Apeadeiro de Alcáçovas
O Apeadeiro de Alcáçovas (nome anteriormente grafado como "Alcaçovas"[3] e assim tradicionalmente grafado pela C.P. posteriormente),[1] é uma infraestrutura da Linha do Alentejo, que serve nominalmente a localidade de Alcáçovas, no concelho de Viana do Alentejo, em Portugal.
Alcáçovas | |||||||||||
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dístico azulejar de apeadeiro de Alcáçovas, em 2009 | |||||||||||
Identificação: | 74120 ALC (Alcáçovas)[1] | ||||||||||
Denominação: | Apeadeiro de Alcáçovas | ||||||||||
Administração: | Infraestruturas de Portugal (sul)[2] | ||||||||||
Classificação: | A (apeadeiro)[1] | ||||||||||
Tipologia: | D [2] | ||||||||||
Linha(s): | Linha do Alentejo (PK 102+253) | ||||||||||
Altitude: | 190 m (a.n.m) | ||||||||||
Coordenadas: | 38°24′24.56″N × 8°5′43.94″W (=+38.40682;−8.09554) | ||||||||||
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Município: | Évora | ||||||||||
Serviços: | |||||||||||
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Endereço: | PT-7000-092 Alcáçovas | ||||||||||
Website: |
Descrição
Localização e acessos
Este interface encontra-se junto à fronteira entre os concelhos de Viana do Alentejo (freg. Alcáçovas) e Évora (freg. Tourega e Guadalupe), do lado deste último. O edifício de passageiros situa-se do lado poente da via,[4][5] integrado no casario de Almargias da Figueira, junto ao entroncamento da EN380 na EN257; a povoação nominal situa-se a pouco mais de seis quilómetros, para oés-sudoeste.[6]
Infraestrutura
O edifício de passageiros, em desuso,[7] situa-se do lado poente da via (lado direito do sentido ascendente, a Funcheira).[4][5] Como apeadeiro numa linha de via única, esta interface tem uma só plataforma, que tem 80 m de comprimento e 40 cm de altura.[2]
Serviços
Esta estação é utilizada por serviços Intercidades da operadora Comboios de Portugal.[8]
História
Esta interface insere-se no lanço da Linha do Alentejo entre Vendas Novas e Beja, que abriu à exploração em 15 de Fevereiro de 1864.[9]
Em 1913, a estação era servida por uma carreira de diligências até à povoação de Alcáçovas.[10] Em 15 de Abril de 1919, o jornal A Capital noticiou que tinha ocorrido um choque de comboios em Alcáçovas, tendo um comboio de mercadorias parado na estação sido abalroado por um comboio que seguia para o Algarve. Este acidente não provocou vítimas pessoais, tendo ficado danificado apenas um vagão que descarrilou na sequência do embate.[11]
Em 11 de Maio de 1927, as linhas dos Caminhos de Ferro do Estado passaram a ser exploradas pela Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.[12] Em 1934, foram autorizadas obras de modificação das rasantes das linhas neste apeadeiro.[13] Em 1939, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses fez grandes obras de reparação no edifício desta estação.[14] Em 1941, a operadora tinha um serviço de autocarros entre a vila do Torrão e a estação de Évora, com paragens na localidade e nesta interface, que nessa altura tinha a classificação de estação.[15] Um edital publicado no Diário do Governo n.º 38, III Série, de 14 de Fevereiro de 1956, informou que a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses tinha pedido autorização ao governo para reiniciar a carreira de autocarros do Torrão à Estação Ferroviária de Évora, mantendo igualmente as paragens na vila e na estação de Alcáçovas.[16] Em 1988 este interface tinha ainda classificação de estação,[5] tendo sido despromovido a apeadeiro mais tarde,[quando?] antes de 2005.[17]
Em 10 de Maio de 2010, foram suspensos os serviços entre Beja e Casa Branca, para se iniciarem as obras de remodelação da via férrea.[18] No entanto, em 14 de Junho do mesmo ano, o serviço regional entre Beja e Alcáçovas foi retomado, sendo o percurso entre este apeadeiro e as localidades de Évora e Casa Branca asseguradas por transporte rodoviário.[19] A circulação foi normalizada no dia 24 de Julho de 2011, tendo a operadora Comboios de Portugal organizado comboios que fazem serviços intercidades entre Casa Branca e Beja.[20]
Em Junho de 2021, a empresa Infraestruturas de Portugal anunciou a intenção de demolir os edifícios de passageiros tanto neste apeadeiro como no de Alvito e substituí-los por abrigos em cimento, no âmbito do programa de modernização da Linha do Alentejo, alegando que os imóveis estavam «em adiantado estado de degradação» e por «não serem necessários para a exploração ferroviária, nem para instalações técnicas nem para o operador ferroviário», referindo-se à empresa Comboios de Portugal.[7]
Ver também
Referências
Bibliografia
- REIS, Francisco; GOMES, Rosa; GOMES, Gilberto; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. Lisboa: CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X
Leitura recomendada
- ABRAGÃO, Frederico de Quadros (1956). Caminhos de ferro portugueses – esboço da sua história. Lisboa: Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses
- VILLAS-BOAS, Alfredo Vieira Peixoto de (2010) [1905]. Caminhos de Ferro Portuguezes. Lisboa e Valladollid: Livraria Clássica Editora e Editorial Maxtor. 583 páginas. ISBN 8497618556