Aruá-do-mato

espécie de molusco

O aruá-do-mato[2] (nome científico: Megalobulimus oblongus) é uma espécie de molusco gastrópode da família dos estrofoqueilídeos (Strophocheilidae) e subfamília dos megalobulimíneos (Megalobuliminae).[3][1] É endêmico da América do Sul.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaAruá-do-mato


Classificação científica
Reino:Animalia
Filo:Mollusca
Classe:Gastropoda
Subclasse:Heterobranchia
Infraclasse:Euthyneura
Superordem:Eupulmonata
Ordem:Stylommatophora
Subordem:Helicina
Infraordem:Rhytidoidei
Superfamília:Rhytidoidea
Família:Strophocheilidae
Subfamília:Megalobuliminae
Género:Megalobulimus
Espécie:M. oblongus
Nome binomial
Megalobulimus oblongus
O. F. Müller, 1774
Sinónimos[1]
  • Ampullaria rosea (Spix, 1827)
  • Borus oblongus (O. F. Müller, 1774)
  • Bulimus (Borus) oblongus (O. F. Müller, 1774)
  • Bulimus hemastomus (de Roissy, 1805)
  • Bulimus oblongus (O. F. Müller, 1774)
  • Bulimus roseus (Montfort, 1810)
  • Bulimus vaporeus (Mousson, 1870)
  • Bulla occidua (G. Shaw, 1797)
  • Helix oblonga (O. F. Müller, 1774)
  • Helix ovalis (W. Wood, 1818)
  • Helix ovipara (Solander, 1786)
  • Helix semilineata (Menke, 1828)
  • Strophocheilus (Borus) capillaceus (A. Weber, 1925)
  • Strophocheilus (Borus) oblongus (O. F. Müller, 1774)
  • Strophocheilus (Megalobulimus) oblongus (O. F. Müller, 1774)
  • Strophocheilus oblongus (O. F. Müller, 1774)
  • Strophochilus oblongus (O. F. Müller, 1774)

Descrição

A casca do aruá-do-mato pode variar em cor de marrom, bronzeado e rosa. Não há marcas de cor na casca por dentro. Pode crescer até 70-100 milímetros, com cinco a seis espirais. A abertura (boca) e os lábios dos adultos desta espécie são rosados. O umbigo é coberto pela columela. Esta espécie é muito semelhante em aparência ao caramujo-gigante-africano (Lissachatina fulica), porém as diferenças óbvias incluem:[4]

  • O verticilo logo acima do verticilo do corpo tem uma protuberância característica e a columela do caramujo-gigante-africano é truncada.
  • O corpo do animal tem textura macia e gelatinosa, quando comparado ao toque mais coriáceo dos acatinídeos.
  • Menos muco é produzido.
  • A concha do aruá-do-mato é branca, enquanto a do caramujo-gigante-africano é marrom.
  • Na cabeça, parte da boca, tem "frodas" (pequenas protuberâncias de cada lado) que o caramujo-gigante-africano não tem.

Distribuição e habitat

O aruá-do-mato tem ampla distribuição na América do Sul, tendo sido relatada sua presença no Brasil,[5] Uruguai,[1] Paraguai, Colômbia, Argentina e Venezuela (país onde é comumente conhecido como guacará ou guarura).[6][7][8][9][10] Além disso, foi relatado no Caribe, nas ilhas de Barbados e Jamaica.[11] Habita florestas tropicais em áreas com solo úmido, embaixo de troncos caídos, folhas em decomposição (serapilheira), frestas de muros, arbustos e húmus.[12]

Ecologia

O aruá-do-mato é herbívoro e se alimenta de plantas e algas. Tem hábitos noturnos, estando ativo sobretudo à noite. É mais comumente avistado em dias de chuva ou com neblina, se deslocando sobre gramados nas primeiras horas do dia. Atinge a maturidade sexual após os três anos e deposita uma dúzia de ovos de 27 a 30 milímetros. Os ovos eclodem de quatro a cinco semanas.[12]

Estado de conservação

Não há informações suficientes sobre seu estado de conservação, pois a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN) não possui informações atualizadas devido à falta de estudos. Em 2007, o aruá-do-mato foi classificada como em perigo na Lista de espécies de flora e fauna ameaçadas de extinção do Estado do Pará;[13] e em 2018, com a rubrica de "dados insuficientes" na Lista Vermelha do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[14][15]

Referências

Referências

Wikispecies
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