André Brink

André Philippus Brink, OIS (Vrede, 29 de maio 1935Cidade do Cabo, 6 de fevereiro 2015) foi um romancista, ensaísta e poeta sul-africano.

André Brink
André Brink
NascimentoAndré Philippus Brink
29 de maio de 1935
Vrede
Morte6 de fevereiro de 2015 (79 anos)
CidadaniaÁfrica do Sul
CônjugeKarina Szczurek
Irmão(ã)(s)Elsabe Brink
Alma mater
  • Universidade do Noroeste
Ocupaçãolinguista, escritor, tradutor, professor universitário, especialista em literatura, literata(o)
Prêmios
  • Cavaleiro da Legião de Honra
  • Oficial das Artes e das Letras
  • Ordem de Ikhamanga
  • Reina Prinsen Geerligs prize (1965)
  • Monismanien Prize (1989)
  • Prémio Médicis estrangeiro (1980)
  • honorary doctor of the University of the Witwatersrand (1985)
  • honorary doctor of the Catholic University of Louvain (2015)
  • honorary doctor of the University of Pretoria (2003)
  • honorary doctor of the University of the Free State (1997)
  • The Sunday Times Fiction Prize
Empregador(a)Universidade da Cidade do Cabo
Obras destacadasAn Act of Terror
Movimento estéticoSestigers

Escreveu em Afrikaans e Inglês e ensinou Inglês na Universidade da Cidade do Cabo.[1]

Na década de 1960, Brink, Ingrid Jonker, Etienne Leroux e Breyten Breytenbach foram figuras-chave no significativo movimento literário Afrikaans conhecido como Die Sestigers ("The Six -ers"). Esses escritores procuraram usar o afrikaans como língua para falar contra o governo do apartheid e também para trazer para a literatura afrikaans a influência das tendências contemporâneas do inglês e do francês. Embora os primeiros romances de Brink estivessem especialmente preocupados com o apartheid, os seus trabalhos posteriores abordaram a nova gama de questões colocadas pela vida numa África do Sul democrática.

Biografia

Brink nasceu em Vrede, no Estado Livre. Brink mudou-se para Lydenburg, onde se matriculou na Hoërskool Lydenburg em 1952 com sete distinções, sendo o segundo aluno do então Transvaal a alcançar esse feito, e estudou literatura Afrikaans na Potchefstroom University of South Africa. O seu imenso apego à literatura o levou-o à França de 1959 a 1961, onde se formou em literatura comparativa pela Sorbonne Université em Paris.

Durante sua estada, ele deparou-se com um facto inegável que mudou a sua opinião para sempre: os alunos negros eram tratados de forma igualitária aos demais alunos. De volta à África do Sul, ele tornou-se num dos mais proeminentes escritores Afrikaans, juntamente com o romancista Etienne Leroux e o poeta Breyten Breytenbach, a desafiar a política de apartheid do Partido Nacional através da sua escrita. Durante uma segunda estada na França entre 1967 e 1968, ele endureceu a sua posição política contra o Apartheid e começou a escrever em Afrikaans e Inglês para aumentar a sua audiência e superar a censura que enfrentava no seu país natal naquela época.

De facto, o romance Kennis van die aand (1973) foi o primeiro livro em afrikaans alvo de confiscação pela Censura do regime de Apartheid.[2]

André Brink traduziu Kennis van die ae para o inglês e publicou-o no estrangeiro, entitulado: Looking on Darkness . Esta foi a sua primeira autotradução.[3] Depois disso, André Brink passou a escreveu as suas obras simultaneamente em inglês e em afrikaans.[4] Em 1975, ele obteve seu PhD em Literatura na Universidade de Rhodes.

Nos anos setenta e oitenta, Brink (ao lado dos vencedores do Prémio Nobel da Literatuta Nadine Gordimer e J.M. Coetzee) tornou-se o mais famoso autor sul-africano com traduções dos seus trabalhos em mais de trinta línguas.

Em 2008, ecoando uma cena do seu romance A Chain of Voices, a família foi assolada pela tragédia, quando o seu sobrinho Adri Brink foi assassinado frente à sua esposa e filhos ma sua própria casa em Gauteng.[5]

Ele morreu durante um vôo de Amsterdão para a África do Sul após uma visita na Bélgica, onde recebeu um doutorado honorário da Université Catholique de Louvain francófona belga.[6] Brink foi casado cinco vezes. O filho de Brink, Anton Brink, é um artista.[7]

Trabalhos

Para uma lista de publicações mais abrangente, consulte o artigo em Afrikaans sobre André P. Brink.

Romances

André Brink
  • O embaixador
  • Olhando na escuridão (1973)
  • An Instant in the Wind (1975) - selecionado para o Prémio Booker.
  • Rumours of Rain (1978) - selecionado para o Booker Prize
  • A Dry White Season (1979) - Prémio Memorial Martin Luther King[8]
  • A Chain of Voices (1982)
  • O Muro da Peste
  • Estados de Emergência (1989)
  • Um ato de terror (1992)
  • A Primeira Vida de Adamastor (1993)
  • Pelo contrário (1994)
  • Imaginings of Sand (1996)
  • Devil's Valley (1998)
  • Os direitos do desejo (2000)
  • O outro lado do silêncio (Anderkant die Stilte) (2002)
  • Before I Forget (2004)
  • O Outro Lado do Silêncio (2004)
  • Praying Mantis (2005)
  • The Blue Door (2006)
  • Outras Vidas (2008)
  • Philida (2012)

Memórias

  • A Fork in the Road (2009)

Ensaios

  • Línguas do romance: Reflexões de um amante (1998)

Ligações externas

Referências