Boaventura Silva Cardoso
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Boaventura Cardoso | |
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Nascimento | 26 de julho de 1944 (79 anos) Luanda, Angola |
Cidadania | Angola |
Alma mater | |
Ocupação | político, escritor |
Prémios | Prémio Nacional de Cultura e Artes (2001) |
Género literário | Romance, conto |
Obras destacadas | O Signo do Fogo |
Boaventura Silva Cardoso (Luanda, 26 de julho de 1944) é um sociólogo, diplomata, escritor e político angolano.
Foi Ministro da Cultura de Angola em duas ocasiões: de 1981 a 1990 (no período, secretário com status de ministro) e de 2002 a 2008.[1] Foi também Ministro da Informação de 1990 a 1991, governador de Malanje de 2008 a 2012 e primeiro presidente da Academia Angolana de Letras, de 2016 a 2020.
Boaventura Silva Cardoso nasceu em Luanda a 26 de julho de 1944. Viveu parte da sua infância em Malanje, mudando-se para Luanda para fazer os seus estudos primários e secundários. Obteve o diploma de Ciências Sociais na Escola do MPLA-PT e é Licenciado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino.[1]
No período colonial, foi funcionário dos Serviços de Fazenda e Contabilidade. Após a Independência ocupou diversas posições como, director do Instituto Nacional do Livro e do Disco (INALD), Secretário de Estado da Cultura, Ministro da Informação, Embaixador de Angola em França, Itália e Malta, representante de Angola junto das Nações Unidas (FAO, PAM e FIDA) e durante oito anos (2002 a 2010) Ministro da Cultura; 2010-2012 Boaventura Cardoso exerceu a função de governador da província de Malange.[1]
A partir de 1977, assumiu as funções de Diretor Nacional do Livro e do Disco, de Secretário de Estado da Cultura e de Ministro da Informação.
Em 1967 começou a escrever publicando vários contos e poemas em jornais e revistas de Luanda. Foi membro da Comissão de Redacção da revista Angola da Liga Nacional Africana e é membro fundador da União dos Escritores Angolanos.[1]
Integra a "geração de 70" angolana, ao lado de muitos outros escritores seus contemporâneos, a saber: Manuel Rui, Jofre Rocha, Ruy Duarte de Carvalho e Jorge Macedo. Como a obra de outros autores desta geração, os seus textos são caracterizados por um forte pendor panegírico dos valores e ideais revolucionários, onde a certeza da independência e da liberdade são celebrados através de uma escrita esteticamente elaborada e fruto de uma reflexão sobre o fenómeno literário, constituindo-se, então, como um processo metaliterário em que os autores também refletem sobre a realidade sócio-política do seu país.
No âmbito da sua obra narrativa, os registos dos discursos que enformam as suas narrativas, profundamente marcados pela oralidade, são trabalhados pelo autor, com sabedoria e substância, de forma a estabelecerem uma estreita relação entre a realidade física e social que envolve as personagens e a sua realidade linguística e fónica.
Conhecedor do "Ser Língua Portuguesa", como afirma o escritor, seu conterrâneo, Luandino Vieira, no prefácio à sua obra Maio, Mês de Maria, Boaventura Cardoso utiliza a chamada diglossia imprópria como um importante instrumento de problematização da língua literária, através do qual explora as virtualidades do sistema linguístico. Os seus dois últimos romances, situando-se em contextos temporais diferentes, mantêm entre si um profundo elo de ligação cujo nó se aperta através da forma de estruturação das histórias.
Em 2001, recebeu o Prémio Nacional de Cultura e Artes, pelo seu romance Mãe materno mar.
E, 2006 recebeu a medalha de mérito cultural, pelo governo brasileiro.
Foi homenageado no dia 31 de Janeiro de 2009, na Academia de Letras do Estado de Tocantins, República Federativa do Brasil, por ocasião do lançamento das suas recentes obras literárias.[3] Apresentou, na ocasião, uma dissertação sobre a literatura angolana e o seu processo de escrita literária.
