Alfabeto latino básico ISO

O alfabeto latino básico ISO é um alfabeto latino e consiste de dois conjuntos de 26 letras (maiúsculas e minúsculas), codificado em vários padrões nacionais e internacionais e de uso amplo na comunicação international.

Os dois conjuntos contém a seguir 26 letras cada:[1][2]

Alfabeto latino maiúsculas
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
Alfabeto latino – minúsculas
abcdefghijklmnopqrstuvwxyz

História

Na década de 1960 tornou-se evidente para as indústrias da computação e telecomunicações do primeiro mundo que era necessário um método não-proprietário de caracteres de codificação. A Organização Internacional para Padronização (ISO) encapsulou o alfabeto latino no padrão (ISO 646) em codificação de caracteres de 7-bit deles. Para alcançar ampla aceitação, este encapsulamento foi baseado no uso popular. O padrão foi baseado na já publicada American Standard Code for Information Interchange, mais conhecida como ASCII, no qual inclui no conjunto de caracteres, as 26 × 2 letras do alfabeto do inglês. Normas posteriores emitidas pela ISO, por exemplo ISO/IEC 8859 (codificação de caracteres 8-bit) e ISO/IEC 10646 (Escrita latina em Unicode), continuaram a definir 26 × 2 letras do alfabeto da língua inglesa como a escrita básica latina com extensões para lidar com outras letras em outras línguas.[1]

Terminologia

Nome para o bloco Unicode que contém todas as letras

O Bloco Unicode que contém o alfabeto é chamado "C0 Controls and Basic Latin".

Nomes para dois subconjuntos

Em Unicode 7.0 dois subtítulos existem:[3]

  • "Uppercase Latin alphabet" (Alfabeto latino maiúsculo), letras individuais que contém a cadeia de caracteres LATIN CAPITAL LETTER[Nota 1] (i.e., "letra latina de caixa-baixa") nas descrições deles
  • "Lowercase Latin alphabet" (Alfabeto latino minúsculo), letras individuais que contém a cadeia de caracteres LATIN SMALL LETTER (i e., "letra latina de caixa-baixa") nas descrições correspondentes da organização.

Nomes para as letras

As letras também estão contidas em "Halfwidth and Fullwidth Forms" (Formas Semi-larga e Larga) FF00 para FFEF[4]

FF21 A FULLWIDTH LATIN CAPITAL LETTER AFF41 a FULLWIDTH LATIN SMALL LETTER A

Cronologia para padrões de codificação

  • 1865: O Código Morse Internacional foi padronizado no Congresso International Telegráfico em Paris, e foi posteriormente feito o padrão pela União International de Telecomunicações (UIT)l
  • Década de 1950: Alfabeto ortográfico de Radiotelefonia pela ICAO [1]

Cronologia para códigos de computador amplamente utilizados com suporte à alfabetos

  • 1963: ASCII (padrão codificação de caracteres de 7-bit da American Standards Association, que se tornou ANSI em 1969)
  • 1963/1964: EBCDIC (desenvolvida pela IBM e suportando o mesmo caracteres alfabéticos como ASCII, mas com diferentes valores de código)
  • 1972: ISO 646 (padrão codificação de caracteres de 7-bit ISO, usa o mesmo códigos alfabético valendo como ASCII, revisado na segunda edição ISO 646:1983 e na terceira edição ISO/IEC 646:1991 como um padrão ISO/IEC comum)
  • 1983: ITU-T Rec. T.51 | ISO/IEC 6937 (uma extensão multi-byte do ASCII)
  • 1987: ISO/IEC 8859-1:1987 (codificação de caracteres de 8-bit)
    • Subsequentemente outras versões e partes do ISO/IEC 8859 publicadas.
  • Meio-para-o-final da década de 1980: Windows-1250, Windows-1252, e outras codificações são usadas no Microsoft Windows (alguns realmente semelhantes à ISO/IEC 8859-1)
  • 1990: Unicode 1.0 (desenvelvida pela Unicode Consortium),[5][6] continha no bloco "C0 Controls and Basic Latin" utilizando os mesmos valores de código alfabéticos como ASCII e ISO/IEC 646
    • Subsequentemente outras versões de Unicode foram publicadas subsequentemente, e mais tarde vieram um padrão ISO/IEC comum assim, tal como identificado abaixo.
  • 1993: ISO/IEC 10646-1:1993, padrão ISO/IEC para caracteres em Unicode 1.1
    • Subsequentemente outras versões de ISO/IEC 10646-1 e um de ISO/IEC 10646-2 foram publicadas. Desde 2003, os padrões foram publicados sob o nome de "ISO/IEC 10646" sem a separação em duas partes.

