Brás do Amaral

político brasileiro
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Brás[1] Hermenegildo do Amaral (Salvador, 2 de novembro de 18612 de fevereiro de 1949) foi um médico, professor, político e historiador brasileiro.

Brás do Amaral
Nascimento2 de novembro de 1861
Salvador
Morte2 de fevereiro de 1949
CidadaniaBrasil
Ocupaçãopolítico, historiador

Biografia

Era filho homônimo de Brás Hermenegildo do Amaral, capitão de polícia, e de D. Josefina Virgínia do Amaral.

Seu pai fora combatente da Guerra do Paraguai, onde obteve medalhas e foi premiado com o título de Cavaleiro da Ordem de Cristo. A despeito disso, grandes foram as dificuldades financeiras que enfrentava a família, de tal sorte que o jovem Brás teve, ainda novo, que trabalhar como professor particular, a fim de assegurar os próprios estudos.[2]

Foi com grande esforço que ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia, a primeira do país. Ao largo dos estudos, leciona no Colégio da Bahia, sempre voltado para a História.

Na Faculdade veio a tornar-se professor, embora mantivesse grande interesse pela pesquisa e publicação de obras sobre a historiografia, especialmente do seu estado natal - a Bahia.

Lecionou "Elementos de Antropologia", no Instituto de Instrução Secundária de Salvador quando, em 1890, procurou a concretização de uma coleção de "objetos antropológicos". De seu trabalho derivou apoio de Nina Rodrigues, que se esforçava na tentativa de classificação racial do povo brasileiro.[3]

Integrou o Corpo Médico que acompanhou as tropas oficiais, na Guerra de Canudos.

Em 1905, quando do incêndio que parcialmente destruiu a Faculdade de Medicina da Bahia, capitaneou o pleito junto ao então Presidente, Rodrigues Alves, no sentido de viabilizar verbas para sua recuperação.[4]

Foi um dos fundadores do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, junto ao dr. Tranquilino Torres, aí ocupando diversos cargos diretivos. Participou, com publicação, do Primeiro Congresso de História Nacional 1914.[5]

Na vida pública ocupou, ainda a legislatura federal, pelo Partido Republicano da Bahia, por três mandatos (1924-26, 1927-29 e 1930).[6][7]

Foi membro-fundador da Academia de Letras da Bahia, onde ocupava a Cadeira 4, cujo Patrono é Sebastião da Rocha Pita.

Foi autor de obra referente aos limites do Estado da Bahia, onde serve-se de farta documentação - refutada especialmente pelos sergipanos.

Homenagens

Brás do Amaral é nome de escolas na Bahia, além de nomear ruas, como no Bonfim, bairro da capital baiana, ou em Vitória da Conquista.

Bibliografia

Brás do Amaral é um dos mais profícuos historiadores baianos do fim do século XIX e começo do XX. Dentre suas obras, destacam-se:

  • História da Bahia - do Império à República;
  • História da Independência na Bahia;
  • A Conspiração Baiana de 1798;
  • Ação da Bahia na Obra da Independência Nacional.

Referências

Para saber mais

  • CASTRO, Renato Berbet de. Breviário da Academia de Letras da Bahia: 1917-1994, 2ª ed., Conselho Estadual de Cultura, Salvador, 1994.