Membros da Academia das Ciências de Lisboa — Classe de Letras | ||||||
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1.ª Secção — Literatura e Estudos Literários |
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2.ª Secção — Filologia e Linguística |
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3.ª Secção — Filosofia, Psicologia e Ciências da Educação |
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4.ª Secção — História |
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5.ª Secção — Direito |
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6.ª Secção — Economia e Finanças |
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7.ª Secção — Ciências Sociais e Políticas |
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8.ª Secção — Geografia e Ordenamento do Território |
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9.ª Secção — Comunicação e Artes |
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Correspondentes estrangeiros | Arthur Lee-Francis Askins • Pedro Manuel Cátedra • Francisco Rico Manrique • Augustin Redondo • François Terré • Patrick Masterson • Ievguéni Tchélichev • Daniel-Henri Pageaux • Julián Martín Abad • Heliodoro Carpintero Capell • Karim Aga Khan • Beatrix Heintze • Mongi Bousnina • Dieter Messner • Olivier Jean Blanchard • Paul Krugman • Hipólito de la Torre • Thomas Earle • Rolf Nagel • Lei Heong Iok • Maha Chakri Sirindhorn • Sultan bin Mohammad Al-Qasimi • Gerhard Doderer • Hervé Hasquin • Jacques Paviot • Marc Mayer Olivé • Paolo Fedeli • Choi Wai Hao • José Remesal Rodríguez • Masashi Hayashida • Marie-Hélène Piwnik • José Ângelo Cristóvão Angueira • José-Martinho Monteiro Santalha • Xu Yixing • Isaac Alonso Estravis • Jürgen Schmidt-Radefeldt • Rolf Kemmler • Michel Zink • Driss Guerraoui • Wu Zhiliang • Marcelino Agis Villaverde • Olivier Pellegrino • Sylvie Deswarte-Rosa • Françoise Chandernagor • Vito Tanzi • Nelsys Fusco Zambetogliris • José Luís Peset Reig • Horacio Capel Sáez • Roberto Vecchi • Michel Dupuis • Allan Williams • Marc Flandreau • James Galbraith • Ettore Finazzi-Agrò • Najat El Mekkaoui de Freitas • Leandro Prados de la Escosura • Nancy Bermeo • José Ramón Montero • Russell King • Jordi Savall PALOP e Timor-Leste: Pepetela • Carlos Lopes • Germano Almeida • Graça Machel • Inocência Mata • José Ramos-Horta • Mia Couto • Jorge Luís M.A. Ferrão • Teresa Maria Cruz e Silva • Virgílio Coelho • Lourenço do Rosário • Manuel José Alves da Rocha • António Correia e Silva • Fátima Roque • Boaventura Silva Cardoso • Vera Duarte Pina • Francisco Noa Brasileiros: José Sarney • Marcos Vilaça • Gilberto Mendonça Teles • Arnaldo Niskier • Arno Wehling • Evanildo Bechara • Fernando Henrique Cardoso • Ana Maria Machado • Geraldo Holanda Cavalcanti • Domício Proença Filho • José Carlos Gentili • Celso Augusto Nunes da Conceição • Renato Galvão Flôres Júnior • Merval Pereira • Deonísio da Silva • Antônio Carlos Secchin • Marco Lucchesi • Antônio Torres • Tarcízio Dinóa Medeiros • Carlos Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança • Raquel Naveira • Carlos Nejar • Ana Paula Arendt • Carlos Francisco Moura • José Paulo Cavalcanti • Maria Encarnação Beltrão Sposito • Ricardo Cavaliere • Laura de Mello e Souza • Celso Lafer | |||||
Eméritos | Fernando Castelo Branco • Fernando Cristóvão • Joaquim Cerqueira Gonçalves • Martim de Albuquerque • Aires Nascimento | |||||
Supranumerários | Suzanne Daveau • Jorge de Alarcão • Nicolau Vasconcelos Raposo • Carlos Alberto Medeiros • Marcello Duarte Mathias • Salvato Trigo • Jorge Figueiredo Dias • Gonçalo de Sampaio e Mello • Manuel Pinto Barbosa • Eduardo Paz Ferreira | |||||