África subsariana

região ao sul do deserto do Saara
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A África subsariana (português europeu) ou subsaariana (português brasileiro), antes chamada África negra,[1] corresponde à parte do continente africano situada ao sul do Deserto do Saara. Chamada de subsaariana por estar ao sul (sub-) do Saara (-saariana). É constituída de quarenta e oito países, cujas fronteiras resultaram da descolonização.

Mapa da África destacando a região subsaariana (verde)

Com cerca de 9 milhões de quilômetros quadrados, o Deserto do Saara forma uma espécie de barreira natural que divide o continente africano em duas partes muito distintas quanto ao quadro humano e econômico. A norte do Saara, encontramos uma organização socioeconómica muito semelhante à do Oriente Médio, formando um mundo islamizado. Ao sul está a África subsariana, antigamente chamada 'África Negra', por europeus e árabes, em razão da predominância, nessa região, de povos de pele mais escura; porém, tal terminologia é considerada essencialmente ideológica.[2][3]

Diversidade étnica

A diversidade étnica desta região da África é patente nas diferentes formas de cultura, incluindo as línguas, a música, a arquitetura, a religião, a culinária e a indumentária dos diferentes povos do continente.

A maioria da população pertence a etnias anteriormente classificadas na "raça negra".

Línguas

A África é provavelmente a região do mundo onde a situação linguística é a mais diversificada (com mais de 1 000 línguas) e a menos conhecida.[4] A classificação estabelecida por Joseph Harold Greenberg, um famoso linguista norte-americano, em 1955, distingue quatro grandes conjuntos:

População

O continente africano tem hoje cerca de 889 milhões de habitantes, dos quais 500 milhões vivem na África subsariana. Essa população tem um crescimento populacional na ordem dos 2,5% ao ano.

Esse crescimento elevado da população tem criado duas preocupações muito sérias:[carece de fontes?]

  1. a predominância de jovens na população determina a necessidade de elevados investimentos sociais em escolas, alimentação e tratamento médico;
  2. a pressão demográfica, aliada ao baixo nível técnico da produção agropecuária, à introdução de culturas de rendimento para exportação e à urbanização no século XX, tem gerado graves desequilíbrios económicos e sociais.

De forma geral, a população da África subsaariana apresenta os piores indicadores socioeconómicos do mundo. Enquanto nos países desenvolvidos a população morre, em média, com uma idade superior a 70 anos, nessa parte do mundo raramente a média ultrapassa os 45 anos. Essa expectativa média de vida tão baixa é explicada por inúmeros fatores, tais como a má nutrição, falta de assistência médica e ausência de saneamento básico nos meios rurais.

