Dark Souls III

jogo eletrônico de 2016 desenvolvido pela FromSoftware

Dark Souls III (ダークソルIII Dāku Souru Surī?) é um jogo do género RPG de ação, o quarto da série Souls, desenvolvido pela FromSoftware e co-realizado por Hidetaka Miyazaki, o criador da série. Dark Souls III foi lançado para Microsoft Windows, PlayStation 4 e Xbox One no dia 24 de março de 2016 no Japão, e a 12 de abril de 2016 no resto do mundo.

Dark Souls III
Dark Souls III
Desenvolvedora(s)FromSoftware
Publicadora(s)Bandai Namco
Entertainment
  • JP FromSoftware
Diretor(es)Hidetaka Miyazaki
Isamu Okano
Yui Tanimura
Produtor(es)Eiichi Nakajima
Projetista(s)Shigeto Hirai
Yuya Kimijima
Hiroshi Yoshida
Junya Ishizaki
Programador(es)Takeshi Suzuki
Compositor(es)Yuka Kitamura
Nobuyoshi Suzuki
Motoi Sakuraba
SérieSouls
Plataforma(s)Microsoft Windows
PlayStation 4
Xbox One
Lançamento
  • JP 24 de março de 2016
  • WW 12 de abril de 2016
Gênero(s)RPG eletrônico de ação
Modos de jogoUm jogador
Multijogador
Dark Souls II

Dark Souls III recebeu aclamação por parte da critica especializada. Os elogios focarem-se sobretudo nos visuais e nas mecânicas de combate, fazendo lembrar o ritmo rápido de Bloodborne, o jogo anterior da FromSoftware. No site de análises agregadas Metacritic a versão Microsoft Windows conseguiu a pontuação de 90/100, o que indica “aclamação universal”.

Jogabilidade

Imagem retirada de Dark Souls III, mostrando o jogador a lutar contra o primeiro chefe do jogo: Iudex Gundyr.

Dark Souls III é um jogo do gênero RPG de ação numa perspectiva de terceira pessoa, similar aos jogos anteriores da série. De acordo com o director Hidetaka Miyazaki, o desenho do jogo “é muito parecido com Dark Souls II”.[1] Os jogadores tem uma grande variedade de armas como arcos, explosivos como bombas de fogo, espadas grandes e duplas, e escudos que repelem os ataques inimigos, protegendo o jogador.[2] Em adição, os ataques podem ser evitados com o dodge-rolling.[3] As fogueiras, que servem como ponto de controle intermediário, regressam para este jogo.[4] As cinzas, de acordo com Miyazaki, têm um papel importante no jogo.[5]

A Magia está incluída no jogo, assim como a barra de magia, similar a Demon's Souls. Cada ataque tem dois estilos diferentes: um é o padrão, enquanto que outro dá melhorias para o jogador, além de ser um pouco mais poderoso. Enquanto fazem milagres e feitiços, os pontos de magia dos jogadores são consumidos e começam a decrescer. Para voltar a enchê-los, os jogadores têm de consumir Ash Estus Flask; existem dois tipos de Estus Flasks: um enche pontos de magia e o outro pontos de vida.[6] O combate e os movimentos são mais rápidos e fluidos que em Dark Souls II.[7][8] Muitos dos movimentos do jogador, como andar para trás e balançar armas mais pesadas, podem ser feitos de uma maneira mais rápida,[9] permitindo que os jogadores façam mais ações num espaço de tempo mais curto.[3]

Por todo o jogo, os jogadores vão encontrar vários tipos de inimigos, com vários comportamentos diferentes. Alguns alteram o padrão de ataque durante os combates.[2] Algumas características de combate são introduzidas em Dark Souls III, incluindo a Ready Stance, que são habilidades para os jogadores causarem muito mais dano aos inimigos que os ataques normais.[2] São também introduzidas pequenas pedras incrustadas que além de servirem como lanternas, proporcionam um papel adicional no jogo.[2] Dark Souls III foca-se mais no aspecto role-playing, na qual a construção da personagem é expandida e as armas são melhoradas para providenciar mais opções tácticas ao jogador.[10] O jogo tem menos mapas que Dark Souls II, mas os níveis estão interligados e são maiores para encorajar a exploração.[4] As estatísticas de adaptabilidade de Dark Souls II foram removidas.[4]

Dark Souls III tem elementos para multijogador, tal como nos jogos anteriores da série.[11]

