Callistocypraea aurantium

espécie de molusco

Callistocypraea aurantium (nomeada, em inglês, golden cowrie,[3] orange cowry ou morning dawn[4] e, em português, porcelana-dourada)[5] é uma espécie de molusco gastrópode marinho pertencente à família Cypraeidae da ordem Littorinimorpha. Foi classificada por Johann Friedrich Gmelin, com a denominação Cypraea aurantium, em 1791, no Systema Naturae de Lineu.[2] É nativa do oceano Pacífico, no arquipélago da Sociedade, ilhas Gilbert e Ellice, Marshall, Carolinas, Guam, Filipinas, Polinésia Francesa, Nova Caledônia e Fiji;[3][6][7] considerada a espécie-tipo de seu gênero.[1]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaCallistocypraea aurantium
Concha de C. aurantium, vista por cima.
Concha de C. aurantium, vista por cima.
Classificação científica
Reino:Animalia
Filo:Mollusca
Classe:Gastropoda
Subclasse:Caenogastropoda
Ordem:Littorinimorpha
Superfamília:Cypraeoidea
Família:Cypraeidae
Género:Callistocypraea
F. A. Schilder, 1927[1]
Espécie:C. aurantium
Nome binomial
Callistocypraea aurantium
(Gmelin, 1791)[2]
Sinónimos
Cypraea aurantium Gmelin, 1791
Lyncina aurantium (Gmelin, 1791)
Cypraea aurora Lamarck, 1810
(WoRMS)[2]

Descrição da concha e hábitos

Concha oval e de coloração laranja, por vezes da tonalidade de uma fruta de pêssego,[7] com extremidades inferiores brancas, sem mancha alguma. Superfície lisa, brilhantemente polida e sem espiral aparente. Abertura com lábio externo e lábio interno dentados.[8] Chegam de 9[3] a até 12 centímetros em suas maiores dimensões.[9]

Esta espécie é encontrada em águas rasas, até uma profundidade de 25 metros, na zona de arrecifes; principalmente onde existam os mais escuros buracos que possam encontrar, pois Callistocypraea aurantium é muito intolerante à luz, durante o dia, se tornando ativa à noite.[10]

Utilização de Callistocypraea aurantium pelo Homem

No passado, nas ilhas Fiji, esta concha era conhecida como bulikula, perfurada nas suas extremidades e usada em uma corda ao redor do pescoço por chefes como um símbolo de posição ou privilégio.[11] De acordo com relato publicado por Edward Donovan em 1823, ela fora observada entre os nativos do Taiti enfeitando as suas vestes e sendo presa por meio de um cordão que passava por um orifício perfurado para essa finalidade; os seus proprietários não estando facilmente induzidos a se separar delas, alegando que eram encontradas perto de uma ilha a grande distância e, pela direção do local para o qual apontavam, conjecturando-se que fossem provenientes das Fiji. O Capitão Cook e seus homens foram os primeiros europeus a ver essas conchas fijianas, durante sua segunda viagem, de 1772 a 1775, e espécimes foram trazidos à Inglaterra para a ciência.[4][12] Como são moderadamente raras,[3] são apreciadas por colecionadores e valorizadas de forma consistente.[13]

Ligações externas

Referências