotóxica, exceto no sudeste asiático, em que a mais comum é a Campylobacter.[1][2] Cerca de 10 a 20% dos casos são causados por norovírus.[2] Alguns protozoários como a Giardia podem causar doença mais prolongada.[2] O risco é maior durante as primeiras duas semanas de viagem e entre jovens adultos.[1] Na maior parte dos casos, as pessoas afetadas são provenientes de países desenvolvidos.[1]

Entre as medidas de prevenção estão comer apenas alimentos devidamente lavados ou cozinhados, beber água engarrafada e lavar frequentemente as mãos.[4] A vacina contra a cólera, embora eficaz na prevenção de cólera, é de eficácia questionável contra a diarreia do viajante.[6] Geralmente não é recomendada a administração de antibióticos como forma de prevenção.[2] O tratamento imediato consiste na ingestão de líquidos em quantidade e na reposição de sais minerais entretanto perdidos (terapia de reidratação oral).[2][4] Em casos com sintomas persistentes ou significativos podem ser administrados antibióticos, os quais podem ser tomados com loperamida para diminuir a diarreia.[2] Menos de 3% dos casos requerem tratamento hospitalar.[1]

Estima-se que a doença afete entre 20% e 50% dos viajantes para países em vias de desenvolvimento.[2] A diarreia do viajante é particularmente comum entre viajantes para a Ásia (exceto Japão e Singapura), Médio Oriente, África, México e América Central e do Sul.[4][7] O risco é moderado na Europa meridional, Rússia e China.[8] A diarreia do viajante tem sido associada à síndrome do cólon irritável e síndrome de Guillain-Barré.[1][2]

Referências

Ligações externas