Clevelândia do Norte

Clevelândia do Norte é um distrito do município brasileiro de Oiapoque, no interior do estado do Amapá. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua população no ano de 2010 era de 1 253 habitantes, sendo 687 homens e 566 mulheres, possuindo um total de 428 domicílios particulares.[1] Foi criado pela lei federal nº 1.503, de 15 de dezembro de 1951.[2]

Clevelândia do Norte
  Distrito do Brasil  
Igreja em Clevelândia do Norte
Igreja em Clevelândia do Norte
Igreja em Clevelândia do Norte
Localização
Estado Amapá
MunicípioOiapoque
História
Criado em15 de dezembro de 1951 (distrito)
Características geográficas
Área total12 530 km²
População total (2010)1 253 hab.
Densidade 0,1 hab./km²

Trata-se de uma colônia militar brasileira, criada em 1919, que antigamente era chamada de "Colônia Militar do Oiapoque". Situa-se na margem direita do rio Oiapoque, a cerca de três quilômetros da cidade.

Acesso

O deslocamento da colônia para Oiapoque é feito por meio de pequenas embarcações através do rio Oiapoque, num trajeto que dura 15 a 20 minutos. A largura do rio no trecho Clevelândia–Oiapoque varia entre 800 a 1 200 metros, com poucas ilhas no seu curso. Também é possível deslocar-se através de uma estrada cujo percurso demora de 5 a 10 min de carro.

Campo de Concentração

Ver artigo principal: Colônia penal de Clevelândia

Durante o Governo de Artur Bernardes (1922–1926) foi montado em Clevelândia um campo de concentração[3] lembrado como "inferno verde". Sobreviventes do episódio relataram ter sofrido, sob a guarda do Estado, por insalubridade, falta de estrutura, fome, tortura e trabalhos forçados. Em quatro anos dos 946 presos lá internados 491 morreram,[4] principalmente por doenças. Os prisioneiros políticos, vindos principalmente do Rio de Janeiro e São Paulo, eram militantes do movimento anarco-sindicalista que caracterizou as lutas sociais nas primeiras décadas do século XX e foram presos no bojo da repressão ao movimento tenentista. Também havia presos comuns no campo.

Frequentemente citada por Monteiro Lobato no livro Mr. Slang e o Brasil como o lugar para onde corriam o risco de serem mandados os cérebros pensantes do país.[3]

Ver também

Referências

Ligações externas

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