Intoxicação alcoólica

Conjunto de efeitos causados pelo uso do álcool
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Intoxicação alcoólica, também denominada embriaguez, é o comportamento negativo e as consequências físicas derivadas da ingestão recente de etanol (álcool).[4][7] Os sintomas da ingestão de pequenas quantidades incluem ligeira sedação e falta de coordenação motora.[1] Em quantidades maiores pode ocorrer fala arrastada, dificuldade em caminhar e vómitos.[1] Em doses extremas o álcool pode causar hipoventilação, coma ou morte.[1] Entre as complicações estão convulsões, pneumonia por aspiração, traumas físicos, diminuição da glicose no sangue.[1][2]

Intoxicação alcoólica
Intoxicação alcoólica
A Embriaguez de Noé de Miguel Ângelo
SinónimosEmbriaguez, abuso de álcool, intoxicação alcoólica aguda (IAA)
EspecialidadeToxicologia, psiquiatria
SintomasLigeira: Sedação ligeira, diminuição da coordenação motora[1]
Moderada: Fala arrastada, dificuldade em caminhar, vómitos[1]
Grave: Hipoventilação, coma[1]
ComplicaçõesConvulsões, pneumonia por aspiração, traumas físicos, diminuição da glicose no sangue[1][2]
Início habitualDe alguns minutos a algumas horas[3]
DuraçãoVárias horas[3]
CausasEtanol (álcool)[4]
Fatores de riscoContexto social, impulsividade[3]
Método de diagnósticoGeralmente baseado no historial de eventos e exame físico[4]
Condições semelhantesEncefalopatia hepática, encefalopatia de Wernicke, intoxicação por metanol, meningite, traumatismo cranioencefálico[4]
TratamentoCuidados de apoio[4]
FrequênciaBastante comum (em particular no Ocidente)[5]
Mortes2 200 por ano (EUA)[6]
Classificação e recursos externos
CID-111339202943
MedlinePlus002644
eMedicine812411
MeSHD000435
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A intoxicação alcoólica tem geralmente início após a ingestão de duas ou mais bebidas alcoólicas.[3] Entre os fatores de risco estão um contexto social em que é normal beber em excesso e a personalidade impulsiva da pessoa.[3] O diagnóstico geralmente tem por base o historial de eventos e um exame físico.[4] Pode também ser útil confirmar os eventos junto de um acompanhante da pessoa.[4] Em termos jurídicos, a intoxicação alcoólica é geralmente definida como uma taxa de alcoolémia no sangue superior a 5,4-17,4 mmol/L (25-80 mg/dL ou 0,025-0,080%).[8][9] Este valor pode ser medido no sangue ou com um alcoolímetro.[3] A eliminação do etanol no sangue é de cerca de 10 a 25 mg/dl por hora.[10]

O tratamento de uma intoxicação alcoólica consiste em cuidados de apoio.[4] Geralmente estes cuidados passam por colocar a pessoa na posição lateral de segurança, mantê-la quente e assegurar-se que respira normalmente.[2] A lavagem gástrica e o carvão ativado não têm demonstrado ser úteis.[4] Em alguns casos podem ser necessárias avaliações repetidas para excluir outras potenciais causas dos sintomas.[4]

A intoxicação alcoólica é bastante comum, particularmente nos países ocidentais.[5] A maior parte dos consumidores de álcool já vivenciou uma intoxicação alcoólica pelo menos uma vez na vida.[3] Nos Estados Unidos a condição é diretamente responsável por cerca de 2 200 mortes em cada ano,[6] e de forma indireta por mais de 30 000 mortes em cada ano.[3] A intoxicação alcoólica tem sido documentada ao longo de toda a História. O álcool continua a ser uma das drogas recreativas mais prevalentes em todo o mundo.[11][12] Algumas religiões consideram que a intoxicação alcoólica é um pecado.[3][13]

Ver também

Referências