Pepino

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O pepino é o fruto do pepineiro (Cucumis sativus), que se come geralmente em forma de salada. O pepino é um diurético natural e de grande ajuda na dissolução de cálculos renais. Ele é rico em potássio, que proporciona flexibilidade aos músculos e dá elasticidade às células que compõem a pele. Isso resulta em rejuvenescimento da epiderme, especialmente a do rosto.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaPepino
Cucumis sativus
Cucumis sativus
Classificação científica
Reino:Plantae
Divisão:Magnoliophyta
Classe:Magnoliopsida
Ordem:Cucurbitales
Família:Cucurbitaceae
Género:Cucumis
Espécie:C. sativus
Nome binomial
Cucumis sativus
L.

Descrição

Cucumis sativus em flor.

São lianas (trepadeiras) anuais de folhas lobadas e flor amarela.

As verduras são longas, com casca verde clara com estrias e manchas escuras, polpa de cor clara e sabor suave, com sementes achatadas semelhantes as do melão (Cucumis melo L.), que é outro membro da família Cucurbitaceae.[1]

Origem

O pepino é originário das regiões montanhosas da Índia[2] e apropriado para o plantio em regiões tropicais e temperadas. Tem sido cultivado desde a Antiguidade na Ásia, África e Europa.

Foi trazido para a América por Cristóvão Colombo.[3]

A espécie apresenta grande variação, entre os inúmeros cultivares, quanto a tamanho, forma, cor dos frutos, sabor e características vegetativas.[4]

Utilização

Pepino preparado como picles.

É utilizado normalmente cru em forma de salada ou picles. Também é usado cozido e recheado, em refogados, e em sopas quentes ou frias.[5]

Pomada preparada com pepino, é utilizada para amaciar a pele.[6] O pepino batido no liquidificador com água e mel serve para as mãos ressecadas por detergente.[3]

Depois de colhido e em condição ambiente, o processo de deteriorização do pepino é rápido. Deve ser conservado em geladeira, dentro de sacos de plástico perfurado. A sua duração é de até uma semana sem grandes alterações na cor, sabor e aparência.[5]

Cornichon

O Cornichon é um galicismo que se emprega para designar os "pepinos pequenos" (gherkin), conhecidos como "pepino pequeno de Paris", frutos que se empregam, depois de ser conservados em vinagre, como condimento, picles.[7]

Valor nutricional

Cada 100 gramas de pepino com casca (Cucumis sativus) contém:[8]

Aproximadamente 95 % do pepino é composto por água, sendo entretanto rico em fibras, daí a sua importância para o sistema digestivo.[1] Possui baixo teor de calorias e contém pequenas quantidades de vitamina C e folato.[4]Em 2008 foi homologado pelo RankBrasil – Recordes Brasileiros, como o “Fruto com menor teor calórico do país”.[9]

Esta planta é um ótimo tônico para o fígado, rins e vesícula, e dá força aos cabelos e unhas, pelo seu alto teor de sílica e flúor.[10] É um eficiente diurético natural e ajuda a controlar a alta pressão arterial. Pode ser utilizado também nas enfermidades dos dentes e das gengivas.[2] É indicado para amenizar dores de garganta.[11]

Para facilitar a digestão do pepino, recomenda-se mastigá-lo bem.[5]

Cultivo

O plantio é feito de forma direta no solo, com a utilização de 3 a 4 sementes por cova, a 1,5 cm de profundidade.

Os solos mais indicados são aqueles de textura média, leves, profundos, férteis e bem drenados. O PH do solo deve estar entre 5,5 a 6,5.[4]

A planta melhor se adapta em áreas com clima variando de ameno a quente.

Principais cultivares

Classificação comercial

Cultivo de pepinos na Alemanha, sistema de irrigação e solo protegido contra pragas.

O pepino é comercializado no Brasil em cinco classes de acordo com o comprimento do fruto.[11]

ClasseComprimento (cm)
5Maior ou igual a 5,0 e menor que 10,0
10Maior ou igual a 10,0 e menor que 15,0
15Maior ou igual a 15,0 e menor que 20,0
20Maior ou igual a 20,0 e menor que 25,0
25Maior ou igual a 25,0

É aceito em uma mesma caixa do produto, pepinos pertencentes às classes imediatamente superior ou inferior da especificada no rótulo de identificação. Este desvio não pode ultrapassar 10% do número total de pepinos amostrados.

Galeria

Ver também

Referências

Bibliografia

  • R. W. Robinson, D. S. Decker-Walters: Cucurbits. CAB International, Wallingford 1997, S. 60. ISBN 0-85199-133-5
  • Siegmund Seybold (Hrsg.): Schmeil-Fitschen interaktiv (CD-Rom), Quelle & Meyer, Wiebelsheim 2001/2002, ISBN 3-494-01327-6

Ligações externas

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