Althaea
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/4a/Disambig_grey.svg/20px-Disambig_grey.svg.png)
Althaea é um género botânico de 18 espécies reconhecidas [1] de herbáceas perenes pertencente à família das malváceas, comummente designadas malvaísco[2]O género foi descrito por L., tendo sido publicado em Species Plantarum 2: 686. 1753.[3]
Althaea | |||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Classificação científica | |||||||||||||
| |||||||||||||
Espécies | |||||||||||||
Há espécimes cujas flores vão desde o branco (Althaea officinalis), passando pelo rosa suave até ao rosa intenso (Althaea rosea).[4]
Nomes comuns
Além do nome malvaísco, dá ainda pelos nomes alteia[5] e malvavisco[6]
Descrição
Herbáceas perenes com talos geralmente cotanilhosos ou com densa penugem. Folhas inteiras, crenadas, dentadas, palmatilobadas o palmatipartidas razoavelmente pubescentes. Flores relativamente pequenas, em general largamente pedunculadas, solitárias ou em fascículos axilares.[4]
Epicálice de 6-12 peças soldadas na base e cálice de 5 sépalas também soldados. Pétalas de 1 a 3 centímetros, obovados, geralmente marginados, em forma de cunha, coloridos em tons de púrpura-azulado ou esbranquiçados.[7] Carpelos uniloculares, que podem alternar entre 8 aos 25 exemplares por verticilo. Fruto em esquizocarpo discóide com mericarpos indeiscentes, planos, de dorso convexo, ápteros, pubescentes ou glabros.[8]
Distribuição
Portugal
Em Portugal este género está representado pelas seguintes espécies, todas nativas de Portugal Continental:[10]
- Althaea cannabina L.
- Althaea hirsuta L.
- Althaea longiflora Boiss. & Reut.
- Althaea officinalis L.
Ecologia
Privilegiam as zonas ribeirinhas e ripícolas, medrando sobre solos húmidos e arenosos.[9]
As espécies do género Althaea servem de alimento às larvas de algumas espécies de Lepidopteras, incluindo a Bucculatrix quadrigemina.[9]
Taxonomia
Este género foi descrito por Carlos Linneo e publicado na obra Species Plantarum, vol. 2, p. 686, em 1753. A espécie-tipo é a Althaea officinalis L.[7]
- Etimologia
O termo Althaea provém do Grego αλθαία, -ας, derivado de άλθω, «médico, medicina, curar»; que chegou ao Latim sob a forma de althaea, -ae, alusivo ao Malvaísco ou alteia (Althaea officinalis), mas também a outras malváceas.[8]
Este género anteriormente abarcava espécies agora incluídas no género Alcea.
- Caracteres de diferenciação entre os géneros Althaea e Alce
- Pétalas de 3–6 cm; tubo estaminal pentangular, glabro; mericarpos biloculares, sulcados e ligeiramente alados no dorso > Alcea
- Pétalas de 1–3 cm; tubo estaminal cilíndrico, piloso na base; mericarpos uniloculares, planos e ápteros no dorso >Althaea[11]
Sistema | Classificação | Referência |
---|---|---|
Linné | Classe Monadelphia, ordem Polyandria | Species plantarum (1753) |
Espécies
|
|
Propriedades químicas
A raiz contém amido (37%), mucilagem (11%), pectina (11%), flavonoides, ácidos fenólicos, sacarose e asparagina.[12]
Usos
As alteias são usadas como ervas medicinais, especialmente, para tratar das úlceras de garganta, mas também para tratar das úlceras gástricas.[12]
As flores e os talos tenros são comestíveis. Amiúde juntam-se a saladas ou servem-se cozidas ou fritas. São utilizadas também em cosméticos para a pele.[12]
Referências
- Medicina Natural vol.1 Editora Três
Ligações externas
- «PPP-Index» (em alemão)
- «USDA Plants Database» (em inglês)
- «Germplasm Resources Information Network (GRIN)» (em inglês)