Desenvolvimento

O desenvolvimento do jogo começou em 2013, antes do lançamento de Dark Souls II, cuja produção estava a cargo de Tomohiro Shibuya e Yui Tanimura em vez do criador da série Hidetaka Miyazaki.[12] O jogo foi produzido ao mesmo tempo que Bloodborne, mas por equipas diferentes. Miyazaki também dirige Dark Souls III, enquanto que Isamu Okano, o director de Steel Battalion: Heavy Armor, serve como co-director juntamente com Yui Tanimura.[13] Apesar de Miyazaki originalmente acreditar que a série não teria muitas sequencias,[14] Dark Souls III é o quinto capítulo da série Souls. Miyazaki referiu mais tarde que o jogo não será o último da série mas antes um “ponto de viragem”, tanto para a série como para o estúdio, visto que foi o último projecto da FromSoftware antes de Miyazaki se tornar o presidente da companhia.[15] Várias imagens do jogo escaparam para a internet antes da sua revelação oficial na Electronic Entertainment Expo 2015.[16][17] O jogo em acção foi depois mostrado durante a Gamescom 2015.[18]

Design

Miyazaki referiu que as limitações de Bloodborne fez com que desejasse voltar a Dark Souls.[19] Segundo ele, os inimigos e os mapas no jogo foram desenhados para matar os jogadores.[20][21] A introdução de Ready Stance foi inspirada em Legolas, um arqueiro de The Lord of the Rings.[5] O design visual do jogo foca-se na “beleza morta”, com brasas e cinzas espalhadas por todo o mundo do jogo.[11]

Trilha sonora

A trilha sonora original do jogo foi escrita inicialmente pela compositora de Dark Souls II e Bloodborne, Yuka Kitamura, e interpretada pela Orquestra Filarmónica de Tóquio. outras músicas adicionais foram escritas pelo compositor de Dark Souls, Motoi Sakuraba, com um tema para cada chefe por Tsukasa Saitoh e Nobuyoshi Suzuki.[22]

Lançamento

Conteúdo da The Prestige Edition.

Dark Souls III foi lançado para Microsoft Windows, PlayStation 4 e Xbox One no Japão a 24 de março de 2016, e no resto do mundo a 12 de abril.[23][24] Um teste de stress ao jogo foi realizado durante três dias no mês de outubro de 2015, permitindo que alguns jogadores escolhidos testassem as funcionalidades online antes do lançamento oficial.[25]

Dark Souls III tem três edições especiais. As pré-reservas automaticamente melhoram o jogo para a Apocalypse Edition, com tem uma caixa especial e a trilha sonora original; a The Collector's Edition contém alguns objetos físicos como uma figura Red Knight, um livro de arte, um mapa e uma caixa; a The Prestige Edition tem todo o conteúdo da anterior, mas acrescenta ainda uma figura de Lord of Cinder em resina, formando assim um par com a de Red Knight.[26]

Além do Season Pass, o jogo ganhou posteriormente duas DLCs com conteúdo adicional: Ashes of Ariandel e The Ringed City.[27][28]

Banda desenhada

Lançada em abril de 2016 e simplesmente intitulada Dark Souls, a banda desenhada oferece diferentes histórias dentro do universo da série ao invés de adaptar as histórias dos jogos. Foi escrita por George Mann (Doctor Who: The 8th Doctor) e desenhada por Alan Quah (Godzilla: Awakening). Dark Souls #1 tem cinco capas diferentes, incluindo duas desenhadas pelos artistas Joshua Cassara e Marco Turini.[29]

Recepção

Análises

 
Resenha crítica
PublicaçãoNota
Destructoid8,5/10[30]
Edge9/10[31][32]
Famitsu38/40[33]
Game Informer9,25/10[34]
GamePlanet7/10[35]
GamesRadar [36]
GameSpot8/10[37]
IGN9,5/10[38]
PC Gamer94/100[39]
Polygon7/10[40]
The Telegraph [41]
Trusted Reviews [42]
Pontuação global
AgregadorNota média
Metacritic(PC) 90/100[43]
(PS4) 89/100[44]
(XONE) 86/100[45]
OpenCritic88/100[46]

Dark Souls III recebeu aclamação universal por parte da critica, com os elogios a focarem-se sobretudo nos visuais e nas mecânicas de combate, fazendo lembrar o ritmo rápido de Bloodborne, o jogo anterior da FromSoftware.[30][34][38][47][48]

Vendas

No Japão a versão para PlayStation 4 de Dark Souls III estreou-se em #2 com mais de 210 mil unidades vendidas, atrás de Dragon Quest Monsters: Joker 3.[49] No Reino Unido estreou-se em #1, registando mais 61% de unidades vendidas comparativamente a Dark Souls II, que até à data era o jogo de maior sucesso da série.[50]

Em maio de 2020, a FromSoftware anunciou que Dark Souls III vendeu até à data 10 milhões de unidades em todo o mundo.[51][52]

Referências

Ligações externas