Ciclogênese explosiva

sistema onde a pressão atmosférica cai a partir de 24 hPa em até 24 h
(Redirecionado de Ciclone bomba)

A ciclogênese explosiva, também conhecida como bomba meteorológica ou ciclone bomba (ou ainda ciclone-bomba), é o rápido agravamento (intensificação) da área de baixa pressão de um ciclone extratropical. [1] [2]

O ciclone-bomba que atingiu o sul do Brasil em julho de 2020

"O ciclone bomba é um ciclone extratropical. Ele acontece quando uma conjunção de fatores naturais possibilita uma queda abrupta da pressão, gerando um intenso deslocamento do ar em poucos minutos. O termo ‘bomba’ vem dessa característica repentina, fruto da rápida queda de pressão, fato que determina qual será a potência da tormenta, gerando fortes rajadas de ventos acompanhadas de tempestades”, explicou o professor de Geografia Augusto Silva no website Guia do Estudante em julho de 2020. [3]

Características

  • Rápida formação devido à queda de pressão muito rápida (no Brasil em julho de 2020, a pressão do ar na tempestade despencou 28 milibares em apenas 24 horas) [1];
  • Ventos altamente destrutivos, acima de 100km/h;
  • É comum que tornados menores se formem durante a passagem de ciclones como este [4];
  • Grandes volumes de chuvas;
  • Típico de regiões de clima subtropical ou temperado (precisa haver a presença de ar quente e frio para a formação);
  • Queda acentuada da temperatura após a tempestade, podendo até ocorrer neve;
  • Aumento da movimentação do oceano, resultando em forte ressaca marítima e águas agitadas;
  • São eventos comuns em alto-mar, mas raros sobre a terra [2].

Eventos conhecidos

Ciclone Bomba no Mar de Bering de novembro de 2014: também chamado de Ciclone Pós-Tropical Nuri pelos serviço meteorológico dos Estados Unidos, foi o mais intenso ciclone extratropical (e também ciclone-bomba) já registrado no Mar de Bering [ao menos até aquela data; dado precisa de revisão/confirmação]. O evento se formou a partir de uma área de circulação em baixo nível que se separou de Tufão Nuri e acabou absorvendo este último. Provocou ventos fortes nas Ilhas Aleutas e houve registro de rajadas de vento de 156 km/ em Shemya, Alasca; [5]

Ciclone Bomba no Mar de Bering de 2015 [6]

Ciclone Bomba no Pacífico Nordeste de janeiro de 2018: evento que se desenvolveu na Costa Oeste dos Estados Unidos; [7]

Ciclone Bomba no Golfo do México de março de 2019: atingiu fortemente os estados do Colorado e Nebraska e também provou estragos no Texas. Os ventos atingiram força equivalente aos ventos de um furacão e milhares de pessoas foram afetadas, com casas sendo destruídas e os serviços de energia elétrica sofrendo avarias. No Texas, ao menos o Aeroporto Municipal de Grand Prairie e o Aeroporto de Denver foram afetados; [8] [9]

Ciclone Bomba no Pacífico Nordeste de outubro de 2021

Ciclone Bomba no Sul do Brasil de julho de 2020: atingiu os estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná no dia 30 de junho de 2020. Treze mortes foram confirmadas, sendo onze em Santa Catarina, uma no Rio Grande do Sul e uma no Paraná. Segundo a Metsul, este evento foi mais mortal que o Furacão Catarina de 2004; [10] [11]

Ciclone Bomba no do Mar de Bering de janeiro de 2021: com pressão atmosférica de 921 hPa [houve registro de 919], foi o evento com o nível mais baixo de pressão atmosférica já registrado no Mar de Bering; [6]

Ciclone Bomba no Pacífico Nordeste de outubro de 2021: na semana de18 de outubro, serviços de Meteorologia começaram a monitorar um ciclone-bomba no Oceano Pacífico Leste/Nordeste, já com previsão de que ele atingisse a costa oeste dos Estados Unidos. Segundo o Accuweather, a partir de meados da semana, o fenômeno atingia uma vasta área entre a Colúmbia Britânica, no Canadá, até partes do sul da Califórnia, provocando ventos e chuvas fortes. No dia 25 de outubro, a Metsul reportou que a "pressão atmosférica de 942,5 hPa observada no Pacífico Noroeste foi a menor já observada pela Meteorologia na região (veja animação aqui). [12] [13] [14] [15] [16]

Ver também

Referências

Leitura adicional