Representação

Algarismos indo-arábicos e letras do alfabeto básico latino ISO em um 16-segment display

Em ASCII as letras pertencem aos caracteres imprimíveis e em Unicode, desde a versão 1.0 eles pertencem ao bloco "C0 Controls and Basic Latin". Em ambos casos, assim como em ISO/IEC 646, ISO/IEC 8859 e ISO/IEC 10646 ele estão ocupando as posições em notação hexadecimal 41 à 5A para caixa-alta e 61 à 7A para caixa-baixa.

Exceto as maiúsculas e minúsculas, todas as letras tem palavras-código no alfabeto fonético da OTAN e podem ser representados com código Morse.

Uso

Todas as letras minúsculas são utilizados no Alfabeto fonético internacional (IPA). Em X-SAMPA e SAMPA aquelas letras tem o mesmo valor de som como no IPA. Em Kirshenbaum eles tem o mesmo valor exceto para a letra r.

Alfabetos que contém o mesmo conjunto de letras

A próxima lista apenas contém alfabetos em que não há:

  • letras com sinais diacríticos que constituem letras distintas.
  • multígrafos que constituem letras distintas.
alfabetodiacríticomultígrafos (não constituindo distintas letras)ligaturas
Alfabeto africânerá, é, è, ê, ë, í, î, ï, ó, ô, ú, û, ý
Alfabeto catalãoà, é, è, í, ï, ó, ò, ú, ü, ç
Alfabeto neerlandêsä, é, è, ë, ï, ö, üdígrafo ⟨ij⟩ é às vezes considerado sendo uma letra separada. Quando é este o caso, é geralmente retirado ou é mesclardo com "y".
Alfabeto inglêssh, ch, ea, ou, th, ph, ng, zhæ, œ
Alfabeto francêsà, â, ç, é, è, ê, ë, î, ï, ô, ù, û, ü, ÿ⟨ai⟩, ⟨au⟩, ⟨ei⟩, ⟨eu⟩, ⟨oi⟩, ⟨ou⟩, ⟨eau⟩, ⟨ch⟩, ⟨ph⟩, ⟨gn⟩, ⟨an⟩, ⟨am⟩, ⟨en⟩, ⟨em⟩, ⟨in⟩, ⟨im⟩, ⟨on⟩, ⟨om⟩, ⟨un⟩, ⟨um⟩, ⟨yn⟩, ⟨ym⟩, ⟨ain⟩, ⟨aim⟩, ⟨ein⟩, ⟨oin⟩, ⟨aî⟩, ⟨eî⟩æ, œ
Alfabeto alemãoä, ö, ü⟨sch⟩, ⟨qu⟩, ⟨ch⟩, ⟨ph⟩, ⟨ng⟩, ⟨ie⟩, ⟨ck⟩, ⟨ei⟩, ⟨eu⟩, ⟨äu⟩ß
Alfabeto ido⟨qu⟩, ⟨ch⟩, ⟨sh⟩
Alfabeto indonésio⟨kh⟩, ⟨ng⟩, ⟨ny⟩, ⟨sy⟩
Interglossa
Interlíngua⟨qu⟩
Alfabeto luxemburguêsä, é, ë
Alfabeto malaio⟨kh⟩, ⟨ng⟩, ⟨ny⟩, ⟨sy⟩
Alfabeto ocidental
Alfabeto portuguêsã, õ, á, é, í, ó, ú, â, ê, ô, à, çch⟩, ⟨lh⟩, ⟨nh⟩, ⟨rr⟩, ⟨ss⟩, ⟨am⟩, ⟨em⟩, ⟨im⟩, ⟨om⟩, ⟨um⟩, ⟨ãe⟩, ⟨ão⟩, ⟨õe⟩

O inglês é a única língua europeia moderna principal que não requer diacríticos para palavras nativas (embora um trema é usado por algumas editoras em palavras como em "coöperation").[7][8]

Nota para Português:

k, w e y foram parte do alfabeto até várias reformas ortográficas durante o século XX, cujo objetivo era mudar a ortografia etimológica do português numa ortografia fonética mais fácil. Estas letras foram substituídas por outras letras que contenham o mesmo som: assim psychologia torna-se psicologia, kioske torna-se quiosque, martyr torna-se mártir, etc. Hoje em dia k, w, e y são apenas encontradas em palavras estrangeiras e seus termos derivados e em abreviaturas científicas (p. ex. km, byronismo). Estas letras foram consideradas novamente como parte do alfabeto a partir do Acordo Ortográfico de 1990, que entrou em vigor em 1 de janeiro de 2009 no Brasil.

Veja também

Notas

Referências