Antonio Nunes Leite

Procurador, Advogado, Professor, jornalista e Maçom

Antonio Nunes Leite (nasceu em Maceió, Alagoas em 23 de outubro de 1882 - Maceió, Alagoas, 20 de outubro de 1964), foi um advogado, professor, procurador, jornalista e Maçom.

Antonio Nunes Leite
Nome completoAntonio Nunes Leite
Outros nomesDr. Antonio Nunes Leite, Bacharel Nunes Leite
Conhecido(a) porSer Procurador da República, advogado e por ser preso durante 1 semana em março de 1936
Nascimento23 de outubro de 1882
Maceió, Alagoas
Morte20 de outubro de 1964 (59 anos)
Maceió, Alagoas
ResidênciaSolar Nunes Leite
Nacionalidadebrasileiro
EducaçãoFormado em Direito
OcupaçãoAdvogado, Procurador da República e Professor

Era filho do comendador Jacintho Nunes Leite e de sua esposa, Maria Thereza de Jesus.[1]

O seu pai contratava professores da europa para dar aulas para ele.

Se formou em Direito em 1907.[2][3] Fundou em 14 de abril 1912 o jornal O Alagoas, e abandonou o jornal após sofrer um ataque em 1914.[4]

Antonio Nunes Leite foi o juiz de gol e juiz do jogo da primeira partida do primeiro clube de futebol de Alagoas, o Alagoano Foot-ball club, em 31 de março de 1909 as 16 horas.[5]

Era redator do jornal matutino Diário do Povo, editado entre 1916 e 1918.[6]

Fundou a fábrica de vidros Leite & Leite juntamente com os seus irmãos, Engenheiro Jacintho Leite Filho e Maria Nunes Leite. Teve o custo de 300:000$000 de Réis. A fábrica foi inaugurada em 31 de Janeiro de 1920, na época foi considerada a maior do Norte e Nordeste e a mais bem equipada do Brasil. Em 26 de março de 1920, o seu irmão Jacintho Leite Filho acabou falecendo após escorregar e cair em cima do vidro ainda quente depois de tentar quebrar com uma picareta o vidro que estava misturado com terra.[7]

Foi condecorado pela Marinha do Brasil por negociar a compra de navios de guerra.

Foi Procurador da República de Alagoas e fundou a banda Lyra de Santo Antônio.[8]

Se casou em 22 de fevereiro de 1922 com Astrogilda Alves Ether, poeta e pianista que compôs o hino a Santo Antônio da matriz de bebedouro, filha do comandante, coronel Olympio Ether e de sua primeira esposa Ursulina Alves Tosta.[9][10][11] Astrogilda era irmã de Agripino Ether, Poeta, Dentista e Professor.

Em 1925 ele era diretor do jornal Gazeta de Noticias.[12]

Antonio Nunes Leite tentou se canditar como deputado estadual de Maceió. Ele foi delegado geral da liga marítima e Professor de Sociologia.[13]

Em Março de 1936 era o advogado responsável pela defesa de presos políticos por suspeita de Comunismo quando foi preso durante 1 semana por ordem de Newton Cavalcanti. Entre os presos estava o Dr. Sebastião da Hora e Graciliano Ramos.


Após o ocorrido Antonio acabou perdendo permanentemente a visão de 1 olho e recuperou a visão do segundo olho após realizar uma cirurgia 7 anos depois.

Antonio Nunes Leite foi o responsável por realizar o calçamento do bairro de bebedouro em 1959.[14]

Solar Nunes Leite na praça Coronel Lucena Maranhão, Maceió , em 2016

Morou no Solar Nunes Leite, Propiedade que pertenceu ao seu pai, o comendador Jacintho Nunes Leite.

Antonio Nunes Leite faleceu em 20 de outubro de 1964 em Maceió, Alagoas.

Homenagens

Foi criada em sua homenagem a Rua Dr. Antonio Nunes Leite.[15]

No livro Memórias do Cárcere do escritor Graciliano Ramos, o Dr. Antonio Nunes Leite é mencionado como "Bacharel Nunes Leite".[16]

Grêmio Literário e Artístico Professor Doutor Antônio Nunes Leite.[17][18][19]

Descendência

Antonio Nunes Leite teve 1 filho com Astrogilda Alves Ether:

Antonio Ricardo de Nunes Leite, se formou em Direito, foi um Procurador da República em Brasília, um promotor e foi sócio fundador da Academia de Letras, Artes E Pesquisas de Alagoas – ALAPA, com descendência.[6][20][9]

Referências