Astraea heliotropium

espécie de molusco

Astraea heliotropium (nomeada, em inglês, sunsnail, sunburst star turban, sunburst star shell, sun shell e imperial sun trochus; na tradução para o português, "caracol sol", "turbante estrela reluzente", "concha estrela reluzente", "concha sol" ou "Trochus - um gênero aparentado - solar imperial";[3][6][7][8] em alemão, Sonnenschnecke; na tradução para o português, "caracol solar";[7] conhecida como ripo matamata entre os maoris)[9] é uma espécie de molusco gastrópode marinho pertencente à família Turbinidae da subclasse Vetigastropoda. É nativa do sudoeste do oceano Pacífico, sendo endêmica da Nova Zelândia.[1] Foi descoberta durante a segunda viagem de James Cook à região[6][8] e classificada por Thomas Martyn, com o nome Trochus heliotropium, em 1784; na obra The Universal Conchologist, Exhibiting the Figure of Every Known Shells, publicada em 4 volumes, em Londres, e contendo duas imagens ilustradas em vista superior e inferior.[1]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaAstraea heliotropium
A. heliotropium em vista superior.
A. heliotropium em vista superior.
A. heliotropium em vista inferior.
A. heliotropium em vista inferior.
Classificação científica
Reino:Animalia
Filo:Mollusca
Classe:Gastropoda
Subclasse:Vetigastropoda
Ordem:Trochida
Superfamília:Trochoidea
Família:Turbinidae
Subfamília:Turbininae
Género:Astraea
Röding, 1798[1]
Espécie:A. heliotropium
Nome binomial
Astraea heliotropium
(Martyn, 1784)[1]
A. heliotropium é o par mais abaixo (em vista inferior e superior) nesta ilustração da obra Kunstformen der Natur (1904), por Ernst Haeckel.[2]
A. heliotropium, uma das espécies mais cobiçadas de Turbinidae para coleção.[3]
Distribuição geográfica
A. heliotropium é espécie endêmica da Nova Zelândia, ocorrendo ao redor das duas ilhas principais, de norte a sul; também encontrada nas ilhas Stewart e Chatham.[4][5]
A. heliotropium é espécie endêmica da Nova Zelândia, ocorrendo ao redor das duas ilhas principais, de norte a sul; também encontrada nas ilhas Stewart e Chatham.[4][5]
Sinónimos
Trochus heliotropium Martyn, 1784
Trochus imperialis Gmelin, 1791
Solarium radiatum Fischer von Waldheim, 1807
Imperator aureolatus Montfort, 1810
Liotia solitaria Suter, 1908[1][6]

Descrição da concha e hábitos

Concha grande e robusta,[10] chegando a pouco mais de dez centímetros de largura e sete de altura,[11] com uma espiral moderadamente alta e umbílico profundo e largo, quando vista por baixo. As voltas da espiral são bem arredondadas, enquanto a última volta é inclinada em sua base. Superfície com entalhes, como escamas. Concha de coloração creme a acinzentada e com projeções triangulares, como espinhos, em sua periferia. Borda de cada volta apresentando-se serreada, com espinhos curvados ligeiramente para cima; resultado dos espinhos periféricos das voltas anteriores, escondendo a sutura (junta de cada volta).[10][12] Face inferior com escultura de cinco fileiras de nódulos espirais.[11] Com área do umbílico amarelada e abertura fortemente nacarada. Opérculo calcário, ovalado, com mácula marrom em seu centro.[10][13]

É uma espécie encontrada em águas profundas.[6][11]

Distribuição geográfica e raridade

Descoberta durante a segunda viagem do Capitão Cook à Nova Zelândia e trazida até a Inglaterra pelos navios Resolution e Adventure,[6][8] Astraea heliotropium ocorre ao redor das duas ilhas principais, de norte a sul; também encontrada nas ilhas Stewart e Chatham.[4][5] Durante muitos anos foi considerada um caro item de colecionador e por algum tempo superou o valor até mesmo da "porcelana-dourada", Callistocypraea aurantium, outra valiosa espécie coletada pela expedição de Cook.[8]

Taxonomia

Durante os séculos XVIII, XIX e XX inúmeras espécies estiveram incluídas dentro do gênero Astraea Röding, 1798. Estudos posteriores concluíram que apenas Astraea heliotropium e duas espécies fósseis do Cenozoico, da mesma região, Astraea bicarinata (Suter, 1917) e Astraea stirps (Laws, 1932), continuariam com a denominação deste táxon.[14][15]

Ligações externas

Referências