Amicacina

composto químico
Amicacina
Alerta sobre risco à saúde
Nome IUPAC6-O-(3-amino-3-desoxi-alfa-D-glucopiranosil)-4-O-(6-amino-6-

desoxi-alfa-D-glucopiranosil)-N[-[(2S)-4-amino-2--hidroxibutanoil]-2-desoxi-D-estreptamina.

Identificadores
Número CAS37517-28-5
Propriedades
Fórmula químicaC22H43N5O13
Massa molar585.53 g mol-1
AparênciaPó branco ou quase branco[1]
Solubilidade em águaLigeiramente solúvel na água[1]
SolubilidadePouco solúvel no metanol, praticamente insolúvel na acetona e no álcool.[1]
Farmacologia
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedadesn, εr, etc.
Dados termodinâmicosPhase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectraisUV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

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Alerta sobre risco à saúde.

A amicacina é um fármaco antibiótico da classe dos aminoglicosídeos. Tem maior atuação sobre bactérias gram-negativas e é bactericida. Pode produzir oto e nefroxidade.[2]

Quimicamente, é um derivado semi-sintético da canamicina.[2]

Indicações terapêuticas

Estudos clínicos demonstraram que a injeção de sulfato de amicacina é eficaz na septicemia bacteriana (incluindo sepse neonatal); em infecções graves do trato respiratório, ossos e articulações, sistema nervoso central (incluindo meningite) e pele e tecidos moles; infecções intra-abdominais (incluindo peritonite); e em queimaduras e infecções pós-operatórias (incluindo cirurgia pós-vascular). Estudos clínicos demonstraram que a amicacina também é eficaz em infecções graves complicadas e recorrentes do trato urinário causadas por esses organismos. Os aminoglicosídeos, incluindo a injeção de sulfato de amicacina, não são indicados em episódios iniciais não complicados de infecções do trato urinário, a menos que os organismos causadores não sejam suscetíveis a antibióticos com menor toxicidade potencial.[3]

Efeitos colaterais

Todos os aminoglicosídeos têm o potencial de induzir toxicidade auditiva, vestibular e renal e bloqueio neuromuscular. Ocorrem com maior frequência em pacientes com história corrente ou pregressa de insuficiência renal, de tratamento com outras drogas ototóxicas ou nefrotóxicas e em pacientes tratados por períodos mais longos e/ou com doses superiores às recomendadas.[3]

Neurotoxicidade, nefrotoxicidade e/ou ototoxicidade pode acometer de 1 à 10% dos pacientes tratados com amicacina.[4] Os demais efeitos colaterais (menos de 1%) são: hipotensão, dor de cabeça, febre medicamentosa, erupção cutânea, náusea, vômito, eosinofilia, parestesia, tremor, artralgia, fraqueza e reação alérgica.[4]

Neurotoxicidade-Ototoxicidade

Os efeitos tóxicos no oitavo nervo craniano podem resultar em perda de audição, perda de equilíbrio ou ambos. A amicacina afeta principalmente a função auditiva. O dano coclear inclui surdez de alta frequência e geralmente ocorre antes que a perda auditiva clínica possa ser detectada.[3][5]

Neurotoxicidade-bloqueio neuromuscular

Paralisia muscular aguda e apnéia podem ocorrer após o tratamento com medicamentos aminoglicosídeos.[3]

Nefrotoxicidade

Elevação da creatinina sérica, albuminúria, presença de glóbulos vermelhos e brancos, cilindros, azotemia e oligúria foram relatados. As alterações da função renal geralmente são reversíveis quando o medicamento é descontinuado. Como seria de se esperar com qualquer aminoglicosídeo, notificações de nefropatia tóxica e insuficiência renal aguda foram recebidas durante a vigilância pós-comercialização.[3]

Interações medicamentosas

Diuréticos de alça (intravenoso) podem resultar em aumento da ototoxicidade.

Referências


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