PaísPopulação[5]Área (km2)Alfabetização (M/F)[6]PIB per capita[6]Transparência [7] (classificação/escore)Esperança de vida[6]IDHEODBR/SAB[8]PFI  [9](classificação/escore)
 Angola30 355 8801 246 70082,9%/54,2%6000168/242,40,486172/171132/58,43
 Burundi11 844 52027 83067,3%/52,2%101168/1,8490,316176/130103/29,00
 República Democrática do Congo85 281 0242 345 41080,9%/54.1%91162/11,946,10,286182/152146/53,50
 Camarões25 640 965475 44077%/59,8%687146/2,250,30,482171/174109/30,50
 República Centro-Africana5 745 062622 98464.8%/33,5%22158/2,844,40,343183/15980/17,75
 Chade15 833 1161 284 00040,8%/12,8%266175/1,650,60,328178/182132/44,50
 República do Congo5 062 021342,00090,5%/ 79.0%1 145162/1,954,80,533N/A116/34,25
 Guiné Equatorial797 45728 05193,4%/80,3%7 470168/1,851,10,537170/178158/65,50
 Gabão2 119 036267 66788,5%/79.7%4 263106/2,956,70,674158/152129/43,50
 Kenya48 397 527582 65077,7%/70,2%976146/2,257,80,51995/12496/25,00
 Nigéria203 452 505923 76884,4%/72,7%[10]6,204136/27570,504131/120112/34,24
 Rwanda12 187 40026 33871,4%/59,8%26389/3,346,80,42967/11157/64,67
 São Tomé e Príncipe204,4541 00192,2%/77,9%N/A111/2,865,20,.509180/140NA
 Tanzânia55 451 343945 08777,5%/62,2%339126/2,651,90,466131/120NA/15,50
 Uganda40 853 749236 04076,8%/57,7%274130/2,550,70,446112/12986/21,50
 Sudão43 120 8431 886 06879,6%/60,8%2 500[11]176/1,562,57[12]0,408154/118148/54,00
 Sudão do Sul10 204 581619 745
 Djibouti884 01723 000N/A817111/2,854,50,430163/177110/31,00
 Eritreia5 970 646121 320N/A160126/2,657,30,349175/181175/115,50
 Etiópia108 386 3911 127 12750%/28,8%161120/2 752 50 363107/93140/49,00
 Somália11 259 029637 657N/AN/A180/1,147,7N/AN/A164/77,50
 Botswana2 249 104600 37080,4%/81,8%8 53237/5,649,80,63345/8362/15,50
 Comores821 1642 170N/A382143/2,363,20,433162/16882/19,00
 Lesoto1 962 46130 35573,7%/90,3%52889/3,342,90,450130/13199/27,50
 Madagascar25 683 610587 04176,5%/65,3%23899/3,0590,480134/12134/45,83
 Malawi19 842 560118 480N/A14589/3,347,60,400132/12862/15,50
 Maurícia1 364 2832 04088,2%/80,5%4 52242/5,473,20,72817/1051/14,00
 Moçambique27 233 789801 590N/A330130/2,542,50,322135/9682/19,00
 Namíbia2 533 224825 41886,8%/83,6%216656/4,552,50,62566/12335/9,00
 Seychelles94 63345591,4%/92,3%7 00554/4,872,20,773111/8172/16,00
 África do Sul55 380 2101 219 912N/A3,56255/4,750,70,61934/6733/8,50
 Suazilândia1 087 20017 36380,9%/78 3%1 29779/3,640 80,522115/158144/52,50
 Zâmbia16 445 079752 614N/A37199/3,041,70,43090/9497/26,75
 Zimbabwe14 030 368390 58092,7%/86,2%N/A146/2,242,70,376159/155136/46,50
 Benim11 340 504112 62047,9%/42,3%323106/2,956,20,427172/15597/26,75
 Mali18 429 8931 240 00032,7%/15,9%290111/2,853,80,359156/13938/8,00
 Burkina Faso19 742 715274 20025,3%1 36079/3,6510,331150/116N/A
 Cabo Verde568 373322 462
 Costa do Marfim26 260 582322 463
 Gâmbia2 092 73111 295
 Gana28 102 471238 535
 Guiné11 855 411245 857
 Guiné-Bissau1 833 24736 125
 Libéria4 809 768111 369
 Mauritânia3 840 4291 030 700
 Níger19 866 2311 267 000
 Senegal15 020 945196 712
 Serra Leoa6 312 21271 740
 Togo8 176 44956 785

NOTAS:

  • PIB per capita: dados de 2006 (em USD)
  • Esperança de vida: Esperança de vida ao nascer (dados de 2006)
  • Alfabetização (homens/mulheres): dados de 2006
  • Transparência: Percepção de corrupção (dados de 2009)
  • IDH: Índice de Desenvolvimento Humano
  • EODBR: Facilidade para negócios, entre junho de 2008 e maio de 2009. SAB Começando um negócio, entre junho de 2008 e maio de 2009, PFI: Índice de Liberdade de Imprensa, 2009

