Antonio Tavolari
Antonio Elías Tavolari Vásquez (Valparaíso, 8 de maio de 1921 – Mendoza, 28 de março de 1980) foi um advogado e político chileno.[1][2] Membro do Partido Socialista, serviu como deputado no Congresso Nacional do Chile, entre os anos de 1969 e 1973.[3][4]
Antonio Tavolari | |
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![]() Tavolari | |
Vereador de Valparaíso | |
Período | 1963 até 1969 |
Deputado no Congresso Nacional do Chile | |
Período | 1969 até 1973 |
Dados pessoais | |
Nome completo | Antonio Elías Tavolari Vásquez |
Nascimento | 8 de maio de 1921 Valparaíso, Chile |
Morte | 28 de março de 1980 (58 anos) Mendoza, Argentina |
Nacionalidade | chileno |
Progenitores | Mãe: Ester Vásquez Rodríguez Pai: Antonio Tavolari López |
Alma mater | Universidade do Chile |
Cônjuge | Margarita Cristinich Ivatchet |
Partido | Partido Socialista do Chile |
Profissão | advogado |
Biografia
Primeiros anos e formação acadêmica
Filho de Antonio Tavolari López e de Ester Vásquez Rodríguez, Antônio nasceu na comuna de Valparaíso, que é a capital da província de Valparaíso, no ano de 1921.[3][5] Realizou seus estudos iniciais e médios no Deutsche Schule Valparaíso – colégio alemão do município – e no Liceo Bicentenario de Viña del Mar.[3][6]
Formou-se no curso de Direito pela Universidade do Chile no campus de Valparaíso.[3] Também estudou Sociologia durante os anos universitário.[1] Marcou presença na área de comunicação da universidade ao ser um dos fundadores, no ano de 1948, da rádio universitária, a Radio Valentin Letelier, que na sua fundação foi um importante canal da Universidade do Chile com a comunidade acadêmica.[7][8] Atualmente, a rádio é utilizada como eixo de comunicação para a Universidade de Valparaíso, que sucedeu a Universidade do Chile na cidade.[9]
Atuação
No ano de 1951, foi um dos profissionais que impulsionou a criação do Instituto Educacional Valparaíso, onde trabalhou como diretor.[3] Em 1960, foi fundador da Escola Técnica Feminina Gabriela Mistral, instalada em Rancagua.[3] Ainda atuou como conselheiro do Colégio de Arquitetos de Valparaíso.[7][10]
Política
Durante a universidade, passou a ter contato com a militância política, filiando-se ao Partido Socialista do Chile.[11] Foi eleito vereador de Valparaíso em 1963, permanecendo no cargo até 1969, após ser reeleito ao cargo no ano de 1967.[3][12]
No ano de 1966, foi candidato a eleição complementária para o Congresso Nacional do Chile, visando representar a região de Valparaíso, Ilha de Páscoa e Quillota no âmbito federal chileno. Após articulação com o senador comunista Luis Corvalán, contou com apoio do Partido Comunista do Chile (PCCh) em sua candidatura em Valparaíso.[13] Apesar da união ente comunistas e socialistas, a campanha não obteve êxito após ter uma votação expressiva 28% dos votos, sendo derrotado pelo candidato do Partido Democrata Cristão do Chile, Juan Montedónico Nápoli, que angariou 49% dos votos.[13][14]
Em 1969, foi eleito deputado para o Congresso Nacional do Chile.[7] Socialista moderado, viajou à Pequim na China, conhecer o primeiro-ministro chinês Zhou Enlai, no ano de 1970, o que fez o Chile tornar-se o primeiro país sul-americano a estabelecer relações diplomáticas com a República Popular da China.[3]
Tavolari deixou o Congresso Nacional do Chile através de um discurso em 25 de abril de 1973, optando por não disputar a reeleição.[15] Próximo ao presidente chileno, Salvador Allende, também socialista, em seu último discurso demonstrou preocupação com a via chilena e o futuro do socialismo democrático.[15][12]
Com o Golpe de Estado no Chile em 1973 e a deposição de Salvador Allende, Tavolari já não ocupava cargos eletivos durante o início da Ditadura militar chilena.[16][17] Apesar de não ocupar cargos, passou para a oposição, sendo preso inúmeras vezes pelo governo, chegando a ser torturado pela ditadura comandada por Augusto Pinochet.[1][12]
Morte
Exilado na Argentina, morreu aos cinquenta e oito anos de idade, no ano de 1980, em Mendoza.[1] Foi casado com Margarita Cristinich Ivatchet.[3]