Clodomir Millet

político brasileiro

Clodomir Teixeira Millet (Codó, 17 de agosto de 1913Rio de Janeiro, 16 de janeiro de 1988), foi um médico, professor jornalista e empresário e político brasileiro que representou o Maranhão durante vinte e quatro anos no Congresso Nacional.[1][2][3][4][nota 1]

Clodomir Millet

Clodomir Millet
Senador pelo Maranhão
Período1967-1975
Deputado federal pelo Maranhão
Período1951-1967
Dados pessoais
Nascimento17 de agosto de 1913
Codó, MA
Morte16 de janeiro de 1988 (74 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Alma materUniversidade Federal da Bahia
CônjugeMaria Simone Barreira Millet
PartidoPR (1945-1949)
PSP (1949-1965)
ARENA (1966-1975)
Profissãomédico, professor, jornalista, empresário

Dados biográficos

Filho do imigrante libanês Naja José Milet e Rosalina Teixeira Milet, estudou em Codó, Coroatá e São Luís antes de sua mudança para Salvador onde formou-se médico na Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia em 1936. Antes de voltar à capital maranhense como clínico geral e cardiologista, foi como assistente de Clementino Fraga. Presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Maranhão, foi professor de Clínica Médica na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Maranhão. Diretor da Associação Comercial do Maranhão, foi presidente e diretor industrial da Companhia de Desenvolvimento do Rio Anil e também um dos fundadores e diretor-presidente da Rio Anil Plásticos.[3]

Trabalhou nos jornais O Combate, Jornal do Povo e foi diretor do Jornal do Dia, estreando na política sob a legenda do PR em oposição a Vitorino Freire e foi suplente de deputado federal em 1945. Quatro anos depois foi convidado pelo governador de São Paulo, Ademar de Barros, para estruturar o PSP em solo maranhense.[5] Em sua nova legenda foi eleito deputado federal em 1950, 1954 e 1958.[1][4] Durante seu mandato apregoou a necessidade de uma revisão eleitoral no Maranhão, argumentando fraudes como o uso do nome de eleitores mortos para aumentar a votação de certos candidatos.[6] Derrotado ao disputar o governo estadual em 1960, sustentou uma "dupla candidatura" em 1962, mas foi derrotado como postulante a senador e amargou uma suplência como candidato a deputado federal.[nota 2] Efetivado à 4 de maio de 1963 em razão do falecimento de Miguel Bahury num acidente aéreo,[7][8] Clodomir Millet ingressou na ARENA em apoio ao Regime Militar de 1964 e teve recompensada sua luta contra as fraudes no ano seguinte graças ao novo Código Eleitoral.[9][nota 3]

Convidado pelo presidente Castelo Branco a candidatar-se ao governo do Maranhão em 1965, recusou a oferta e com isso abriu caminho para a vitória de José Sarney.[10] Eleito senador por uma sublegenda da ARENA em 1966, afastou-se da política ao fim do mandato, mas em 1985 aceitou o convite do presidente José Sarney para comandar a Companhia Usinas Nacionais, cargo que ocupava quando de sua morte.[11]

Faleceu em 1988 em decorrência de uma embolia pulmonar. Deixou a viúva Maria Simone Barreira Millet e os filhos Maria da Graça Millet Pereira, Evandro Barreira Millet, Paulo Barreira Millet e Maria Lúcia Barreira Millet.

Obras publicadas

  • O ensino da terapêutica na Faculdade de Medicina da Bahia, 1935
  • Sopro circular e sopro córnico, 1937
  • Um novo tratamento para a epilepsia, 1938
  • Paludismo e supra-renais, 1939
  • A insuficiência hepática, 1941
  • Gardiose biliar, 1941
  • A alimentação no Norte do Brasil, 1945.

Notas

Referências