História

A teoria mais aceita entre os antropólogos e arqueólogos diz que "a África é o berço da humanidade". Na Antiguidade, a Núbia e a Abissínia foram as primeiras regiões a receber influências externas, principalmente a partir do III milênio a.C.. O território a oeste do Chade permaneceu mal conhecido, e passou lentamente do Neolítico à Idade do Ferro. Existiram grandes impérios: Gana, Mali, Songai, Canem. A partir do século VIII, os Estados sudaneses sofreram a influência dos muçulmanos e tornaram-se fortemente islamizados. O Império do Gana, entre o Senegal e o Níger, desenvolveu-se a partir do século IX e foi destruído em 1076-1077 pelos almorávidas. Seu território controlado no início do século XIII pelo Reino de Sosso, passou em 1240 à dominação do Império do Mali, que, herdeiro de sua riqueza, se estendeu por uma zona bastante extensa no Sudão Ocidental. Esse império entrou em lento declínio a partir do século XV e foi perdendo terreno para o Império Songai, que cresceu às suas custas a partir de então. O golpe final que desencadeou a extinção do Império do Mali foi dado pelo Reino de Segu, por volta de 1670.

O islamismo, introduzido pelos almorávidas, durante muito tempo atingiu somente as classes dirigentes. Ao redor do Chade, sucederam-se ou coexistiram diferentes reinos: Baguirmi, Uadai e Bornu, islamizados superficialmente. O Islamismo deu origem também à reinos teocráticos, no vale do Senegal e no Futa Jalom, onde ocorreram conversões massa no século XIX. Na costa do golfo do Benim formaram-se reinos animistas, menores, porém, muito centralizados, como Império Axânti e Reino do Daomé. A leste do deserto da Líbia, o reino cristão da Núbia passou, pouco a pouco ao controle do Islamismo, o da Etiópia, refugiado nas montanhas após a ruína de Axum por volta do século VI, sobreviveu - apesar de uma história tumultuada - até a sua reorganização, na segunda metade do século XIX, sob uma dinastia igualmente abissínia. Na costa oriental surgiu uma série de sultanatos fundados pelos árabes, que prosperaram até a chegada dos portugueses, no século XVI. Madagascar povoou-se de indonésios desde uma data desconhecida até perto do século XIII.

A chegada dos portugueses no século XV trouxe grandes mudanças, pois o comércio português, em breve seguido pelo de outras nações europeias como os Países Baixos, Dinamarca, Grã-Bretanha e França, por intermédio de companhias autorizadas, baseava-se essencialmente no tráfego de escravos. Do século VII ao XX, cerca de 14 milhões de escravos foram levados para o mundo árabe pelo Saara e pelos portos da costa oriental. A eles se devem somar os que, do século XV ao XIX, foram para a América: de 15 a 20 milhões, mais os que morreram durante a viagem. Os chefes das regiões costeiras, foram, no decorrer do século XIX, substituindo a "mercadoria humana" por produtos tropicais (óleo de coco), que eram trocados por tecidos e armas.

A partir de 1815, a França tentou lentamente extrair recursos do Senegal, que ocupou em 1658. A Grã-Bretanha se instalou na Costa do Ouro a partir de 1875 e na Nigéria desde 1880, ano em que a França desencadeou a "corrida do ouro", com a Marcha do Níger. A Conferência de Berlim (novembro de 1884 - fevereiro de 1885) não decidiu a partilha da África, mas acelerou a instalação territorial das potências europeias e a constituição de grandes impérios coloniais: inglês, neerlandês, italiano, belga e alemão, junto aos restos do império espanhol e português. Até à Segunda Guerra Mundial, a África subsaariana evoluiu em ritmos diversos, em função do meio e dos recursos, da precariedade das vias de comunicação, da densidade das populações e da urbanização. Por toda parte a massa camponesa (90% da população) sofreu com o domínio colonial. Entretanto a urbanização, acentuada após a Segunda Guerra Mundial, e a formação de de elites letradas desenvolveram a consciência da identidade africana.

Após a Segunda Guerra Mundial o prestígio da etnia branca diminuiu (derrota de 1940, lutas intestinas entre franceses, rivalidade franco-inglesa), fato acentuado com a propaganda dos movimentos pan-africanistas, que já existiam desde antes da guerra. Essa evolução foi geralmente pacífica, salvo a rebelião malgaxe de 1947, as sublevações quicuios (mau-mau) do Quênia, de 1952 a 1956, e a revolta da União das populações de Camarões (1955–1958), O processo de descolonização iniciado em 1944 (Conferência de Brazzaville), acelerou-se após 1960, ano em que muitos países africanos conquistaram a independência. Apesar disso continuaram com graves problemas econômicos e políticos, a despeito do apoio das antigas metrópoles. A África tornou-se, por outro lado, território de disputa entre os dois blocos então dominantes na política mundial, acentuada pela assistência militar que a União Soviética, China, Cuba, Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e outras potências forneciam a governos africanos sob sua influência.

A fragilidade econômica de muitos países africanos levou-os a buscar ajuda nas antigas metrópoles, das potências que apoiaram os novos governos pós-independência, ou sob forma multilateral, dos organismos internacionais como a ONU ou a Comunidade Econômica Europeia. Para superar suas fraquezas os países africanos formaram a Organização da Unidade Africana (OUA), criada em 1963 em Adis Abeba. A África negra hoje atravessa uma crise política e econômica que se caracteriza pela rejeição aos partidos únicos, pelo aumento das tensões tribais e por um desastre econômico sem precedentes. Desde o início dos anos 80 a recessão vem se ampliando, com a queda das matérias-primas e o aumento da dívida externa e do desemprego num continente onde a população cresce num ritmo inédito na história. Tais dados demográficos, no entanto, podem transformar-se profundamente com a evolução da Aids: em 1991, metade dos 5 a 8 milhões de indivíduos portadores do vírus eram africanos.

Até o final da década de 1980, a maioria dos dirigentes se manteve no poder graças a partidos únicos que garantiam os privilégios de uma minoria, apoiada na corrupção generalizada. A crescente pressão dos direitos humanos, no entanto, tem obrigado vários países a se justificarem perante a comunidade internacional. Nesse contexto, em 1990 a África negra passou por mudanças políticas fundamentais, caracterizadas pela implosão dos sistemas vigentes: pluripartidarismo e democracia tornaram-se as palavras de ordem. O Benim renunciou ao marxismo-leninismo, a Costa do Marfim legalizou os partidos de oposição após 3 anos de autoritarismo e Gabão, Zaire, Tanzânia, Camarões, Zâmbia e Congo por sua vez, se abriram ao pluripartidarismo. Na África do Sul as leis que regiam o apartheid foram abolidas em 1991, e a maioria dos países da África austral caminha para a democratização, adotando o pluripartidarismo, novas constituições e eleições livres, na esperança de atingir a estabilidade política indispensável ao desenvolvimento econômico.[4]

Doenças da região

  • Doença do Sono: A doença do sono ameaça mais de 60 milhões de pessoas em 36 países da África subsaariana. Menos de quatro milhões destas pessoas têm acesso a um centro de saúde.
  • Na República dos Camarões, nos anos 20, um médico chamado Jamot implementou uma estratégia de controle eficaz, enviando equipes móveis às aldeias para diagnosticar e tratar o máximo de pacientes possível. O programa do Dr. Jamot obteve sucesso no bloqueio da transmissão da doença do sono, esvaziando a reserva humana de tripanossomas. Mas, recentemente, as guerras civis desestruturaram sistemas de saúde e forçaram pessoas a migrar, permitindo que tais reservas fossem reconstruídas.
  • Malária: A malária está presente em mais de 100 países e ameaça 40% da população mundial. A cada ano, 500 milhões de pessoas são infectadas, a maioria delas na África subsaariana (Estima-se que 90% dos casos mundiais e 90% de toda a mortalidade por malária ocorram na África subsaariana. A doença também ocorre nas Américas Central e do Sul, sobretudo na região amazônica, e em países da Ásia), e 2 milhões de pessoas morrem dessa doença. As vítimas são principalmente crianças de áreas rurais. A malária é a primeira causa de morte de crianças menores de 5 anos na África, e mata uma criança a cada 30 segundos no mundo.
  • AIDS: Desde que os primeiros casos da síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS ou SIDA) foram detectados, em 1981, a África é o continente que mais sofre com a doença, especialmente a região subsaariana, segundo o último relatório publicado pelo Programa das Nações Unidas contra esta doença (Unaids) em maio de 2006.

Embora os dados sobre a incidência do vírus estejam sofrendo uma "desaceleração", segundo o relatório, as proporções epidêmicas ainda são graves na África subsaariana. As taxas de infecção per capita de alguns países da região continuam subindo. Com pouco mais de 10% da população mundial, a África subsaariana abriga cerca de 24,5 milhões de infectados, quase dois terços dos portadores de HIV em todo o mundo. Cerca de três quartos dos 25 milhões de pessoas que morreram em decorrência do HIV desde o início da epidemia, nos anos 80, eram do continente africano.

Caracterização política

Esta região da África é marcada, em geral, por governos autoritários e corruptos que não se preocupam em melhorar as condições econômicas dos seus países. Nos últimos anos, no entanto, verifica-se uma tendência democratizadora em toda a região, com eleições multipartidárias realizadas regularmente.

Ambiente

Os principais aspectos do relevo são, na região do Magrebe, a cordilheira do Atlas, cujo pico mais alto é o Jebel Tubkhal (4 165 m); o grande planalto desértico do Saara, com as depressões de Catara (Egito) e Bodelê (Chade); a bacia do rio Níger e as cadeias vulcânicas de Hoggar (Argélia) e de Tibesti (Chade); a sul do planalto do Sudão, destacam-se a bacia do Congo, o monte Cristal e o planalto dos Grandes Lagos Africanos, com os pontos culminantes do continente, os montes Quilimanjaro (5 895 m), Quênia (5 199 m), Ruwenzori (5 119 m) e Elgon (4 321 m); no nordeste do Vale do Rift, o maciço da Abissínia.

Hidrografia

A maior bacia hidrográfica da África e segunda do mundo, apenas superada pela do rio Amazonas, é a do rio Congo, com 3 680 000 km2. O rio Nilo, com 6 690 km, é o segundo mais longo do mundo. O Zambeze e o Limpopo correm para o oceano Índico. O Orange, o Níger, o Gâmbia e o Senegal desembocam no Atlântico.

Os principais lagos africanos são o Vitória, segundo do mundo em superfície, com 69 485 km², o Tanganica, o Rodolfo, o Alberto, o Eduardo e o Niassa.

Clima

O clima tropical predomina na maior parte da África, tanto na zona tropical, úmida no verão e seca no inverno, quanto na zona equatorial, com temperaturas elevadas e chuvas abundantes.

Nos grandes desertos, como o Saara e o Kalahari, as temperaturas são altas de dia e baixas à noite. Nos extremos norte e no sul do continente encontram-se estreitas regiões de clima ameno, de tipo mediterrâneo.

Fauna e flora

A distribuição climática do continente africano determina diretamente a configuração de suas zonas de vegetação e fauna. A selva equatorial, frondosa e exuberante, abriga numerosas espécies de aves, símios - chimpanzés e gorilas -, répteis, anfíbios e insetos. Nas zonas tropicais estende-se a savana, paisagem de vegetação herbácea, com árvores de folhas caducas (baobá, sicômoro) isoladas ou em bosques; nas savanas abundam os grandes mamíferos herbívoros (elefantes, rinocerontes, hipopótamos, girafas, búfalos, antílopes, gazelas) e os carnívoros (leões, leopardos, hienas, chacais).

As grandes zonas desérticas do Saara e do Kalahari apresentam vegetação muito escassa, de plantas espinhosas, exceto nos oásis, onde crescem formações de palmeiras; insetos, répteis, roedores e alguns mamíferos de grande porte, como os chacais, constituem a fauna adaptada a essas regiões. Nas zonas mediterrâneas cresce o típico bosque baixo, combinado com maquis, garrigue e bosques de pinheiros e carvalhos, onde habitam numerosas espécies de animais de clima temperado: lebres, cabras, raposas, aves de rapina, pombas, perdizes, répteis, etc.

Ver também

Referências

Ligações externas